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Passageiros de avião poderão viajar pagando apenas 5 euros — mas com uma condição, no mínimo, inusitada

Publicado em 30/05/2025 às 14:21
Passageiros, avião, passagens
Imagem: Unsplash
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Novo assento Skyrider 2.0 permitirá voos a 5 euros na Europa, mas passageiros viajarão em pé e com conforto limitado

A partir de 2026, passageiros europeus poderão pagar apenas 5 euros para viajar de avião. No entanto, o preço extremamente baixo vem acompanhado de uma condição inusitada: a viagem será feita em pé. As companhias aéreas low cost preparam a introdução do assento Skyrider 2.0, um novo conceito que promete mudar a experiência de voo.

Como funciona o Skyrider 2.0

O Skyrider 2.0, desenvolvido pela empresa italiana Aviointeriors, apresenta um formato diferente dos assentos tradicionais.

Ele é uma sela acolchoada, fixada ao piso e ao teto da cabine. O passageiro fica posicionado num ângulo de 45 graus, com o peso do corpo distribuído entre as pernas e um cinto abdominal.

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Não é um assento convencional, mas uma espécie de apoio. A sensação é semelhante a permanecer em um ponto de ônibus lotado, só que a 10 mil metros de altitude.

Economia e eficiência para as empresas

Além de permitir tarifas extremamente baixas, o novo modelo oferece vantagens operacionais para as companhias aéreas. O Skyrider 2.0 é duas vezes mais leve do que os assentos convencionais. Isso reduz o peso total do avião e diminui o consumo de combustível.

Com apenas 58 centímetros de distância entre fileiras — bem abaixo dos habituais 75 a 80 centímetros — os aviões poderão acomodar até dez passageiros extras em voos curtos.

Essa configuração aumenta a capacidade e melhora a rentabilidade dos voos. Com menos peso e mais passageiros, as empresas reduzem os custos de operação, manutenção e limpeza, acelerando também o embarque e o desembarque.

Interesse das companhias low cost

Companhias ultra low cost como a Ryanair já demonstraram interesse no modelo. O diretor da empresa, Michael O’Leary, defende há mais de dez anos a adoção de assentos semelhantes, que ele mesmo chama de “banquinhos com cinto”.

A possibilidade de maximizar o número de passageiros e reduzir despesas agrada especialmente as empresas voltadas para voos de baixo custo.

O baixo preço, no entanto, cobra seu preço no conforto. Os passageiros não poderão deitar, dormir ou se alongar. As viagens serão limitadas a percursos de no máximo duas horas.

O foco são passageiros dispostos a abrir mão de bem-estar em troca de uma economia significativa. Rotas curtas como Madri-Lisboa, Paris-Londres e Berlim-Praga são os principais alvos dessa proposta.

Segurança em debate

A segurança do Skyrider 2.0 também tem sido tema de discussão. De acordo com a fabricante, o modelo já passou nos testes exigidos pelas normas internacionais de aviação.

Foram avaliados aspectos como resistência a turbulências, evacuação rápida e funcionamento dos cintos de segurança.

Apesar da aprovação preliminar, o modelo ainda aguarda certificação definitiva das autoridades europeias. A Aviointeriors, porém, demonstra confiança na aprovação final.

Reações divididas nas redes sociais

O conceito gerou reações variadas nas redes sociais. Muitos usuários celebram a possibilidade de viajar pagando tão pouco. Outros, porém, criticam duramente o modelo.

Alguns chamam o sistema de “viveiro de passageiros” e questionam a humanização do transporte aéreo. Há ainda quem aponte problemas de acessibilidade, já que o modelo pode não ser adequado para idosos, famílias com crianças ou pessoas muito altas.

Apesar das críticas, as companhias low cost acreditam que há um público jovem, adaptável e disposto a experimentar o novo formato.

Ao mesmo tempo, pretendem manter as opções tradicionais para os passageiros que não abrem mão de mais conforto. O equilíbrio entre economia e bem-estar ainda será o maior desafio.

Ainda não se sabe se o preço de 5 euros será suficiente para convencer o público a viajar em pé. O fato é que a indústria aérea europeia continua avançando na busca por tarifas cada vez mais baixas, mesmo que para isso seja necessário abrir mão de quase todo o conforto durante o voo.

Com informações de Xataka.

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Romário Pereira de Carvalho

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