Vaticano, Mônaco e Malta são as únicas nações da Europa sem rios naturais — e tiveram que se adaptar com tecnologia e importações
O continente europeu é conhecido por seus rios extensos e navegáveis. O Danúbio, o Sena e o Tâmisa são apenas alguns dos muitos cursos d’água que cortam o território. O mais importante, porém, é notar que nem todos os países seguem esse padrão. Vaticano, Mônaco e Malta são as únicas nações europeias sem rios naturais em seu território.
Vaticano: pequeno, urbano e sem espaço para rios
O menor país do mundo em área e população é também um dos únicos sem nenhum rio. O Vaticano, com apenas 0,44 km², está localizado dentro da cidade de Roma.
O rio Tibre passa perto, mas não entra nos limites do Estado.
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Porque o Vaticano é totalmente urbanizado, não há espaço físico para formações naturais como ribeiros ou nascentes.
Toda a água consumida dentro do território vem de fontes externas, em especial da Itália. Além disso, o sistema de abastecimento e drenagem é totalmente dependente da infraestrutura urbana ao redor.
Mônaco: concreto, mar e ausência total de cursos d’água
O segundo menor país do mundo também entra na lista. O Principado de Mônaco tem apenas 2 km² e está situado na costa do Mar Mediterrâneo, ao sul da França.
Portanto, não é surpresa que esse território, altamente verticalizado e urbanizado, não possua rios.
O que existe são canais subterrâneos de drenagem e algumas estruturas para captar e direcionar água da chuva. Mas não há nenhum rio natural, nem mesmo pequeno.
Parte da água usada em Mônaco vem da França. O país investe fortemente em tecnologia para gerir esgoto, consumo e distribuição, já que depende de fontes externas para suprir suas necessidades.
Malta: clima seco e geologia desafiam a água doce
Diferente dos dois primeiros, Malta é bem maior. São 316 km² divididos entre três ilhas principais: Malta, Gozo e Comino. Mesmo assim, o país também não possui rios naturais permanentes.
A principal razão está no clima e no solo. O arquipélago tem um ambiente seco e quente, e sua formação geológica é dominada por rochas calcárias. Isso impede a criação de cursos de água duradouros.
Durante chuvas intensas, forma-se temporariamente o que os locais chamam de “Wadis”. Esses leitos secos transportam água por curtos períodos, mas não se mantêm ao longo do ano.
Por isso, Malta investe na dessalinização da água do mar e no reaproveitamento hídrico. A política de uso consciente da água é uma das mais rígidas da Europa.
Tecnologia e adaptação frente à ausência de rios
Apesar das diferenças entre eles, Vaticano, Mônaco e Malta compartilham o mesmo desafio: suprir a população sem a ajuda de rios.
Essa limitação geográfica obrigou cada um a investir em tecnologia e planejamento.
Além disso, todos possuem sistemas sofisticados de tratamento, captação ou importação de água. Seja por causa do tamanho, do clima ou da geologia, esses países se destacam por terem encontrado soluções eficazes para um problema que, em grande parte da Europa, não existe.
Com informações de Tempo.com.
Nada e nenhum lugar é perfeito. Mas pode-se buscar soluções para que a realidade seja a melhor possível.