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Correios e Grupo Alibaba, dono da Aliexpress, fecham acordo inédito 

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 17/04/2023 às 11:42
Atualizado em 20/04/2023 às 10:13
Correios e Grupo Alibaba, dono da Aliexpress, fecham acordo inédito 
Foto: Ilustraçção/Canva

Em meio à discussão de taxação, correios fecha parceria com Grupo Alibaba, dono da Aliexpress com objetivo de melhorar a logística entre as empresas.

Enquanto Shein, Shopee e outras empresas passam por discussões ligadas à tributação do comércio eletrônico no Brasil, os correios assinaram recentemente um memorando com a companhia Cainiao Network, braço de logística do Grupo Alibaba, dono da Aliexpress. A minuta do acordo foi assinada nesta semana em missão na China.

Acordo visa melhorar transações e logística entre Correios e Grupo Alibaba

O acordo servirá de parceria para melhorar as transações de logística, de acordo com apuração da reportagem. Segundo uma fonte da empresa, a minuta não está ligada à discussão do fracionamento de volumes e fim da taxação de US$ 50 para itens de pessoa física.

Inclusive, a minuta estava prevista para ser assinada neste mês de abril quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve que adiar a viagem à China por problemas de saúde.

Na última sexta-feira (14), representantes do Grupo Alibaba, dono do Aliexpress, se reuniram com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Fernando Haddad, em São Paulo. Segundo informações de participantes do encontro, a gigante varejista explicou como funciona o crossbording no mundo e a taxação deste tipo de venda.

Integrantes do Grupo Alibaba, ainda ressaltaram que a isenção para itens de pequeno valor é algo exclusivo do nosso país. A companhia também informou que não está de acordo com a venda fracionada para burlar o Fisco.

Nesta semana, a Receita Federal informou que encerrará a isenção da taxa para pacotes de até US$50. O órgão ainda destacou que o benefício nunca existiu para empresas privadas.

Volume de compras vindas do Aliexpress e outras empresas cresce 39,4% em 2022

O Governo Federal ainda afirma que não planeja desenvolver nenhum novo imposto, mas sim reforçar a fiscalização da enxurrada de remessas que chegam no Brasil, cuja suspeita é o uso do benefício tributário de forma fraudulenta.

A partir de uma Medida Provisória, o exportador terá que prestar declaração antecipada com informações do exportador e de quem compra, além do produto. Entretanto, a Receita contará com um grande desafio pela frente, visto que o volume de recebidos pelos brasileiros aumentou 39,4% em 2022 e alcançou o maior patamar da série histórica.

Segundo dados levantados por Fernando Nakagawa, analista da CNN, o país recebeu 5 encomendas nacionais por segundo em 2022. O dado é dos Correios e mostra que o Brasil contou com exatos 176.276.519 volumes de compras do exterior, o equivalente a 20 mil encomendas por hora.

Correios realiza leilão com mais de 50 mil produtos

Quando um objeto adquirido pelo comprador não chega ao seu endereço, o Código de Defesa do Consumidor prevê um período para que uma reclamação seja registrada.

Caso o comprador e o vendedor não registrem nenhuma queixa sobre a falta de entrega, o objeto fica sob cuidados dos Correios e nomeado como refugo e serão justamente esses itens que serão leiloados pela companhia. O próprio Código de Defesa do Consumidor (CDC) prevê que os itens que não chegaram ao seu destino, e não foram contestados, podem ser leiloados pelos Correios. 

No total, são pelo menos 50 mil produtos que estão estocados nas agências, principalmente de eletrônicos como smartphones, drones e notebooks. O leilão acontecerá oficialmente no dia 2 de maio, quando aqueles que tiverem interesse poderão arrematar o produto desejado ao fazer seu lance.

Entretanto, antes mesmo disso já está permitido dar seu lance pela compra dos produtos por lotes, ou seja, a compra não será por um item individualmente, mas sim pela compra em conjunto.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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