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Paraná atinge a marca de 1 gigawatt em energia distribuída no meio rural

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 04/09/2025 às 07:48
Vista aérea de usina solar em área rural com céu azul limpo e cores vivas.
Painéis solares instalados em área rural sob céu claro e paisagem agrícola.
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Descubra como o Paraná alcançou 1 GW em energia distribuída no meio rural, transformando a produção agrícola e promovendo sustentabilidade e economia para produtores.

Recentemente, o Paraná alcançou a marca histórica de 1 gigawatt (GW) de energia produzida em geração distribuída no meio rural.

Consequentemente, o estado se consolidou como um dos mais avançados no Brasil na adoção de fontes renováveis no campo.

Além disso, essa quantidade de energia seria suficiente para abastecer uma cidade com mais de um milhão de habitantes, evidenciando o potencial do setor rural para contribuir de forma significativa com a matriz energética do país.

Ademais, cerca de 86,25% dessa produção provém do Programa Paraná Energias Renováveis (RenovaPR), que em quatro anos se tornou referência em incentivo à energia limpa no meio rural.

Historicamente, o setor rural brasileiro enfrentou grandes desafios relacionados ao acesso à energia elétrica de forma sustentável.

Até meados do século XX, as zonas rurais contavam com baixa eletrificação e dependiam de fontes tradicionais, como lenha e óleo diesel.

De fato, muitas comunidades rurais ainda sofriam para transportar produtos e manter atividades agroindustriais devido à falta de eletricidade confiável.

Portanto, o desenvolvimento de sistemas de energia distribuída no meio rural surge como uma solução estratégica para reduzir custos, além de ampliar a autonomia energética dos agricultores.

Essa prática promove sustentabilidade e fortalece economicamente o campo.

Além disso, o RenovaPR desempenha papel fundamental, oferecendo condições financeiras diferenciadas por meio do Banco do Agricultor Paranaense.

Ou seja, o programa concede subvenção de juros para projetos de geração de energia renovável, permitindo que agricultores familiares tenham juros zerados, enquanto médios e grandes produtores recebem abatimentos proporcionais.

Normalmente, os valores das parcelas do financiamento pagam-se com os recursos economizados na fatura de energia, tornando o investimento ainda mais acessível.

Ademais, até o momento, o programa cadastrou mais de 700 empresas para desenvolver projetos de energia solar e 25 especializadas em biogás e biometano.

Além disso, o programa oferece suporte técnico e orientação para a implementação de projetos, garantindo que os sistemas instalados operem com eficiência e segurança.

Assim, os produtores menos familiarizados com tecnologias energéticas conseguem adotar soluções modernas, aumentando a adesão à geração distribuída no meio rural.

Investimentos estratégicos e impactos econômicos

Desde 2021, os financiamentos que passaram pelo Banco do Agricultor Paranaense somam R$ 5,8 bilhões, com um aporte adicional do Governo do Estado de R$ 260 milhões para equalização dos juros.

Portanto, esse investimento mostra a importância estratégica do Estado em fomentar a energia distribuída no meio rural, fortalecendo a produção agrícola e promovendo autonomia energética aos produtores.

Além disso, o impacto da geração distribuída no meio rural vai além da economia financeira.

Ao controlar sua própria energia, os produtores reduzem a dependência de concessionárias e minimizam os efeitos de oscilações de preços no mercado tradicional.

De fato, o coordenador do RenovaPR, Herlon Goelzer de Almeida, destaca que 11,8% das unidades rurais do Paraná já produzem energia própria, representando quase 18% da potência instalada no setor.

Assim, os produtores economizam entre 85% e 95% na conta de luz, o que reduz o custo de produção e aumenta a competitividade da agricultura paranaense.

Além disso, os recursos economizados podem reinvertir-se em melhorias produtivas, aquisição de equipamentos ou expansão das propriedades.

Consequentemente, essa reinversão fortalece a cadeia produtiva rural, gera empregos e estimula o desenvolvimento econômico local.

Portanto, a implementação de energia distribuída no meio rural cria um ciclo virtuoso de investimento, economia e sustentabilidade.

Além disso, a trajetória da energia distribuída no Paraná mostra que a inovação tecnológica e o apoio governamental caminham lado a lado.

No passado, a falta de incentivos e recursos impedia que pequenos e médios agricultores adotassem soluções sustentáveis.

No entanto, com programas como o RenovaPR, o cenário mudou, oferecendo financiamento, assistência técnica e apoio de empresas especializadas.

Hoje, observa-se uma transformação significativa no campo, onde a geração de energia limpa se tornou um ativo estratégico.

Isso permite que os produtores direcionem recursos para melhorias na produção e na infraestrutura rural.

Benefícios sociais e ambientais da energia distribuída no meio rural

Além disso, a geração distribuída influencia diretamente o desenvolvimento social das comunidades rurais.

Com acesso a energia limpa e autônoma, escolas, postos de saúde e pequenas indústrias funcionam de forma mais eficiente.

Isso melhora a qualidade de vida e fortalece a economia local.

Além disso, a produção de energia no campo reduz impactos ambientais, promovendo sustentabilidade e alinhando a produção agrícola com práticas responsáveis.

Outro ponto relevante é o impacto do programa no setor de proteínas animais.

Almeida ressalta que a geração própria de energia viabiliza a produção de alimentos de origem animal no Paraná.

Isso garante que o custo energético não comprometa a competitividade do produtor.

Ou seja, a energia distribuída no meio rural não envolve apenas tecnologia, mas também estratégia para toda a cadeia produtiva.

Além disso, o sucesso do Paraná serve como exemplo para outras regiões do Brasil e do mundo.

A combinação de políticas públicas eficazes, incentivos financeiros e apoio técnico mostra que implementar sistemas de energia limpa no meio rural é viável e eficiente.

Dessa forma, a experiência do RenovaPR prova que sustentabilidade e produtividade agrícola podem caminhar juntas, tornando o modelo paranaense um referencial para futuros projetos de energia renovável.

Diversificação energética e resiliência

Além disso, a diversificação das fontes de energia, como a integração de sistemas solares e de biogás, fortalece a resiliência energética do setor rural.

Consequentemente, gerar energia localmente diminui a vulnerabilidade frente a crises energéticas ou variações de mercado.

Isso garante maior estabilidade ao produtor e à cadeia produtiva.

Essa visão de longo prazo consolida a energia distribuída no meio rural como um pilar de desenvolvimento sustentável e competitivo.

Além disso, a expansão de tecnologias limpas no campo promove a adoção de práticas agrícolas inovadoras.

Por exemplo, o monitoramento digital do consumo energético e o uso de energia para irrigação inteligente aumentam a produtividade.

Esses avanços posicionam o Paraná como referência nacional em inovação rural sustentável, reforçando o valor da geração distribuída na transformação econômica e ambiental do estado.

Em resumo, o marco de 1 gigawatt alcançado pelo Paraná na geração distribuída no meio rural representa mais do que um número.

Ele simboliza uma mudança histórica na forma como a energia é produzida e utilizada no campo.

Além disso, reforça a importância da sustentabilidade, da autonomia energética e do apoio governamental.

Com políticas públicas adequadas, financiamento acessível e tecnologia disponível, os produtores transformam o campo em espaço de inovação e eficiência.

Isso contribui significativamente para a matriz energética nacional e o desenvolvimento econômico e social do estado.

Além disso, o futuro da energia distribuída no meio rural no Paraná indica expansão contínua.

Mais produtores adotam soluções renováveis e mais regiões se beneficiam dos avanços tecnológicos.

Portanto, o sucesso do RenovaPR mostra que investimentos estratégicos em energia limpa geram impactos duradouros, influenciando não apenas o setor agrícola, mas toda a sociedade.

Eles promovem um modelo de desenvolvimento sustentável e resiliente que outras regiões poderão replicar.

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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