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Paralisação: Trabalhadores da DOF Offshore iniciam greve e paralisam 16 embarcações que atendem setor de petróleo e gás do Brasil

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 12/10/2024 às 01:19
Navio de suporte offshore ancorado no meio do mar com correntes estendidas
Imagem de um grande navio de apoio offshore ancorado no meio do mar, com suas âncoras e correntes esticadas. Fonte: gerada por IA

Greve de 24 horas na DOF Offshore começa com reivindicações de salário e benefícios – o que está em jogo?

A partir da meia-noite da última quinta-feira, 11 de outubro de 2024, os trabalhadores da DOF Offshore, uma das maiores operadoras de embarcações no setor de petróleo e gás, iniciaram uma greve de 24 horas que causou impactos significativos. A paralisação envolveu diversas categorias da força de trabalho essencial nas operações offshore da empresa, e poderá se estender caso as reivindicações não sejam atendidas.

A seguir, você vai entender o que motivou a paralisação, quais são as principais reivindicações dos trabalhadores e quais embarcações estão afetadas. Também veremos o impacto no setor e o que pode ocorrer nos próximos dias se a situação não for resolvida.

Resumo da greve da DOF Offshore: motivações e consequências

A greve foi deflagrada pontualmente às 00:00 do dia 11/10/2024 e seguiu até às 23:59 do mesmo dia, conforme o tempo estabelecido pelas leis que regem as categorias de trabalhadores marítimos no Brasil. A paralisação envolve Marinheiros, Moços de Convés e Máquinas, Cozinheiros e Taifeiros, que atuam em diversas embarcações da frota da DOF Offshore.

Principais Reivindicações dos Trabalhadores:

  • Defasagem Salarial: Os trabalhadores alegam que seus salários estão defasados, sem reajustes proporcionais à inflação.
  • Gratificação de Bombeio: Bonificação exigida para os profissionais que operam bombas de carga e descarga, uma tarefa crítica em embarcações offshore.
  • Prato Extra para o Pessoal de Câmara: Um pedido específico do setor de suporte e serviços internos da embarcação, que visa melhorias nas condições alimentares a bordo.
  • Gratificação de Lançamento de Âncora: Adicional financeiro solicitado para trabalhadores responsáveis pelo lançamento e operação de âncoras, uma tarefa que envolve grande responsabilidade e habilidades técnicas.

Essa paralisação é a primeira medida dos trabalhadores. Caso as exigências não sejam atendidas pela empresa, já está previsto um novo período de greve, desta vez com 48 horas de duração, o que trará ainda mais desafios para a DOF e para o setor de óleo e gás.

Quais embarcações estão paralisadas? O impacto no setor offshore

A greve afetou diretamente 16 embarcações da frota da DOF, algumas das quais já estavam em downtime programado para manutenção. Abaixo está a lista completa dos navios impactados, com destaque para aqueles que já estavam fora de operação parcial ou total:

  1. Skd Rio
  2. Skd Angra (parado em downtime)
  3. Skd Iguaçu
  4. Skd Botafogo
  5. Skd Amazonas (parado em downtime)
  6. Skd Urca
  7. Skd Paraty
  8. Skd Búzios
  9. Skd Recife
  10. Skd Olinda
  11. Skd Niterói
  12. Skd Achiever
  13. Skd Strill Explorer
  14. Skd Geoholm
  15. Skd Ipanema
  16. Skd Chieftain

A paralisação parcial dessas embarcações pode afetar diretamente operações essenciais de perfuração, manutenção de plataformas e transporte de insumos, prejudicando a cadeia produtiva do setor de petróleo e gás, especialmente na Bacia de Campos e Bacia de Santos, onde a DOF Offshore atua.

Downtime programado e efeitos operacionais

O downtime refere-se a um período planejado em que as embarcações estão fora de operação para manutenção ou ajustes técnicos. Apesar de algumas dessas embarcações já estarem em downtime, a paralisação dificulta ainda mais a retomada das atividades. Em situações de greve, a operação mínima é mantida para garantir a segurança das embarcações, mas a produtividade é severamente reduzida.

A força da greve: reivindicações que rodem mudar o jogo

A greve teve como principal objetivo chamar a atenção para a defasagem salarial que afeta os trabalhadores há anos, sem reajustes compatíveis com a inflação e as condições econômicas atuais. Além disso, há reivindicações específicas relacionadas às condições de trabalho, como gratificações para operações essenciais e melhorias no ambiente a bordo.

Defasagem salarial: uma questão de urgência

A principal queixa dos trabalhadores é a defasagem salarial. De acordo com os sindicatos, os marinheiros, moços, cozinheiros e taifeiros enfrentam uma erosão de seus salários, o que reduz seu poder de compra e afeta a qualidade de vida das famílias.

Esse descompasso com a inflação gera insatisfação não só na DOF, mas em todo o setor de navegação e offshore. Segundo os representantes sindicais, sem um reajuste adequado, a rotatividade de profissionais tende a aumentar, impactando diretamente a eficiência das operações offshore.

Gratificações especiais: uma demanda justa?

Os trabalhadores também estão em busca de gratificações específicas para tarefas críticas, como o bombeio e o lançamento de âncoras. Essas operações envolvem uma alta responsabilidade e riscos operacionais. Por isso, as categorias exigem uma compensação financeira adicional para essas atividades, além de um prato extra para os trabalhadores de câmara, melhorando as condições de trabalho e alimentação a bordo.

O que acontece se a greve continuar?

Caso as negociações entre a DOF Offshore e os trabalhadores não avancem até o final da greve de 24 horas, um novo período de paralisação já está previsto. Este novo movimento terá duração de 48 horas e, conforme comunicado dos sindicatos, será deflagrado dentro dos próximos dias, caso não haja acordo.

Esse novo período de paralisação traria impactos ainda mais severos para a DOF, que já está enfrentando dificuldades com o número significativo de embarcações parcialmente paradas. Além disso, a produção de petróleo e gás no Brasil, especialmente nas áreas operadas pela empresa, poderia ser afetada.

Possíveis soluções e cenário futuro

A resolução da greve depende diretamente da disposição da DOF Offshore em negociar com os trabalhadores e atender, pelo menos parcialmente, às suas reivindicações. Até o momento, a empresa não se pronunciou oficialmente sobre o movimento grevista, o que levanta ainda mais dúvidas sobre o futuro das negociações.

Por outro lado, os sindicatos já se mostraram abertos ao diálogo, mas reforçam que a falta de uma solução pode gerar novas paralisações, levando a perdas significativas tanto para a empresa quanto para a economia do país, especialmente no setor estratégico de energia.

Impacto no mercado de petróleo e gás

A greve na DOF Offshore não é um evento isolado; ela ocorre em um momento de tensões crescentes no setor de petróleo e gás. Com a volatilidade dos preços internacionais do petróleo e a alta demanda por combustíveis, qualquer paralisação na cadeia de produção pode afetar a economia brasileira, especialmente no que se refere à produção offshore.

O Brasil, sendo um dos maiores produtores de petróleo offshore do mundo, pode sofrer impactos significativos com paralisações prolongadas, como a redução de exportações e até mesmo a necessidade de importação de derivados para suprir a demanda interna.

O setor offshore em alerta

A greve de 24 horas iniciada pelos trabalhadores da DOF Offshore chama a atenção para a necessidade urgente de revisão salarial e melhorias nas condições de trabalho para os profissionais que operam nas embarcações. A paralisação de 16 navios já causa preocupações no setor, e o risco de uma greve ainda maior agrava o cenário.

Resta saber como a empresa irá lidar com essas demandas e se conseguirá evitar uma nova paralisação, que pode causar ainda mais prejuízos. Acompanhe os próximos capítulos dessa história que pode impactar o setor de óleo e gás em todo o Brasil.

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, com foco em petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração e economia. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo.

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