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Paralisação do canal de acesso impede transporte de cargas pelos navios nos portos de Itajaí e Navegantes

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 10/05/2022 às 11:46
Devido à instabilidade no volume do Rio Itajaí-Açu, o canal de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes se encontra fechado e, com isso, o transporte de cargas pelos navios nos complexos está impossibilitado de acontecer, causando um sério prejuízo às companhias
Foto: Porto de Itajaí/Divulgação

Devido à instabilidade no volume do Rio Itajaí-Açu, o canal de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes se encontra fechado e, com isso, o transporte de cargas pelos navios nos complexos está impossibilitado de acontecer, causando um sério prejuízo às companhias

Desde a última terça-feira, (03/05), o canal de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes, no estado de Santa Catarina, se encontra fechado e o transporte de cargas nos locais não está acontecendo. A paralisação do canal seguirá por tempo indeterminado devido às constantes alterações no volume do Rio Itajaí-Açu e as empresas ainda calculam o alto prejuízo que será firmado sem a possibilidade de movimentação de mercadorias pelos navios nos complexos. 

https://twitter.com/portosdobrasil/status/1521580355974742018

Instabilidade no volume do Rio Itajaí-Açu causa paralisação do canal de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes e traz sérios problemas para o transporte de cargas 

Os últimos dias foram marcados por chuvas intensas por todo o estado de Santa Catarina e, com isso, o volume do Rio Itajaí-Açu se encontra altamente instável. Assim, não está sendo possível projetar quais serão as alterações no curso e no volume do rio e, por isso, o canal de acesso aos portos de Itajaí e Navegantes foi fechado pela administração dos portos. Agora, há uma paralisação nas operações de transporte de cargas com os navios dos locais e um alto prejuízo para os complexos 

Embora não seja possível calcular qual o prejuízo real que será acarretado nos portos e nas empresas que realizam as operações de transporte de cargas, a administração dos complexos afirma que os danos serão difíceis de serem reparados. Isso acontece porque o canal de acesso pelo Rio Itajaí-Açu é o principal para uma série de atividades de exportação e importação no local. E, com o fechamento da estrutura, os navios se encontram presos tanto dentro quanto fora dos complexos.

Assim, Ricardo Amorim, Diretor Geral de Operações Logísticas do Porto de Itajaí, comentou sobre os prejuízos que serão calculados pela impossibilidade da entrada e saída de navios nos portos e afirmou que “É uma cadeia muito grande de logística e de comércio exterior. Temos prejuízos para exportadores, para importadores que não estão conseguindo escoar a produção ou receber matéria-prima, estamos falando dos terminais que não conseguem operar navios, e vão começar a represar muita carga, já que os navios não estão atracando”.

Diversos navios se encontram paralisados e sem a possibilidade de novas operações de transporte de cargas nos portos devido ao fechamento do canal de acesso

O principal problema que está sendo visto nos portos de Itajaí e Navegantes devido ao fechamento do canal de acesso é a superlotação dos terminais com os navios. Isso acontece pois, com a paralisação das operações de transporte de cargas, essas embarcações precisam aguardar o volume do rio se estabilizar para conseguirem finalizar as atividades que estavam previstas, causando uma longa fila de espera em ambos os complexos portuários. 

Assim, no canal de acesso, cinco navios aguardam a melhora da correnteza e do rio para atracar, e quatro estão atracados, dois na Portonave, um do porto público e um na Barra do Rio. A velocidade da correnteza está altamente instável e elevada, segundo a administração dos portos, e a continuidade das operações de transporte de cargas poderia colocar em risco os navios e os funcionários que realizam essa movimentação nos portos. 

Por fim, a administração portuária comentou que os navios que esperam pelo acesso possuem mais de 300 metros de comprimento, o que torna a operação mais delicada e com mais restrições quanto ao vento e correnteza. Agora, os portos aguardam a normalização do curso do rio para a retomada das atividades.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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