O Paraguai continua exigindo a devolução do canhão “El Cristiano” ao Brasil, um artefato bélico capturado durante a Guerra da Tríplice Aliança e hoje exposto no Museu Histórico Nacional no Rio de Janeiro. A demanda reacende questões sobre a custódia e a conservação de troféus de guerra em um contexto de preservação histórica e diplomática entre os dois países.
Segundo reportagem do G1, em uma continuidade das reivindicações históricas, o Paraguai solicita ao Brasil a repatriação do canhão “El Cristiano”, símbolo bélico capturado pelo Exército Brasileiro durante a Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), e que atualmente está em exposição no Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro. Este pedido reacende discussões sobre a conservação e apropriação de artefatos históricos entre as nações envolvidas.
A Guerra da Tríplice Aliança, envolvendo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai, é marcada como um dos conflitos mais devastadores da América do Sul, com consequências profundas para o Paraguai, que perdeu grande parte de sua população e território após a guerra. “El Cristiano”, um canhão de bronze feito de sinos de igreja, tornou-se um símbolo potente desse conflito, destacando-se por seu papel crucial nas batalhas e pela representação da resistência paraguaia.
Argentina e Uruguai já devolveram troféus de guerra ao Paraguai, e o Brasil fez o mesmo com outros itens durante as negociações para a construção da Usina de Itaipu
Historicamente, Argentina e Uruguai já devolveram troféus de guerra ao Paraguai, e o Brasil fez o mesmo com outros itens durante as negociações para a construção da Usina de Itaipu, mas o canhão permanece no Brasil. Em 2010 e novamente em 2014, o governo brasileiro prometeu avaliar a devolução do canhão, mas as ações concretas não foram observadas.
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Questão da repatriação do canhão divide opiniões dentro do próprio Paraguai
Atualmente, a questão da repatriação do canhão divide opiniões dentro do próprio Paraguai. Enquanto o presidente Santiago Peña Palácios reforça o pedido de devolução como parte de seu mandato, jornalistas e historiadores locais, como Andrés Gutiérrez, argumentam que o canhão pode estar melhor preservado no Brasil, dada a falta de recursos para a manutenção de patrimônio no Paraguai. Este ponto de vista ressalta a ironia da situação: enquanto o Paraguai luta para recuperar seu patrimônio, enfrenta desafios significativos em preservar o que já possui.
“El Cristiano” coloca em perspectiva as complexidades das relações entre Brasil e Paraguai
A situação do canhão “El Cristiano” coloca em perspectiva as complexidades das relações entre Brasil e Paraguai, trazendo à tona discussões sobre o dever dos países em conservar e respeitar os artefatos históricos em um contexto global. Com o canhão ainda em território brasileiro e as negociações em impasse, o futuro deste importante artefato histórico continua incerto, refletindo as duradouras cicatrizes de um conflito que moldou o destino de uma nação.