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Chega ao mercado janela capaz de gerar energia limpa com o uso de painéis solares de perovskita

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 23/09/2023 às 15:37
Atualizado em 24/09/2023 às 22:25
Panasonic transforma janelas comuns em geradoras de energia renovável através dos painéis solares de perovskita
Foto: Divulgação

A Panasonic está inovando no mercado de energia renovável e lançou painéis solares de perovskita que se mesclam ao ambiente com transparência e design.

Os crescentes avanços tecnológicos com foco na sustentabilidade estão alavancando grandes inovações incríveis na arquitetura e no design de interiores. Um projeto da Panasonic Holdings Corporation, no Japão, tem como objetivo acompanhar este avanço. A empresa criou uma tecnologia de painéis solares que transforma as janelas dos prédios em uma fonte inesgotável de energia renovável, utilizando células solares de perovskita.

Entenda como a Panasonic desenvolveu os painéis solares de perovskita 

Ao integrar essas células solares transparentes em vidro, a Panasonic encontrou uma forma harmoniosa de gerar energia renovável em espaços urbanos. A implementação inicial aconteceu em uma casa modelo na cidade de Fujisawa, onde o protótipo dos painéis solares de perovskita serão testados ao longo de um ano. Um dos recursos inovadores deste novo equipamento é sua transparência, fator que até então tem representado um desafio nas soluções de vidro solar. Ao absorver a energia solar diretamente, o vidro gera energia, protegendo o interior do edifício dos raios solares.

Neste sentido, o foco da Panasonic é disponibilizar uma solução de painéis solares de perovskita que se encaixem em uma extensa gama de estruturas arquitetônicas e suprindo as demandas energéticas do local. Tal inovação com foco na energia renovável possui especial relevância levando em conta a crescente demanda por edifícios de emissão líquida zero, onde a quantidade total de energia consumida é igual à quantidade de energia limpa gerada no local.

Panasonic se pronuncia sobre novos painéis que geram energia renovável

As células solares de perovskita disponibilizam, sobretudo, um alto desempenho na conversão de energia do sol em elétrica, alcançando uma eficiência de 25%, que ultrapassa as células de silício policristalino. Tal eficiência pode alcançar até 32,5% por meio do uso conjunto do silício e perovskita.

Segundo o porta-voz da Panasonic, ao unir o seu método original de revestimento por jato de tinta e tecnologia de processamento a laser, é possível aumentar a flexibilidade em termos de tamanho, design e transparência, possibilitando a personalização de acordo com as demandas de cada cliente.

Além disso, apenas uma camada de micrômetro de cristais de perovskita depositados em vidro, possibilita uma maior flexibilidade em termos de tamanho, design e transparência. os painéis solares de perovskita da Panasonic contam com transparências variáveis e são personalizáveis. Por fim, as células revelam-se uma alternativa mais econômica e sustentável às convencionais de silício, uma vez que são geradas com menos energia e não demandam tratamento térmico elevado.

Novas tecnologias para o setor de energia renovável

Em junho, pesquisadores do Instituto de Microssistemas e Tecnologia da Informação de Shangai, na China, conseguiram produzir um painel de energia solar tradicional de silício, com as mesmas células solares presentes atualmente no mercado, que é dobrável o suficiente para se fundir a superfícies irregulares.

O painel solar, com 60 micrômetros de espessura, é tão flexível quanto uma folha de papel e mantém a mesma eficiência até mesmo quando está enrolado.

O único custo para a modificação foi uma queda na eficiência da energia solar em energia elétrica em relação ao painel solar original, entretanto que continuou acima dos 24%. Wenzhu Liu e seus amigos deram início a uma pastilha de células de silício de 160 micrômetros de espessura sem perda de funcionalidade. Entretanto, surgiu uma sequência de entraves. Após a redução de espessura, os painéis solares de silício ficaram tão polidos que passaram a refletir cerca de 30% da luz incidente conforme é dobrado, o que reduz bastante sua eficiência.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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