Com 2,8 milhões de m² e arquitetura palaciana, o Palácio Lakshmi Vilas, na Índia, é a maior residência privada do mundo — lar de uma única família há mais de um século.
O maior lar privado já construído pelo homem não está em Dubai, tampouco em Beverly Hills. Ele fica na Índia e é tão vasto que rivaliza com cidades inteiras. O Palácio Lakshmi Vilas, erguido em 1890 para a realeza de Baroda, ocupa incríveis 2,8 milhões de metros quadrados — mais que 400 campos de futebol, mais que muitos bairros inteiros de capitais brasileiras — e segue habitado por uma única família: os Gaekwad, herdeiros de uma das mais poderosas dinastias do subcontinente indiano. Se Antilia, mansão moderna do bilionário Mukesh Ambani, impressiona com seus 37 mil m², o Lakshmi Vilas a eclipsa com uma escala quase mítica e áreas inteiras jamais abertas ao público.
O Palácio Lakshmi Vilas: símbolo máximo da elite indiana
Construído no auge do poder dos marajás, o palácio é considerado um dos maiores ícones arquitetônicos do período colonial. Sua estrutura mescla estilos indo-sarracenos, influências renascentistas e detalhes orientais que resultam numa obra singular.
Na época de sua construção, já contava com tecnologias raríssimas: elevadores hidráulicos, sistema de encanamento interno e iluminação avançada — um avanço que muitos centros urbanos ocidentais sequer tinham.
No interior, mármore italiano, vitrais belgas, mobiliário artesanal e obras raras compõem salões monumentais. Há relatos históricos de que o teatro privado do palácio, inspirado na Royal Opera House de Londres, comporta mais de 600 convidados.
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Jardins monumentais maiores que bairros inteiros
Os jardins do Lakshmi Vilas não são apenas extensos — são planejados em escala urbana. Há bosques, lagos artificiais, fontes e áreas cerimoniais que se estendem por tantos hectares que superam o tamanho total de cidades históricas europeias.
O espaço inclui ainda um campo de golfe privado, amplas áreas de caça histórica e trilhas privadas. Estima-se que grande parte do complexo nunca tenha sido documentada por completo, reforçando o ar de mistério que acompanha a propriedade.
Aposentos secretos e alas inacessíveis até hoje
Apesar de visitas turísticas a uma pequena parte da propriedade, a maior parte permanece inacessível. Historiadores relatam a existência de túneis subterrâneos, corredores escondidos, câmaras privadas de tesouros e salas exclusivas usadas para reuniões reais.
A realeza indiana sempre manteve uma tradição de recintos privados, protegidos tanto por motivos espirituais quanto estratégicos — e o Lakshmi Vilas resguarda esse legado.
Até hoje, nenhuma imagem completa da ala residencial privada foi divulgada. As áreas mais sagradas do palácio permaneceram inalteradas durante gerações, guardando parte da história dos marajás e fragmentos culturais de eras passadas.
Comparações globais: nenhum palácio privado moderno chega perto
Para efeito de comparação:
- Buckingham Palace: ~77.000 m²
- Antilia (Mukesh Ambani): ~37.000 m²
- Palácio Lakshmi Vilas: 2.800.000 m²
Ou seja, o palácio indiano é mais de 36 vezes maior que Buckingham e mais de 75 vezes maior que a Antilia.
Mesmo entre palácios reais, quase nada chega perto — exceto complexos religiosos e palaciais estatais, que não são residências privadas.
Tradição mantida, modernidade em volta
Hoje, a família Gaekwad administra museus, áreas culturais e cerimoniais no palácio, preservando o patrimônio enquanto a cidade moderna cresce ao seu redor.
Vadodara, onde o palácio está localizado, tornou-se polo industrial e educacional, mas o Lakshmi Vilas permanece como uma cápsula do tempo — onde séculos convivem lado a lado com a modernidade indiana.
Uma estrutura real que sobreviveu a impérios coloniais, mudanças econômicas e eras políticas, mantendo vivas tradições que poucos lugares do mundo conservaram.



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