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País europeu paga até R$ 454 mil para quem reformar casas abandonadas em ilhas isoladas e viver nelas por no mínimo dez anos

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 29/07/2025 às 12:26
Casas em ilha remota da Irlanda reformadas por novos moradores com incentivo governamental.
Casas centenárias em ilhas irlandesas oferecem até R$ 454 mil em subsídios para atrair novos moradores. Esta é uma das residências participantes do programa. Imagem: dreamstime
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Programa “Our Living Islands” busca revitalizar 23 ilhas pouco habitadas, oferecendo incentivos financeiros para atrair moradores permanentes e fortalecer comunidades locais.

A Irlanda anunciou a renovação do programa “Our Living Islands”, que oferece até 70 mil euros, cerca de R$ 454 mil, para pessoas interessadas em reformar casas abandonadas ou desocupadas em ilhas remotas no litoral oeste do país. A iniciativa, que se estende até 2033, foi criada para combater a despovoação e revitalizar 23 comunidades insulares, onde vivem atualmente apenas 2.734 pessoas.

O incentivo é destinado a propriedades construídas antes de 2007 que estejam desocupadas por pelo menos dois anos. Os recursos devem ser usados exclusivamente para reformas e melhorias estruturais, e os beneficiários precisam utilizar o imóvel como residência principal ou alugá-lo para contratos de longo prazo. Casas de temporada e locações de curta duração não são elegíveis.

Entre as localidades participantes estão ilhas como Aran, Clare, Dursey, Inishturk, Inishbofin e Bere, conhecidas por suas paisagens rústicas e por terem servido como cenário para o filme Banshees de Inisherin (2022), indicado ao Oscar. Essas regiões enfrentam há décadas desafios de despovoamento e buscam garantir a sustentabilidade de suas culturas e economias.

Quem pode participar do programa

O governo irlandês informou que não é necessário ser cidadão irlandês para participar, mas os candidatos devem cumprir os requisitos de residência e visto vigentes no país. A inscrição é feita diretamente pelo site oficial do Departamento de Habitação, Governo Local e Patrimônio da Irlanda.

Até março de 2025, 22 das 35 candidaturas enviadas foram aprovadas. O governo espera atrair novos moradores dispostos a contribuir com o desenvolvimento econômico e social das comunidades insulares e, assim, fortalecer a cultura e a atividade turística sustentável nas ilhas.

Para se qualificar, os interessados devem assumir o compromisso de morar ou alugar a propriedade por no mínimo dez anos. Caso a casa seja vendida nos primeiros cinco anos, o subsídio recebido precisará ser devolvido às autoridades locais.

Valores e condições oferecidos pelo governo

Os valores do incentivo variam de acordo com o estado do imóvel. Casas desocupadas podem gerar subsídios de até 50 mil euros (R$ 324 mil), enquanto propriedades abandonadas em estado precário podem receber o valor máximo de 70 mil euros (R$ 454 mil). Todos os recursos precisam ser direcionados a melhorias que garantam a habitabilidade do imóvel.

De acordo com as autoridades, o programa foi lançado em 2023 e integra o plano estratégico de dez anos para manter vivas comunidades tradicionais e atrair famílias e profissionais que queiram residir em áreas afastadas.

Conforme noticiado pelo portal noticias.r7, a medida segue o exemplo de outros países que também buscam soluções criativas para repovoar áreas isoladas. Na Itália, por exemplo, o programa “casas por 1 euro” já ganhou destaque, embora muitas propriedades demandem reformas extensas para se tornarem habitáveis.

Outras iniciativas semelhantes na Europa

Além de Irlanda e Itália, Croácia, França e Japão também possuem programas voltados à revitalização de áreas rurais e ilhas pouco povoadas, oferecendo imóveis por valores simbólicos ou leilões acessíveis. O objetivo é atrair novos moradores e recuperar comunidades em declínio demográfico.

Recentemente, Eisenhüttenstadt, cidade no leste da Alemanha, próxima à fronteira com a Polônia, lançou uma ação inusitada: duas semanas de hospedagem gratuita em apartamentos mobiliados para interessados em conhecer a cidade antes de decidir fixar residência. A medida busca impulsionar a economia local e repovoar áreas urbanas esvaziadas após o período pós-industrial.

Em outro extremo, um caso oposto chamou atenção em uma matéria anterior: um país europeu tornou-se um dos destinos mais caros do mundo, com imposto de renda zero, metro quadrado de altíssimo valor e falta de espaço para abrigar milionários. O cenário, que transformou a região em um paraíso fiscal praticamente inacessível para moradores comuns, contrasta com os esforços de outras nações que buscam, justamente, atrair novos residentes para evitar o esvaziamento populacional.

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José costa
José costa
02/08/2025 15:42

Só fato de poder morar num lugar desse já e bom demais , Brasil tá complicado só corrupção

David
David
02/08/2025 00:01

SE eu tivesse está oportunidade acho que não irei querer nem voltar . A paz e tranquilidade são as coisas que nos trará saúde e vida porque as demais coisas Deus acrescenta em nosso caminho . Me dê essa oportunidade e não se arrependeria

Georgia Pasolini Carlton
Georgia Pasolini Carlton
01/08/2025 23:02

Eu quero ir!

Fonte
Felipe Alves da Silva

Profissional com formação militar pelo Exército Brasileiro e experiência em gestão administrativa e logística no setor industrial. Escreve sobre defesa, segurança, geopolítica, indústria automotiva, ciência e tecnologia. Sugestões de pauta: fa06279@gmail.com

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