Dados mais recentes do USGS confirmam a Polônia no top 5 de reservas de prata, enquanto o Peru mantém a liderança. A demanda industrial segue recorde e sustenta preços firmes do metal.
A Polônia entrou no top 5 de países com reservas de prata segundo o USGS, após novas descobertas. O relatório USGS 2025 estima que o país possua 61 mil toneladas de reservas de prata, colocando-o no top 5 global. À frente aparecem Peru com 140 mil t, Austrália com 94 mil t, Rússia com 92 mil t e China com 70 mil t.
Com isso, a Polônia se torna um player estratégico nas reservas. Para o mercado, o fato relevante é que o país entra de vez entre os grandes detentores de prata, com depósitos associados principalmente aos complexos cobre-prata.
O USGS publicou uma correção em sua tabela, fixando as reservas da Polônia em 63 mil t. A revisão oficial é importante para separar recursos geológicos amplos de reservas economicamente recuperáveis nas condições atuais. Nesse ano de 2025, a estimativa foi reavaliada e consolidou-se em 61 mil t.
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Produção de prata no mundo México, China e Peru seguem como líderes
Reservas não são sinônimo de produção. Em 2024, quem extraiu mais prata foi o México (aprox. 6,3 mil t), seguido por China e Peru. A Polônia aparece com produção estimada em 1,3 mil t em 2024, mostrando consistência, mas ainda abaixo dos maiores produtores.
Além dos números nacionais, vale observar empresas-chave. A KGHM, gigante polonesa do cobre, é também uma das grandes produtoras globais de prata metálica. Em 2024, a companhia reportou 1.341 toneladas de prata, reforçando o peso da Polônia na oferta do metal.
Para o investidor e para a indústria, esses dados ajudam a entender por que México, Peru e China continuam balizando o fluxo físico do mercado, enquanto países como a Polônia ampliam sua relevância estrutural via reservas e projetos de longo prazo.
Demanda industrial por prata cresce com energia solar e eletrônicos
A World Silver Survey 2025 registra que o consumo industrial de prata atingiu 680,5 milhões de onças em 2024, novo recorde, impulsionado por fotovoltaicos, eletrônica e eletrificação veicular. O levantamento também aponta um déficit estrutural do mercado em 2024, o quarto seguido, porque a demanda total superou a oferta.
O relatório anterior, World Silver Survey 2024, já mostrava um salto de 11% na demanda industrial em 2023, sobretudo por painéis solares e infraestrutura elétrica. A sequência de recordes explica por que a indústria puxa preços e investimentos, independentemente de oscilações pontuais na mineração.
A prata é insumo crítico para células fotovoltaicas, conectividade 5G e eletrônicos de alta precisão, aplicações que continuam a ganhar espaço no mundo.
Preço da prata e relação com o ouro o que dizem os dados recentes
Segundo o USGS 2025, o preço médio da prata em 2024 foi de US$ 27,70/oz, cerca de 18% acima de 2023. O documento também relaciona a pressão de preços à demanda acima da oferta e à recuperação de segmentos industriais. A famosa relação ouro-prata continua sendo referência para investidores, mas os dados mostram que a prata tem cada vez mais drivers industriais próprios.
Analistas lembram que, em ciclos de maior apetite por risco e investimentos em energia limpa, a prata tende a superar o ouro em desempenho, embora seja mais volátil. Em 2025, reportagens do setor destacaram a performance superior da prata e a manutenção do quadro de déficit no mercado, sustentando a tese de preços firmes.
O que muda para a economia global e para a Polônia
Para a economia global, reservas concentradas em poucos países e déficits recorrentes sugerem um ciclo de investimentos em mineração, reciclagem e eficiência de uso da prata. Isso impacta cadeias de energia solar, eletrônicos e veículos elétricos, setores que crescem de forma acelerada.
Para a Polônia, estar entre os maiores detentores de reservas de prata amplia o potencial de receitas e atração de capital, desde que o país avance em capacidade de extração e valor agregado. A presença de um produtor como a KGHM ajuda a conectar reservas ao mercado, mas o salto competitivo depende de projetos, tecnologia e estabilidade regulatória.
A Polônia consolidou-se no topo do ranking de reservas, se aproximando de países como o Peru, que ocupa o primeiro lugar, e a força da transição energética mantém a prata no centro das atenções. Para o leitor e para os investidores, a combinação de oferta limitada e demanda industrial recorde segue como a variável mais importante para 2025.