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Os presidentes do Brasil que ficaram menos de 100 dias no cargo; um deles governou por apenas três dias

Publicado em 03/05/2025 às 07:22
Brasil, Presidentes do Brasil, Presidentes, Dias no poder
Créditos: Antônio Cruz/ Agência Brasil
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Ao longo da história republicana do Brasil, vários presidentes ocuparam o cargo por períodos breves — alguns por poucos dias, outros sequer chegaram a tomar posse, interrompidos por crises, golpes ou doenças

Ao longo da história do Brasil republicano, alguns presidentes não chegaram sequer a completar cem dias de governo. Entre afastamentos por doença, mandatos tampões e crises políticas, pelo menos quatro titulares e duas juntas militares ou provisórias ocuparam a presidência por períodos breves, além de outros quatro que nem chegaram a assumir o cargo.

Um dos casos mais curtos foi o de Carlos Luz, que esteve no cargo por somente três dias. Presidente da Câmara dos Deputados, ele assumiu o lugar de Café Filho em 1955, após este se afastar por questões de saúde.

Luz tentou impedir a posse de Juscelino Kubitschek, mas foi acusado de conspirar com setores militares para aplicar um golpe. O plano falhou e ele acabou sofrendo impeachment pelos senadores, deixando o poder em tempo recorde.

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Ranieri Mazzilli — 13 dias no poder

Ranieri Mazzilli também teve dois mandatos curtos, ambos com apenas 13 dias. O primeiro foi em 1961 e o segundo em 1964. Nos dois casos, atuou como presidente interino, enquanto o país vivia momentos de transição e instabilidade política.

Nereu Ramos — 81 dias de mandato

Outro nome importante é o de Nereu Ramos, que governou por 81 dias. Ele assumiu a presidência após Carlos Luz e Café Filho serem impedidos de continuar no cargo.

Ramos era o vice-presidente do Senado e conduziu o país até a posse de Juscelino Kubitschek em janeiro de 1956. Durante sua curta administração, governou sob estado de sítio por dois meses, numa tentativa de afastar riscos de golpe de Estado.

José Linhares — 94 dias

José Linhares, então presidente do Supremo Tribunal Federal, assumiu o comando do país em 1945 após a deposição de Getúlio Vargas.

Seu governo durou 94 dias e teve como foco a redemocratização do Brasil. Em pouco tempo, enfrentou problemas como inflação, fez investimentos no ensino superior e trabalhou pela recuperação das estradas. Após deixar a presidência, retornou ao STF.

Junta Governista Provisória e Junta Militar

Além desses presidentes de curta duração, o Brasil também teve duas juntas no poder por tempo limitado. A primeira foi uma Junta Governista Provisória, que comandou o país por dez dias em 1930, e a segunda foi uma Junta Militar, que esteve à frente do governo por 60 dias em 1969.

Nem chegaram a tomar posse

Também houve casos de presidentes que nem chegaram a tomar posse. Júlio Prestes, eleito em 1930, não assumiu por conta da revolução daquele ano.

Ele foi substituído por uma junta governamental. Em 1969, Pedro Aleixo, vice de Costa e Silva, foi impedido pelos militares de assumir a presidência depois que o titular sofreu um derrame.

Outros dois nomes marcantes nessa lista são Rodrigues Alves e Tancredo Neves, ambos eleitos, mas impedidos por problemas de saúde.

Alves havia sido eleito pela segunda vez em 1918, mas morreu vítima da gripe espanhola em janeiro de 1919, antes de reassumir o cargo. Curiosamente, foi um dos líderes que mais atuou pela melhoria das condições sanitárias do Rio de Janeiro, ainda no início do século XX, ao lado do médico Oswaldo Cruz.

Tancredo Neves, por sua vez, foi o primeiro presidente civil eleito após 21 anos de ditadura militar. Foi escolhido pelo Colégio Eleitoral em 15 de janeiro de 1985, mas adoeceu em março do mesmo ano e morreu pouco mais de um mês depois, em 21 de abril. Seu vice, José Sarney, assumiu interinamente e depois foi empossado presidente.

Esses episódios mostram que, embora o mandato presidencial no Brasil tenha duração prevista de quatro anos, nem todos os eleitos ou empossados conseguiram concluir sequer seus primeiros cem dias.

O país já foi conduzido por presidentes interinos, juntas provisórias e políticos barrados por crises de saúde ou momentos de tensão institucional.

Com informações de O Globo.

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Romário Pereira de Carvalho

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