A Lei de redução da inflação nos EUA visa reduzir as emissões de carbono e impulsionar o setor de veículos elétricos
Em agosto de 2022, o Presidente Joe Biden assinou uma peça significativa de política climática, conhecida como Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês).
O ato destina um montante impressionante de 369 bilhões de dólares para medidas de corte de emissões. Para o setor de veículos elétricos, a grande novidade é um crédito fiscal de até 7.500 dólares na compra de um carro elétrico.
De acordo com o Professor Jesse Jenkins, o foco do IRA é incentivar a tecnologia limpa, ao invés de impor taxas sobre as emissões de carbono. Isso significa que há dinheiro disponível em cada etapa da cadeia de valor dos veículos elétricos, desde a mineração de materiais até a montagem do veículo.
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Impacto imediato: bilhões em investimentos e novos empregos
Desde a implementação da lei, já foram anunciados 56 bilhões de dólares em investimentos, o que deverá gerar cerca de 40.000 empregos e incrementar significativamente a capacidade de baterias nos Estados Unidos. O IRA está mudando as placas tectônicas da transição para veículos elétricos e energia limpa.
A lei também exige que uma certa porcentagem dos componentes seja fabricada ou montada nos EUA ou em países com acordos de livre comércio com os Estados Unidos. A questão da dependência de materiais da China e outros países também está em pauta.
No entanto, a legislação está abrindo oportunidades para outros parceiros comerciais, como Austrália, Canadá e Chile, que são ricos em minerais críticos como lítio e cobalto.
A IRA sobreviverá a mudanças políticas?
No cenário político norte-americano, dividido entre democratas e republicanos, fica a questão: o IRA sobreviverá a uma possível mudança de administração? Há um otimismo cauteloso de que o forte lobby corporativo e os benefícios econômicos tangíveis possam ajudar a lei a resistir às mudanças políticas.