Retirada de regulações e colapso da cooperação global colocam os EUA no centro da evasão fiscal. Confira mais detalhes!
Sob a influência da política econômica de Donald Trump, os Estados Unidos vêm adotando medidas que os posicionam como o principal destino para evasão fiscal no mundo. A retirada do país de compromissos internacionais de transparência, o enfraquecimento da fiscalização tributária e a tolerância com criptomoedas não regulamentadas revelam um esforço deliberado para desmantelar os mecanismos de controle global.
Desmontando o sistema de fiscalização tributária
Entre as ações mais alarmantes está a decisão do Departamento do Tesouro de se retirar do regime de compartilhamento de informações sobre os verdadeiros proprietários de empresas. O governo também abandonou negociações sobre uma convenção da ONU voltada à cooperação tributária internacional e deixou de aplicar a Lei de Práticas de Corrupção no Exterior. Paralelamente, promoveu uma ampla desregulamentação do setor de criptomoedas, ampliando o anonimato em transações financeiras.
A falsa promessa da redução de impostos
Embora apresentada como uma forma de estimular a economia, a redução dos impostos corporativos nos EUA beneficiou majoritariamente grandes conglomerados, ao mesmo tempo em que reduziu os recursos disponíveis para políticas sociais. A combinação entre taxas reduzidas e proteção a estruturas societárias opacas transforma os Estados Unidos em um refúgio ideal para grandes fortunas que buscam escapar da tributação em seus países de origem.
-
Brasil foi usado como “fábrica de espiões” russos, diz New York Times
-
Cliente recebe 81 trilhões de Dólares por engano — valor supera riqueza mundial
-
Tio pode ser condenado a pagar pensão? Entenda como o Código Civil permitiu decisão que ampliou a obrigação alimentar para além de pais e avós
-
Você pode perder sua parte na herança sem saber: STJ confirma que quem mora sozinho pode ficar com 100% do imóvel e deixar os demais herdeiros sem nada
Impacto internacional e risco de retrocesso global
Analistas tributários e organizações internacionais vêm alertando para o impacto global das medidas adotadas pelos Estados Unidos. A falta de cooperação americana esvazia os esforços multilaterais para conter fluxos ilícitos de capitais e desestimula outros países a manterem seus compromissos com a transparência. Com isso, o sistema fiscal global corre o risco de regredir a um cenário de competição predatória entre nações.