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Os 8 carros equipados com o polêmico câmbio powershift no Brasil

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 11/06/2025 às 12:53
Atualizado em 12/06/2025 às 20:28
Os 8 carros equipados com o polêmico câmbio Powershift que viraram um pesadelo para os donos e você precisa conhecer antes de comprar um usado
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A transmissão automatizada da Ford, que prometia modernidade, equipou modelos como Fiesta, Focus e EcoSport, mas se tornou sinônimo de problemas crônicos, reparos caros e alta desvalorização no mercado.

A má fama se espalhou e impactou diretamente o mercado de usados. Hoje, comprar um dos carros equipados com polêmico câmbio Powershift exige um nível de cautela e conhecimento muito acima do normal. Este guia detalha quais são os modelos, os problemas mais comuns e o que você precisa saber para não transformar o sonho do carro seminovo em um pesadelo mecânico.

Introduzido no Brasil como uma tecnologia de ponta, o câmbio Powershift da Ford rapidamente se tornou uma das maiores dores de cabeça da indústria automotiva nacional. A transmissão automatizada de dupla embreagem, que prometia agilidade e economia, na prática gerou uma série de falhas crônicas, resultando em prejuízos financeiros e muita frustração para milhares de proprietários.

O que é o câmbio Powershift e por que ele se tornou um pesadelo?

O Powershift DPS6 é uma transmissão automatizada de seis marchas com um sistema de dupla embreagem a seco.

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A tecnologia é engenhosa: enquanto uma embreagem cuida das marchas ímpares, a outra já deixa a marcha par engatada, permitindo trocas quase instantâneas. A promessa era de um desempenho mais esportivo e eficiente.

O problema central está na sua concepção “a seco”. Diferente de sistemas que usam óleo para arrefecimento, o Powershift depende da ventilação para dissipar o calor.

Este projeto se mostrou inadequado para as condições brasileiras, especialmente no trânsito intenso das grandes cidades e sob o clima quente. O superaquecimento constante virou a causa raiz para uma cascata de outros defeitos.

Os 8 carros equipados com polêmico câmbio Powershift no Brasil

A má fama se espalhou e impactou diretamente o mercado de usados. Hoje, comprar um dos carros equipados com polêmico câmbio Powershift exige um nível de cautela e conhecimento muito acima do normal. Este guia detalha quais são os modelos, os problemas mais comuns e o que você precisa saber para não transformar o sonho do carro seminovo em um pesadelo mecânico.

A Ford utilizou a transmissão Powershift em alguns de seus carros de maior volume de vendas, o que amplificou o alcance do problema. A lista a seguir detalha os principais modelos e versões que receberam o câmbio problemático no país.

New Fiesta Hatch 1.6: Produzido de 2013 a 2019, foi um dos primeiros a receber o câmbio nas versões SE, SEL e Titanium.

New Fiesta Sedan 1.6: Assim como o hatch, o sedan também foi equipado com o Powershift em diversas versões entre 2013 e 2019.

New Fiesta 1.0 EcoBoost: As versões SEL e Titanium com o motor turbo importado, vendidas de 2016 a 2019, também usaram a transmissão.

Focus Hatch 1.6: A terceira geração do Focus (2014-2019) teve o Powershift como principal opção automática para o motor 1.6.

Focus Sedan 1.6: O mesmo se aplica à carroceria sedan com motor 1.6, que também sofre dos mesmos problemas crônicos.

Focus Hatch 2.0: As versões com o potente motor 2.0 Duratec Direct Flex (2014-2019) também foram majoritariamente vendidas com o Powershift.

Focus Sedan 2.0: O sedan com motor 2.0 completa a linha Focus entre os carros equipados com polêmico câmbio Powershift.

EcoSport 1.6 e 2.0: A segunda geração do SUV (2013-2017), antes da reestilização, ofereceu o Powershift nas motorizações 1.6 Sigma e 2.0 Duratec.

Trepidação, ruídos e superaquecimento: os sintomas crônicos que você precisa identificar

A má fama se espalhou e impactou diretamente o mercado de usados. Hoje, comprar um dos carros equipados com polêmico câmbio Powershift exige um nível de cautela e conhecimento muito acima do normal. Este guia detalha quais são os modelos, os problemas mais comuns e o que você precisa saber para não transformar o sonho do carro seminovo em um pesadelo mecânico.

Os defeitos do câmbio Powershift são bastante característicos. Ficar atento a eles durante um test drive é fundamental para evitar uma compra desastrosa.

Trepidação excessiva: É o sintoma mais famoso. O carro trepida ao arrancar ou em baixas velocidades, como se o motorista estivesse “queimando a embreagem”.

Ruídos estranhos: Estalos metálicos e rangidos durante as trocas de marcha são um sinal claro de atrito excessivo e desgaste interno.

Superaquecimento: O câmbio pode superaquecer, acendendo uma luz de alerta no painel e, em casos graves, entrando em modo de emergência ou perdendo totalmente a tração.

Falhas nas trocas de marcha: Marchas que patinam, trocas bruscas ou a retenção em uma única marcha são comuns.

Falha do Módulo TCM: O problema mais grave é a falha do Módulo de Controle da Transmissão (TCM), o “cérebro” do câmbio. Sua quebra pode imobilizar o carro completamente.

O prejuízo no bolso: os altos custos de reparo e a desvalorização no mercado

Além da dor de cabeça, o Powershift pesa no bolso. Os custos de reparo são elevados, e a má fama da transmissão derrubou o valor de revenda desses modelos.

Um reparo completo, envolvendo a troca do kit de dupla embreagem e do módulo TCM, pode facilmente ultrapassar a marca dos R$ 10.000.

Apenas o kit de embreagem novo custa entre R$ 3.300 e R$ 7.000, enquanto um módulo TCM novo fica entre R$ 3.700 e mais de R$ 5.500, sem contar a mão de obra especializada. Essa conta salgada levou muitos proprietários a acionarem a Ford na Justiça.

Essa realidade impactou diretamente o mercado de usados. Os carros equipados com polêmico câmbio Powershift sofrem uma desvalorização muito mais acentuada que seus concorrentes. Lojistas e concessionárias frequentemente recusam esses modelos na troca ou oferecem valores muito abaixo da tabela, com medo de assumir o problema.

Um guia essencial do que verificar antes de comprar um usado com Powershift

Se mesmo com todos os alertas você ainda considera a compra, uma cautela extrema é necessária.

Exija o histórico de manutenção: Verifique se o carro passou por trocas de embreagem ou do módulo TCM. A ausência de um histórico claro é um péssimo sinal.

Confira os recalls: Certifique-se de que o veículo passou por todas as atualizações de software e programas de serviço oferecidos pela Ford para o câmbio.

Faça um test drive completo: Ande no trânsito pesado, acelere com vigor e teste o carro em subidas. Fique atento a qualquer sinal de trepidação, ruído ou falha nas trocas.

Leve a um mecânico especializado (passo obrigatório): A etapa mais importante. Apenas um profissional com experiência comprovada em Powershift pode fazer um diagnóstico correto, usando um scanner para ler os códigos de falha do TCM e avaliar o estado real da transmissão.

Se qualquer um desses pontos apresentar problemas, desista da compra. O risco de um grande prejuízo financeiro e de muita dor de cabeça é simplesmente alto demais.

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Sidney Ferreira
Sidney Ferreira
15/06/2025 05:35

Tenho um NEW FIESTA 2013/2014, fiz um único recal de módulo. em 2016. Até hj nunca tive problemas com esse carro.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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