Novo aeroporto internacional em Olímpia promete transformar o turismo e a logística do interior paulista, com investimento bilionário, pista de grande porte e capacidade para receber voos domésticos e internacionais.
A cidade de Olímpia, conhecida como a “Orlando brasileira”, no noroeste de São Paulo, deu mais um passo para a construção de um aeroporto internacional.
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) emitiu parecer técnico favorável ao projeto, autorizando o avanço para as próximas etapas de licenciamento e início das obras, segundo a Infraero e a Prefeitura de Olímpia.
O investimento inicial está estimado em R$ 500 milhões, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
-
Alerta no Fed: Sinais de aperto na liquidez forçam banco central a encerrar redução de US$ 6,6 trilhões do balanço a partir de dezembro
-
Corte de juros nos Estados Unidos pode aliviar economia do Brasil
-
Receita Federal soma arrecadação de R$ 680 bi em 3 meses, R$ 216,7 bi e R$ 2,1 trilhões no ano: recorde atrás de recorde levanta a pergunta que ninguém quer calar
-
CNH sem autoescola não passará pelo Congresso e sai em 2025 por resolução, diz ministro; população ‘não quer’ legislativo encarecendo
Licenciamento e cronograma do projeto
Com o aval do Iphan, o empreendimento entra na fase de licenciamento ambiental e de elaboração dos projetos executivos.
De acordo com informações do governo estadual, o objetivo é iniciar a construção assim que forem concluídos os trâmites legais e liberados os recursos federais.
O Aeroporto Internacional do Norte Paulista, como foi batizado, será implantado em uma área de 200 hectares, a cerca de 20 quilômetros do centro urbano.
O projeto prevê uma pista de 2.100 metros de comprimento por 45 metros de largura, com possibilidade de ampliação para 2.500 metros, conforme os estudos técnicos da Infraero.

A estrutura foi planejada para receber aeronaves de grande porte, incluindo voos cargueiros e internacionais.
Segundo a empresa, a capacidade estimada é de 1 milhão de passageiros por ano, atendendo não apenas o interior de São Paulo, mas também partes de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás.
Etapas documentais e institucionais
Em março de 2025, a Infraero concluiu o registro do CNPJ do novo aeroporto, etapa necessária para formalizar o empreendimento e habilitar processos de licitação e contratos.
O projeto também já possui CEP próprio, vinculado à área destinada à construção.
Esses registros são parte dos procedimentos exigidos por órgãos de controle federais e estaduais.
De acordo com o Ministério de Portos e Aeroportos, a execução dependerá da liberação orçamentária da União.
Após essa etapa, será publicado o edital de licitação para escolha da empresa responsável pelas obras.
Conexões regionais e impacto logístico
A localização de Olímpia é considerada estratégica por técnicos do setor aéreo, pois permite conexão direta com importantes polos produtivos e turísticos do interior paulista e de estados vizinhos.
Especialistas em infraestrutura apontam que o terminal pode atuar como ponto de integração logística entre regiões agrícolas e industriais, reduzindo deslocamentos até os aeroportos de São Paulo e Ribeirão Preto.
O governo estadual incluiu ainda a duplicação da Rodovia Assis Chateaubriand (SP-425) no planejamento de obras viárias, medida que facilitará o acesso ao futuro terminal.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-SP) informou que o projeto executivo da duplicação já está em fase de elaboração, com intervenções previstas para os trechos de ligação a Olímpia.
Turismo e infraestrutura local
Olímpia já é um dos principais destinos turísticos do país, segundo dados da Secretaria de Turismo de São Paulo.
A cidade recebe cerca de 5 milhões de visitantes por ano e conta com 35 mil leitos na rede hoteleira.
O fluxo é impulsionado por dois grandes parques aquáticos — Thermas dos Laranjais e Hot Beach —, entre os maiores da América Latina.
Em 2025, o Thermas dos Laranjais anunciou a criação de um novo complexo de lazer com brinquedos aquáticos, área gastronômica e galeria comercial, cuja inauguração está prevista para o segundo semestre.
Segundo empresários do setor, o aeroporto deve ampliar a conectividade do destino e atrair turistas de outros estados e países da América do Sul.
A cidade também investe em obras complementares, como a construção de um centro de convenções e a duplicação da SP-425, com o objetivo de fortalecer a infraestrutura voltada ao turismo e aos eventos corporativos.
Perfil operacional e capacidade do aeroporto

De acordo com informações da Infraero, o terminal foi dimensionado para atender tanto operações domésticas quanto internacionais.
O projeto prevê áreas para embarque, desembarque, estacionamento de aeronaves e transporte de cargas.
A pista, com as medidas previstas, poderá receber jatos comerciais de médio e grande porte.
A expectativa é que o aeroporto contribua para a interiorização do transporte aéreo e para o desenvolvimento econômico regional.
Técnicos consultados pelo governo avaliam que o empreendimento deve gerar empregos diretos e indiretos durante as fases de construção e operação, com impacto positivo sobre o turismo e a cadeia de serviços locais.
Próximos passos e licitação
A Infraero aguarda a liberação de recursos da União para lançar o edital de licitação que definirá a empresa responsável pelas obras.
Após a contratação, serão iniciadas as intervenções de terraplanagem e construção das primeiras estruturas.
Segundo o cronograma preliminar, a previsão é de que a fase inicial do projeto — que inclui pista, pátio e terminal de passageiros — seja concluída em até dois anos após o início das obras.
A estimativa de entrada em operação é mantida para 2026, conforme os prazos apresentados pela estatal e pelo município.
O governo estadual afirma que o empreendimento é uma das principais iniciativas de infraestrutura do interior paulista e integra o planejamento de expansão da malha aeroportuária nacional.
O novo aeroporto deve consolidar Olímpia como um dos principais polos turísticos e logísticos da região.
Especialistas do setor aéreo destacam que o sucesso da operação dependerá da oferta de voos regulares e da integração eficiente com as rodovias e os parques que sustentam o fluxo de visitantes.



Seja o primeiro a reagir!