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Orçamento reduzido: PAC para MS cai pela metade em transição energética

Escrito por Paulo H. S. Nogueira
Publicado em 09/10/2025 às 13:47
Painéis solares em uma fazenda sob um céu limpo e ensolarado durante o meio-dia
Painéis solares captam a luz intensa do meio-dia, simbolizando o uso sustentável e eficiente da energia solar.
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Descubra como o orçamento reduzido do PAC em Mato Grosso do Sul impacta a transição energética e os projetos sustentáveis até 2026.

O orçamento reduzido do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em Mato Grosso do Sul revela desafios econômicos e, ao mesmo tempo, prioridades governamentais.

Em 2023, o governo federal planejava investir R$ 44,7 bilhões no Estado; no entanto, após revisar os critérios de aplicação, a meta caiu para R$ 24,2 bilhões, sendo que apenas R$ 3,3 bilhões devem financiar a transição energética até 2026.

Dessa forma, a redução significativa evidencia o impacto do ajuste de políticas públicas sobre projetos estratégicos.
Ela também reforça a necessidade de planejamento eficiente diante de recursos limitados.

Historicamente, o PAC surgiu no início dos anos 2000 como uma ferramenta do governo federal para acelerar investimentos em infraestrutura, educação, saúde e energia.

Portanto, o programa sempre buscou estimular o crescimento regional e integrar economicamente o país.
Em Mato Grosso do Sul, os primeiros eixos de desenvolvimento incluíram obras de transporte, saneamento básico e expansão da energia elétrica.

Com o tempo, o Estado passou a investir mais em fontes renováveis; assim, refletiu a preocupação crescente com sustentabilidade e redução de emissões de gases de efeito estufa.

Histórico e contexto do PAC em Mato Grosso do Sul

O orçamento reduzido atual resulta, em grande parte, da reclassificação dos recursos feita pelo Palácio do Planalto.
Ele passou a considerar apenas os investimentos aplicados diretamente no Estado.

Antes, incluíam-se também recursos indiretos da base nacional.
Consequentemente, essa mudança afetou principalmente o eixo de transição e segurança energética.
Ela mostra como o método de cálculo dos benefícios pode influenciar drasticamente a percepção sobre investimentos estratégicos.

Mesmo assim, o governo garante que o Novo PAC segue firme, com monitoramento constante para gerar emprego, renda e desenvolvimento social.

Além do ajuste nos números, a redução de recursos exige, portanto, fortalecer a governança local e ampliar a participação da sociedade civil.

Afinal, projetos de energia e infraestrutura dependem de planejamento integrado e acompanhamento técnico constante.
Com menos recursos, torna-se ainda mais crucial identificar as iniciativas com maior potencial de impacto social e ambiental.
Isso garante que cada investimento contribua efetivamente para o crescimento sustentável do Estado.

Projetos de impacto local e regional

Entre os projetos já realizados, destacam-se iniciativas de geração de energia renovável e eficiência energética.

Por exemplo, a termelétrica integrada à planta de papel e celulose da Suzano, em Ribas do Rio Pardo, é um caso marcante.
Com capacidade instalada de 384 megawatts, a fábrica utiliza licor negro, subproduto da indústria, como combustível.
Ela garante autossuficiência e envia excedentes para o Sistema Interligado Nacional (SIN).

Assim, projetos como esse mostram que investimentos estratégicos podem gerar impactos significativos mesmo diante de um orçamento reduzido.
Eles também contribuem para a diversificação da matriz energética e a promoção de práticas sustentáveis.

Outro projeto emblemático é a Pequena Central Hidrelétrica (PCH) em Paraíso das Águas, que recebeu R$ 258,3 milhões em investimentos, sendo metade proveniente do Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO).

Portanto, a potência de 22 MW e a garantia física de 15,66 MW médios demonstram que, mesmo com recursos limitados, o Estado consegue alcançar resultados concretos que beneficiam diretamente a população local.

Além disso, outras termelétricas renováveis e projetos de modernização da iluminação pública em cidades como Corumbá, Caarapó e Três Lagoas reforçam, assim, a capacidade de Mato Grosso do Sul de avançar na transição energética.

O Novo PAC também prioriza a descentralização dos investimentos, garantindo que cidades de menor porte recebam recursos.
Dessa forma, essa estratégia reduz desigualdades regionais, fortalece economias locais e gera empregos de forma distribuída.

Com o orçamento reduzido, o foco recai sobre projetos capazes de produzir resultados duradouros.
Isso otimiza os recursos disponíveis e promove inclusão social e ambiental.

Energia renovável e inovação tecnológica

O avanço da energia renovável no Estado também revela a resiliência diante do orçamento reduzido.

Por exemplo, a geração solar, que já ultrapassa 1,6 GW de potência instalada, posiciona Mato Grosso do Sul como líder nacional no setor.
Empresas como a (re)energisa operam 17 usinas com 82,44 MW de capacidade instalada.

Isso mostra que investimentos estratégicos, mesmo limitados, podem gerar resultados expressivos e consolidar o Estado como polo de inovação energética.
Além disso, programas de energia solar compartilhada permitem reduzir custos para pequenas e médias empresas.
Eles reforçam, assim, o impacto social e econômico positivo dessas iniciativas.

Além da energia solar, o fortalecimento do mercado de biocombustíveis é outro fator relevante.
O aumento do uso de etanol e biodiesel contribuiu para a redução de emissões de gases poluentes.
Ele também consolidou o etanol como instrumento de descarbonização.

Historicamente, o Brasil se destaca como líder na produção de biocombustíveis.
Mato Grosso do Sul acompanha essa trajetória com políticas regionais que aproveitam recursos naturais e tecnológicos locais.
Dessa maneira, a diversificação das fontes energéticas e a ampliação da capacidade produtiva mostram como a gestão eficiente de um orçamento reduzido pode gerar resultados de longo prazo.

O investimento em inovação tecnológica também se intensifica.
Pesquisas em armazenamento de energia, eficiência em usinas e digitalização de processos industriais permitem otimizar recursos e reduzir custos.

Portanto, mesmo com um orçamento reduzido, o Estado consegue implementar projetos mais eficientes, resilientes e capazes de atender à demanda crescente por energia limpa e sustentável.

Impacto econômico e sustentabilidade

O impacto econômico dos projetos de transição energética vai além do setor ambiental.
Assim, investimentos em eficiência energética, geração de energia renovável e infraestrutura tecnológica geram emprego, renda e desenvolvimento local.

Mesmo com recursos menores, cada projeto estratégico fortalece a competitividade do Estado.
Ele também atrai investimentos privados e fomenta a inovação tecnológica.
Dessa forma, a sinergia entre políticas públicas e iniciativa privada mantém o crescimento sustentável, mesmo em cenários de restrição orçamentária.

Outro ponto relevante é a experiência adquirida ao longo do tempo.
Mato Grosso do Sul já implementou diversos projetos de infraestrutura e energia, permitindo maior assertividade na aplicação de recursos limitados.

Com isso, a experiência acumulada reduz desperdícios e otimiza investimentos.
Ela fortalece a capacidade do Estado de atingir metas ambiciosas de sustentabilidade, mesmo com o orçamento reduzido do Novo PAC.

A redução de recursos obriga o governo e os parceiros a priorizar projetos com maior impacto social, ambiental e econômico.
Por isso, essa realidade reforça a importância do planejamento detalhado e da avaliação constante de resultados.

Dessa maneira, projetos de energia renovável, modernização urbana e eficiência energética recebem critérios mais rigorosos.
Isso garante que cada real investido produza benefícios concretos para a população e para o meio ambiente.

Em conclusão, a redução do orçamento reforça a importância de uma gestão estratégica, com foco em resultados tangíveis e impacto positivo para a sociedade.
Consequentemente, Mato Grosso do Sul serve como exemplo de como, mesmo com recursos limitados, é possível implementar projetos de transição energética, promover sustentabilidade e estimular o crescimento econômico.

O Novo PAC, embora com um orçamento reduzido, continua a desempenhar papel central na modernização do Estado e na consolidação de políticas públicas que equilibram desenvolvimento, inovação e preservação ambiental.

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Paulo H. S. Nogueira

Sou Paulo Nogueira, formado em Eletrotécnica pelo Instituto Federal Fluminense (IFF), com experiência prática no setor offshore, atuando em plataformas de petróleo, FPSOs e embarcações de apoio. Hoje, dedico-me exclusivamente à divulgação de notícias, análises e tendências do setor energético brasileiro, levando informações confiáveis e atualizadas sobre petróleo, gás, energias renováveis e transição energética.

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