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ONS Alerta: Consumo de energia dispara no Brasil com o calor extremo. Demanda quebra recordes em 2025!

Publicado em 22/02/2025 às 23:26
Atualizado em 24/02/2025 às 11:13
Edifício sede do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), no Rio de Janeiro
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Calor extremo impulsiona recordes de consumo de energia no Brasil!

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) divulgou, em fevereiro de 2025, uma nova projeção para o consumo de energia elétrica no Brasil. Segundo o relatório atualizado, a demanda deve crescer 6,5% neste mês, marcando um dos maiores aumentos dos últimos anos.

Essa tendência já havia sido observada anteriormente. No verão de 2024, o Brasil registrou temperaturas recordes, especialmente entre dezembro e janeiro, quando cidades do Sudeste e Centro-Oeste enfrentaram ondas de calor superiores a 40°C.

Como consequência, o consumo de energia elétrica disparou. De acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), o pico de demanda atingiu 91.200 megawatts no dia 18 de janeiro de 2024, um recorde absoluto até então.

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ONS eleva projeção de consumo de energia no Brasil para fevereiro de 2025

O ONS anunciou, em 21 de fevereiro de 2025, uma revisão de suas projeções, destacando que a carga de energia elétrica deve atingir 88.670 megawatts (MW) médios. Essa atualização veio após um relatório preliminar divulgado no início do mês, que previa um crescimento mais modesto, de 5,8%.

Além disso, o Sudeste/Centro-Oeste apresentou um consumo de 54.599 MW médios na primeira quinzena do mês, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Esse volume já superava em 7,2% os valores registrados no mesmo período de fevereiro de 2024.

Isso reforça a tendência de alta no consumo energético. A combinação entre temperaturas elevadas e aumento da demanda preocupa especialistas do setor elétrico.

Impacto das condições climáticas na demanda de energia

Desde dezembro de 2024, meteorologistas do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) alertam que o Brasil enfrentaria um dos verões mais quentes da história.

Além disso, o fenômeno climático El Niño, que se intensificou entre novembro de 2023 e março de 2024, contribuiu diretamente para o aumento das temperaturas. Esse fenômeno altera padrões climáticos e pode influenciar a distribuição de chuvas no país.

Paralelamente, as previsões de chuvas indicam uma recuperação nos reservatórios hidrelétricos das principais bacias do país. O ONS ajustou as projeções para chuvas nas regiões Sudeste/Centro-Oeste (85% da média histórica), Sul (86%) e Norte (112%).

Entretanto, no Nordeste, a estimativa caiu para 87%, segundo a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF). Como resultado, a geração de energia hidrelétrica pode continuar pressionada em algumas áreas.

Recordes de demanda: riscos para o setor elétrico

Nos últimos cinco anos, o Brasil tem enfrentado aumentos constantes na carga de energia, especialmente em períodos de calor extremo.

Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), entre 2019 e 2024, a demanda subiu cerca de 15%, impulsionada pelo crescimento da população e da economia. Essa elevação representa um desafio para a estabilidade da rede elétrica.

Para evitar riscos de sobrecarga na rede elétrica, o ONS já estuda o acionamento de usinas termelétricas ainda na segunda quinzena de fevereiro de 2025.

No entanto, essa medida eleva o custo da energia, impactando diretamente as tarifas para consumidores residenciais e industriais, conforme alerta a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE).

Como reduzir o impacto do consumo de energia?

Nos últimos anos, campanhas de conscientização sobre uso eficiente de energia têm se tornado cada vez mais frequentes.

Em outubro de 2024, o Ministério de Minas e Energia (MME) lançou um plano de incentivo à economia energética, oferecendo bônus para consumidores que reduzissem o consumo em pelo menos 10% durante os meses mais quentes.

Além disso, especialistas sugerem medidas eficazes para reduzir a conta de luz. Algumas práticas recomendadas incluem:

  1. Trocar lâmpadas incandescentes por LED, que consomem até 80% menos energia;
  2. Utilizar eletrodomésticos com selo Procel A, que garantem maior eficiência energética.
  3. Desligar aparelhos eletrônicos completamente, evitando desperdícios no modo stand-by.
  4. Manter ar-condicionado e ventiladores limpos, reduzindo o consumo excessivo.
  5. Priorizar a iluminação natural, minimizando o uso de lâmpadas durante o dia.

Se cada pessoa adotar essas práticas, será possível reduzir significativamente o impacto do aumento da demanda de energia elétrica.

Perspectivas para o futuro do setor elétrico no Brasil

Diante desse cenário, especialistas do setor elétrico apontam que o Brasil precisa acelerar investimentos em energia renovável.

Em junho de 2024, o governo federal anunciou um pacote de incentivos para geração solar e eólica, com expectativa de expansão de 15% na capacidade instalada até 2026.

Se essa tendência se confirmar, o país poderá reduzir a dependência de usinas termelétricas, que geram altos custos e impacto ambiental.

Contudo, sem a ampliação da infraestrutura elétrica, o risco de apagões e instabilidade no fornecimento continuará sendo uma preocupação, principalmente nos meses mais quentes.

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Marcelo Ibrahim da Silva Simão

Engenheiro de Produção, pós graduado em gerenciamento de projetos e processos, com 10 anos de experiência em certificação, processos e gerenciamento de negócios. Grande interesse pelo setor de óleo e gás e energias renováveis.

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