Onix 1.0 3 cilindros: por que a correia banhada a óleo se dissolve antes do tempo. Falha no projeto do cárter pode deixar resíduos de óleo contaminado no motor e acelerar o desgaste da correia banhada a óleo, segundo análise da DR Auto Mecânica.
O Onix 1.0 3 cilindros, tanto na versão aspirada quanto turbo, vem acumulando relatos de falhas na correia banhada a óleo, que em muitos casos se dissolve antes da hora, mesmo com manutenção em concessionária e uso de lubrificantes corretos. A questão tem preocupado donos de veículos que enfrentam custos altos de reparo.
De acordo com análise técnica da DR Auto Mecânica, o problema não está apenas na correia, mas no projeto do cárter do motor, que dificulta a drenagem completa do óleo durante as trocas. Esse detalhe faz com que resíduos contaminados permaneçam no motor, comprometendo a lubrificação e favorecendo o desgaste da correia banhada a óleo e até da bomba de vácuo.
Defeito crônico no sistema de drenagem
Segundo os especialistas, o bujão de drenagem do óleo no Onix foi posicionado em um ponto lateral do cárter, o que impede que todo o lubrificante seja removido na hora da troca. Até 0,5 litro de óleo contaminado pode ficar no fundo do motor, misturando-se ao óleo novo e reduzindo sua eficiência.
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O problema se agrava porque a correia banhada a óleo trabalha imersa nesse ambiente contaminado. Com a presença de óleo degradado e impurezas, aumenta a chance de dissolução prematura do material da correia, o que pode comprometer a durabilidade do motor.
Risco para a bomba de vácuo
Além da correia, o acúmulo de resíduos pode entupir o pescador de óleo, que tem a função de puxar o lubrificante para o sistema. Quando isso acontece, a sujeira pode atingir a bomba de vácuo, peça essencial para o funcionamento correto do veículo.
Se a bomba de vácuo trabalhar seca ou com passagem de óleo reduzida, suas palhetas podem se desgastar e liberar fragmentos que circulam por todo o motor. Esse efeito em cascata aumenta os riscos de danos graves e reparos de alto custo para o proprietário.
Mesmo com revisões em dia, problema persiste
Casos relatados pela DR Auto Mecânica mostram que a correia banhada a óleo pode se dissolver mesmo em veículos com todas as revisões feitas em concessionárias, notas fiscais guardadas e uso do óleo correto indicado pela montadora.
Em um dos exemplos, um Onix com 120 mil km já apresentava desgaste visível na correia banhada a óleo, reforçando que não se trata de erro de manutenção do dono, mas sim de uma falha estrutural no projeto do motor. Por isso, a recomendação é remover o cárter e realizar limpeza completa durante a troca de óleo, evitando que resíduos contaminem o sistema.
Vale a pena se preocupar?
Embora a GM tenha ampliado a garantia para motores com correia banhada a óleo, especialistas alertam que o problema pode gerar custos elevados para o proprietário após o período de cobertura. A troca da correia exige ferramentas específicas, mão de obra especializada e desmontagem extensa, o que encarece o serviço.
Para quem já tem o modelo, a orientação é redobrar a atenção com a manutenção preventiva, exigir inspeções detalhadas em oficinas especializadas e considerar a limpeza do cárter como parte obrigatória da troca de óleo. Essa medida reduz o risco de dissolução da correia e problemas mais sérios no motor.
O caso do Onix 1.0 3 cilindros mostra como a correia banhada a óleo, que deveria representar inovação e eficiência, acabou se tornando um ponto de preocupação para motoristas brasileiros. O defeito na drenagem do cárter expõe os donos a custos inesperados e levanta dúvidas sobre a durabilidade do projeto.
Você já enfrentou problemas com a correia banhada a óleo no seu carro? Acha que a falha é responsabilidade da GM ou do dono que deve reforçar a manutenção? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir sua experiência real.