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Oferta mundial de petróleo está em risco e queda na comercialização do commodity trará fortes impactos à economia e ao mercado global

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 30/06/2022 às 03:40
Após o anúncio da proximidade da capacidade máxima de produção de petróleo pelos Emirados Árabes, a oferta do commodity pode estar em risco e a baixa comercialização do produto ocasionará uma série de impactos no mercado global e na economia dos países.
Foto: Pixabay

Após o anúncio da proximidade da capacidade máxima de produção de petróleo pelos Emirados Árabes, a oferta do commodity pode estar em risco e a baixa comercialização do produto ocasionará uma série de impactos no mercado global e na economia dos países.

O executivo Mohamed Al-Mazrouei, ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, confirmou recentemente em suas redes sociais que o país está trabalhando próximo da produção máxima de petróleo. E, com esse anúncio, especialistas do mundo inteiro começaram a discutir a partir da última terça-feira, (28/06), os impactos da baixa oferta do commodity no mercado global e na economia dos países, com projeções nada agradáveis para o segmento.

Emirados Árabes Unidos está produzindo petróleo próximo da capacidade máxima e oferta do commodity pode diminuir, influenciando a economia e o mercado global

Durante esta última terça-feira, Mohamed Al-Mazrouei, ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos, comentou sobre a produtividade do petróleo no país e as projeções futuras para o segmento e afirmou em uma publicação na rede social Twitter que “À luz dos recentes relatos da mídia, gostaria de esclarecer que os Emirados Árabes Unidos estão produzindo perto de nossa capacidade máxima de produção”, respondendo os boatos sobre uma crise na nação. 

Dessa forma, o mercado global de petróleo e gás natural começou a se mobilizar para entender o futuro do segmento com essa afirmação. E, em um momento de instabilidade na economia internacional, em razão dos conflitos entre a Rússia e Ucrânia, uma queda na oferta do commodity não será nada agradável para o mercado global. O principal fator que levou à queda na oferta do petróleo, segundo Wagner Varejão, especialista da Valor Investimentos, é o baixo investimento na produção do commodity. 

Isso, pois, segundo o especialista, a agenda de sustentabilidade internacional tomou a frente do combustível e atraiu os investidores, causando assim um baixo investimento na produção de petróleo em todo o mundo durante os últimos dez anos.

Além disso, a pandemia causou fortes impactos no mercado internacional e na cadeia de comercialização do commodity e, por fim, os conflitos entre a Rússia e a Ucrânia agravaram esse cenário. Assim, após uma alta na demanda do produto com a flexibilização da pandemia em 2021, a oferta do commodity não conseguiu acompanhar e, agora, está posta em risco no país do Oriente Médio. 

Saiba quais são os principais impactos da baixa oferta de óleo na economia e no mercado global no cenário atual de instabilidade no setor de óleo e gás

Ainda segundo as projeções do especialista Wagner Varejão para o anúncio dos Emirados Árabes Unidos quanto à produção de petróleo no país, um dos principais problemas que poderão acontecer no mercado global é uma crise de desabastecimento do commodity. No entanto, as reservas de petróleo ainda são suficientes para sustentarem esse momento de instabilidade e o especialista diz que esse não é o maior problema a curto prazo atualmente. 

Para Wagner, um dos principais problemas e já está acontecendo na economia dos países é uma pressão inflacionária causada pela baixa oferta do produto, principalmente em locais dependentes dos Emirados Árabes Unidos, como os Estados Unidos. Dessa forma, a tendência é que os preços do commodity cresçam de forma significativa e exponencial ao longo dos próximos meses, causando um déficit no abastecimento interno das nações, que terão que buscar alternativas ao combustível. 

E, para que uma crise em relação ao commodity não aconteça nos próximos semestres, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) precisará tomar medidas preventivas já nas próximas semanas, visando atrair novos investimentos para a produção e exploração de petróleo no mundo.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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