Lançamento no Brasil combina estilo tradicional da Ray-Ban com câmera 3K, IA integrada e tradução simultânea
Os novos óculos inteligentes da Meta com a Ray‑Ban começaram a ser vendidos nesta terça-feira, 23, no Brasil, segundo anúncio oficial da empresa.
O dispositivo, fruto da parceria entre a fabricante de acessórios e a Meta, estreia com preço a partir de R$ 3,3 mil em lojas físicas da Ray‑Ban e da rede EssilorLuxottica, como Sunglass Hut e Solaris, e, em breve, terá venda no site oficial da Ray‑Ban.
É a primeira vez que a Meta lança um óculos inteligente no mercado brasileiro.
O Ray‑Ban Meta (Gen 2) foi apresentado em 17 de setembro, no evento Meta Connect, e desembarca pouco tempo após sua estreia internacional.
Embora preserve o visual clássico da marca, o aparelho incorpora câmeras, microfones e um assistente por inteligência artificial (IA).
Recursos e especificações técnicas
Segundo a empresa, os óculos contam com bateria de até oito horas de uso contínuo.
Eles oferecem gravação de vídeo em resolução 3K Ultra HD, com opções alternativas em Full HD+ e HD+.
O sensor de câmera é de 12 megapixels em lente ultrawide, e as fotos são capturadas com resolução de 3.024 × 4.032 pixels, com suporte a HDR.
O armazenamento interno é de 32 GB — estimado para centenas de fotos ou dezenas de vídeos gravados.
Para conexão ao smartphone, há suporte a Bluetooth 5.3 e Wi-Fi 6.
O estojo de recarga rápida permite atingir cerca de 50 % de carga em aproximadamente 20 minutos.
O aparelho é compatível com diferentes tipos de lentes: solares, polarizadas, transparentes e versões com grau, garantindo uso para quem precisa de correção visual.
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Funcionalidades principais dos óculos inteligentes
Entre as funções, os Ray‑Ban Meta Gen 2 permitem capturar fotos e vídeos em alta definição diretamente das hastes, sem necessidade de usar o celular.
Esse conteúdo pode ser compartilhado imediatamente em redes sociais como Instagram e Facebook.
O modelo também permite ouvir música e podcasts com áudio aberto — isto é, sem fones de ouvido convencionais.
O sistema incorpora dois alto-falantes embutidos nas hastes e microfones que possibilitam realizar chamadas de voz.
Tradução simultânea e comandos por IA
Outra função é o recurso de tradução em tempo real.
Ao acionar “Ei Meta, iniciar tradução ao vivo”, o usuário pode interagir em diversos idiomas (português, inglês, francês, alemão, italiano e espanhol).
O aparelho traduz o áudio nos óculos e exibe legendas automáticas no celular.
O assistente Meta AI integrado oferece respostas mesmo em movimento.
Com comandos de voz, é possível pedir informações sobre pontos turísticos, sugerir receitas ou identificar objetos no entorno.
Integração com redes sociais e apps de mensagens
Além disso, os óculos são compatíveis com WhatsApp, Messenger e Instagram.
Os usuários podem enviar mensagens, atender ligações ou alternar a câmera do celular para a perspectiva em primeira pessoa durante videochamadas — tudo sem precisar segurar o telefone.
Panorama do mercado de wearables e relevância
O segmento de wearables inteligentes (relógios, óculos e fones com funções extras) é um dos que mais cresce no mundo tecnológico, com fabricantes apostando na convergência entre moda e funcionalidade.
Lançamentos anteriores focaram em smartwatches e fones com sensores de saúde; os óculos com câmeras e IA marcam uma nova fase.
Para a Meta, o Brasil é mercado estratégico pelo potencial de adoção em redes sociais, influenciadores e consumo digital ativo.
A companhia aposta que o usuário verá o dispositivo como parte integrante do dia a dia, não apenas como gadget.
Desafios e limitações da proposta
Embora reúna múltiplas funções, esse modelo não incorpora visor ou display embutido nas lentes para projeção direta de conteúdo no campo de visão.
A versão com tela integrada, chamada Meta Ray‑Ban Display, foi anunciada como evolução futura no evento Meta Connect.
Enquanto isso, o Gen 2 foca em gravação, reconhecimento, voz e tradução — sem exibir imagens no próprio óculos.
Outro ponto que pode limitar é a autonomia, especialmente em uso intensivo de vídeo ou comandos de voz contínuos.
Também não há confirmação pública detalhada sobre a durabilidade em ambientes extremos ou compatibilidade total com redes móveis 5G sem o celular por perto.
Com esse lançamento, a Meta marca presença mais forte no ecossistema brasileiro de tecnologia de consumo, unindo estilo, funcionalidade e conectividade num acessório vestível.
A chegada do dispositivo estimula debates sobre privacidade, adoção tecnológica e futuro dos wearables nos próximos anos.