Fazer isso pode economizar até 20% do cimento na obra. Planejamento estrutural, controle de traço e combate ao desperdício reduzem custos e aumentam a eficiência do cimento na obra.
O cimento na obra é um dos insumos mais caros da construção civil e, ao mesmo tempo, o que mais sofre desperdício quando não há controle técnico. Relatórios apontam que perdas podem chegar a 20% em canteiros mal organizados, elevando consideravelmente o custo final de casas e edifícios.
Segundo engenheiros consultados, economizar cimento na obra não significa usar menos do que o necessário, mas sim aplicar a quantidade correta, seguindo cálculos estruturais, boas práticas de execução e métodos que eliminam desperdícios no preparo e no uso do concreto e da argamassa.
O papel do projeto estrutural na economia de cimento
Todo processo de economia começa no projeto estrutural. É nesse documento que o engenheiro define a carga de pilares, vigas e lajes, determinando a resistência exata do concreto. Seguir o projeto evita a “superdosagem”, quando se usa mais cimento apenas por segurança, gerando gasto desnecessário.
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Um cálculo bem elaborado garante que cada parte da estrutura receba apenas o que precisa. O resultado é a segurança da obra com uso racional do cimento na obra, sem comprometer qualidade e sem aumentar custos.
O traço do concreto e sua importância
O “traço” é a receita que define a proporção entre cimento, areia, brita e água. Seguir esse traço à risca evita desperdícios, já que cada mistura é pensada para atender a uma resistência específica.
Na prática, engenheiros recomendam substituir pás por caixas medidoras (padiolas), o que padroniza a mistura. A dosagem imprecisa pode elevar em até 10% o consumo de cimento na obra sem nenhum ganho real de qualidade.
A escolha dos blocos e sua influência no consumo
O tipo de bloco utilizado também faz diferença. Blocos cerâmicos ou de concreto com dimensões uniformes permitem juntas mais finas e menor uso de argamassa. Além disso, a alvenaria estrutural elimina parte das vigas e pilares, reduzindo o uso de concreto.
Em ambos os casos, a escolha de bons materiais ajuda a diminuir o volume de cimento na obra sem comprometer a resistência, mas sim otimizando o desempenho construtivo.
Principais fontes de desperdício no canteiro
Estudos mostram que o desperdício de cimento pode superar 20% quando não há organização no canteiro. As principais causas são armazenamento incorreto, transporte inadequado e preparo em excesso.
Sacos de cimento expostos à umidade empedram e se perdem. Argamassa mal transportada cai pelo caminho. Preparar grandes volumes de mistura leva ao endurecimento antes do uso. Cada uma dessas falhas representa dinheiro desperdiçado na obra.
Armazenamento e preparo corretos
O cimento na obra deve ser armazenado em local coberto, sobre paletes e longe de paredes úmidas, evitando que absorva água. Cada saco, que custa entre R$ 35 e R$ 50, precisa ser tratado como investimento.
Na preparação, recomenda-se misturar apenas a quantidade necessária, em locais limpos e próximos ao ponto de aplicação. Essa prática garante que todo o cimento usado na obra seja aproveitado ao máximo.
A importância da cura do concreto
A cura é o processo de manter o concreto úmido nos primeiros dias após a aplicação. Sem essa etapa, parte do cimento pode não reagir, enfraquecendo a estrutura.
Ou seja, negligenciar a cura não economiza, mas desperdiça o potencial do material. Cuidar da cura é fundamental para garantir que cada quilo de cimento na obra trabalhe com máxima eficiência.
Economizar até 20% do cimento na obra é possível quando há planejamento, disciplina no preparo do concreto, escolha adequada de blocos e combate ao desperdício no canteiro. Essa economia não apenas reduz custos, mas aumenta a durabilidade da construção.
E você: já enfrentou desperdício de cimento na obra ou conhece práticas que realmente funcionam para economizar? Deixe seu comentário e compartilhe sua experiência — queremos ouvir quem vive isso na prática.