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O sucesso de Cubatão: famosa por possuir grandes empresas e também por ser a mais poluída do mundo, a cidade restaura sua vegetação e é a prova viva de que o homem pode corrigir os desastres que causou a natureza

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 21/08/2020 às 18:21
O sucesso de Cubatão: famosa por possuir grandes empresas e também por ser a mais poluída do mundo, a cidade restaura sua vegetação e é a prova viva de que o homem pode corrigir os desastres que causou a natureza
Um total de 100 quilômetros quadrados foram reflorestados de uma parte da vegetação nativa no estado de São Paulo

Um total de 100 quilômetros quadrados foram reflorestados, uma parte da vegetação nativa, no estado de São Paulo

O estado de São Paulo conseguiu recuperar uma parte da vegetação nativa. O antes e o depois da Serra do Mar, em Cubatão, são um retrato de que o homem pode, sim, corrigir os erros cometidos na natureza. Em matéria publicada pelo Jornal Nacional, mostrou que o projeto tinha como objetivo a semeadura aérea, com as sementes embaladas por cápsulas de gel.

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A bióloga Renata Mendonça diz: “Eu me sinto bem orgulhosa. Cubatão era conhecida, na época, como a cidade mais poluída do mundo”.

O geógrafo Roney Santos e a bióloga Renata estavam na equipe que coletou as sementes para o reflorestamento na época. O geógrafo fala que “Aqui a gente fez um processo de pesquisa aplicada. Começamos praticamente do zero e chegamos a resultados que hoje vemos aqui, 30 anos depois”.

100 quilômetros de mata atlântica foram reflorestados na cidade de Cubatão. O projeto é um marco do movimento ambiental, que fez com que outras decisões do mesmo cunho fossem tomadas para os próximos anos. O Inventário Florestal do estado veio mudando sua fisionomia ao longo do reflorestamento.

Um mapa da área nos anos 2000 mostra o local completamente desmatado. Já o mapa mais atual mostra que ao longo de dez anos, a mata nativa teve um aumento de 4.340.000 para 5.670.000 hectares, um total de cobertura florestal de 22,9%. Marco Aurélio Nalon que é físico e o coordenador do inventário diz que teve um aumento de cinco pontos percentuais.

Marco Aurélio diz “Esse aumento pode parecer pequeno a princípio, mas ele é muito significativo, dado a dinâmica econômica e social do estado de São Paulo, que é muito intensa. O mais importante é que ele tem se dado nas regiões do estado onde a gente tem, historicamente, as maiores perdas de cobertura vegetal nativa”.

João Paulo Capobianco, que é biólogo e vice-presidente do Instituto Democracia e Sustentabilidade disse na época que “Esse replantio é muito significativo. É uma iniciativa importante”. Ele completou dizendo “O que ocorreu ali foi uma reversão total de uma situação dramática para uma situação muito positiva. Isso é uma demonstração de que a ação da sociedade de forma organizada gera resultado”.

Outro fator que foi bem representativo, além da participação de ONGs e de política pública, foi a preservação do meio ambiente no agronegócio.

João ressalta “Não há agronegócio sem meio ambiente preservado. Não há polinização. Não há água em abundância e em quantidade necessária à produção. Não há biodiversidade associada. Não há conservação de solo. A proteção ambiental é parte da produção agropecuária”.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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