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O submarino que o Brasil está construindo para proteger a Amazônia Azul: 100 metros de aço, propulsão nuclear e poder dissuasório global

Publicado em 20/06/2025 às 21:29
O submarino que o Brasil está construindo para proteger a Amazônia Azul: 100 metros de aço, propulsão nuclear e poder dissuasório global
O submarino que o Brasil está construindo para proteger a Amazônia Azul: 100 metros de aço, propulsão nuclear e poder dissuasório global Imagem: Marinha do Brasil
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A Marinha do Brasil avança na construção do primeiro submarino nuclear nacional. Visita técnica à Nuclep destaca progresso do PROSUB, projeto estratégico para defesa e inovação.

A Marinha do Brasil está avançando com uma das iniciativas mais ambiciosas de sua história: a construção do primeiro submarino nuclear brasileiro, dentro do escopo do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).

A mais recente etapa desse esforço foi marcada por uma visita técnica de uma comitiva da Diretoria-Geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha (DGDNTM) às instalações da Nuclep, em Itaguaí (RJ), onde o submarino está sendo construído.

A Marinha do Brasil avança na construção do primeiro submarino nuclear nacional. Visita técnica à Nuclep destaca progresso do PROSUB, projeto estratégico para defesa e inovação.
A Marinha do Brasil avança na construção do primeiro submarino nuclear nacional. Visita técnica à Nuclep destaca progresso do PROSUB, projeto estratégico para defesa e inovação. Fonte: Defesa em Foco.

Submarino nuclear do Brasil será símbolo de projeção e dissuasão estratégica

A embarcação, oficialmente chamada de Submarino Convencionalmente Armado com Propulsão Nuclear (SCPN), representa um salto tecnológico e estratégico para o país.

Com capacidade para operar por longos períodos submerso e em grandes distâncias da costa, o submarino aumentará significativamente a autonomia e o poder dissuasório da Marinha do Brasil.

Trata-se de um marco dentro da Estratégia Nacional de Defesa, que visa ampliar a presença e a capacidade de vigilância brasileira sobre os mais de 5,7 milhões de km² da chamada Amazônia Azul — a vasta zona marítima sob jurisdição nacional.

Durante a inspeção nas instalações industriais da Nuclep, a comitiva liderada por oficiais da Marinha e acompanhada pelo presidente da empresa, Alexandre Vianna Santana, percorreu diversas áreas produtivas com o objetivo de avaliar o andamento da fabricação de seções críticas do SCPN.

A empresa, referência em engenharia pesada e fabricação de componentes estruturais, está encarregada de desenvolver partes fundamentais do casco resistente do submarino.

A visita também teve como foco a análise das condições logísticas internas, fluxos de produção, pontos de integração estrutural e da capacidade da planta industrial para expandir sua atuação nos estágios futuros do projeto.

O objetivo é garantir que toda a infraestrutura esteja adequada às exigências de um programa com tamanha complexidade técnica.

Governança integrada e avanço tecnológico

A articulação entre a Marinha do Brasil, a Nuclep, o Centro de Projetos de Sistemas Navais (CPSN) e a Coordenadoria-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear (COGESN) exemplifica o modelo de governança colaborativa adotado no PROSUB.

Essa integração entre instituições militares, empresas estratégicas e centros de pesquisa é um dos pilares que sustentam o projeto.

“A Marinha reúne duas das principais áreas de atuação da Nuclep: os segmentos de Defesa e Nuclear. Quando falamos de um submarino com propulsão nuclear, estamos diante de um projeto estratégico. Receber esse tipo de cliente reforça nossa relevância e protagonismo nesse mercado”, afirmou Alexandre Vianna, presidente da Nuclep.

O desenvolvimento de um submarino nuclear pela Marinha do Brasil não se limita à esfera militar. O projeto tem forte impacto econômico e tecnológico, ao fomentar a geração de empregos qualificados, o fortalecimento da indústria de base e o avanço da inovação científica no país.

Além disso, ao dominar a tecnologia de propulsão nuclear embarcada, o Brasil se junta a um grupo restrito de nações com esse tipo de capacidade estratégica — como Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.

PROSUB: mais que Defesa, um vetor de soberania e inovação

O PROSUB, além de consolidar a soberania marítima nacional, insere o Brasil em uma nova era de protagonismo tecnológico e militar.

O projeto simboliza o compromisso do Estado brasileiro com o desenvolvimento autônomo de soluções de alta complexidade e com a proteção de suas riquezas naturais.

A expectativa é que o submarino esteja operacional ainda nesta década, consolidando o Brasil como uma potência marítima emergente e reafirmando sua posição no cenário internacional.

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Andriely Medeiros de Araújo

Ensino superior em andamento. Escreve sobre Petróleo, Gás, Energia e temas relacionados para o CPG — Click Petróleo e Gás.

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