Implementado pelo Banco Central, o sistema Open Finance transfere ao cliente o controle sobre seus dados financeiros, estimula a concorrência entre bancos e promete uma nova era de crédito mais justo e personalizado no Brasil.
O sistema Open Finance, criado pelo Banco Central, está mudando a forma como os brasileiros lidam com o dinheiro e com os bancos. Pela primeira vez, o cliente tem o poder de decidir quem pode acessar seus dados financeiros, permitindo que diferentes instituições disputem por oferecer melhores taxas, limites e condições de crédito.
Essa abertura do sistema financeiro representa um avanço inédito em transparência e concorrência bancária. Com mais informações disponíveis sobre o histórico do consumidor, os bancos conseguem avaliar riscos de forma mais precisa, o que tende a reduzir juros e ampliar o acesso a crédito especialmente para quem antes era visto como “perfil de risco alto”.
Como funciona o sistema Open Finance
Antes da implementação do Open Finance, cada banco mantinha os dados de seus clientes em sistemas fechados. Agora, você escolhe com quem quer compartilhar suas informações de maneira segura, gratuita e controlada.
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Ao autorizar o acesso, outros bancos e fintechs podem conhecer o seu histórico de movimentações, pagamentos e investimentos.
Com isso, as instituições podem oferecer propostas personalizadas, como empréstimos com juros menores, limites mais altos e serviços adaptados ao seu perfil financeiro.
O processo é 100% digital e supervisionado pelo Banco Central, que garante o uso de criptografia e autenticação dupla.
Além disso, você pode revogar o consentimento a qualquer momento, mantendo o controle total sobre o que é compartilhado e por quanto tempo.
Benefícios diretos para o consumidor
O sistema traz vantagens práticas e imediatas para quem adere à nova forma de relacionamento com os bancos.
O compartilhamento de dados permite negociar condições melhores e centralizar informações financeiras em um único lugar.
Entre os principais benefícios estão:
- Juros mais baixos: com o histórico completo, os bancos avaliam melhor o risco e podem oferecer taxas menores.
- Mais crédito e limite maior: quanto mais transparente for o seu perfil, maiores são as chances de obter crédito.
- Serviços personalizados: produtos financeiros moldados de acordo com seu comportamento e necessidade.
- Menos burocracia: a análise de crédito e a portabilidade entre instituições são feitas em poucos cliques.
- Gestão financeira unificada: é possível visualizar todas as contas e investimentos num só aplicativo.
Open Finance em números
O Open Finance já é o maior sistema do tipo no mundo, segundo dados da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Em agosto de 2025, o modelo já conectava 65 milhões de contas, movimentando cerca de R$ 1,2 bilhão por mês em pagamentos.
Atualmente, mais de 700 instituições financeiras participam do ecossistema, incluindo bancos, cooperativas e fintechs.
Nos primeiros quatro anos, foram realizados 62 milhões de consentimentos de compartilhamento de dados, o que demonstra a adesão crescente dos usuários.
As instituições financeiras, por sua vez, investiram cerca de R$ 2 bilhões no desenvolvimento e na expansão do sistema.
Segurança, riscos e desafios
A principal dúvida de quem ainda não aderiu ao sistema é sobre a segurança dos dados.
O Banco Central garante que o Open Finance usa padrões internacionais de proteção digital, com criptografia avançada e camadas múltiplas de autenticação.
Ainda assim, especialistas alertam que o risco de fraude existe, especialmente se o usuário clicar em links falsos ou usar aplicativos não regulamentados.
Cerca de 30% das reclamações registradas envolvem empresas fora do sistema oficial o que reforça a importância de compartilhar informações apenas em canais verificados.
Outro desafio é a ineficiência na utilização dos dados. Segundo a Febraban, muitas instituições ainda não conseguem transformar as informações recebidas em benefícios concretos para o cliente.
Além disso, há relatos de problemas técnicos e dados desatualizados, o que mostra que o sistema ainda passa por ajustes.
O que vem a seguir no Open Finance
O Brasil é hoje uma referência mundial em Open Finance. O sistema segue em expansão, com novas integrações previstas para os próximos anos, incluindo seguros, previdência e câmbio.
A terceira fase, implementada em 2022, introduziu a iniciação de pagamentos, permitindo realizar transferências e Pix diretamente por aplicativos de outras instituições.
Já a fase quatro, conhecida como Open Investment, ampliou o escopo para investimentos e produtos de câmbio, abrindo caminho para um ecossistema financeiro mais integrado e competitivo.
O Banco Central também estuda expandir o modelo para outros setores, como o da saúde, possibilitando que clínicas e hospitais acessem prontuários médicos de forma segura e padronizada um movimento que poderia dar origem ao chamado Open Health.
O sistema Open Finance está transformando a relação entre consumidores e bancos no Brasil, oferecendo mais poder, transparência e competitividade.
No entanto, o sucesso do modelo depende de educação financeira, confiança e uso responsável das informações.
E você, acha que o Open Finance é realmente o futuro do sistema bancário brasileiro? Já autorizou o compartilhamento dos seus dados? Conte nos comentários como vê essa mudança queremos saber se você confia ou ainda desconfia dessa nova fase do mercado financeiro.