Conhecido como o “Versa antigo”, o Nissan V-Drive se tornou um fenômeno no mercado de usados por combinar espaço de categoria superior, manutenção barata e um conjunto mecânico robusto, esse sedan que saiu de linha é ideal para quem roda muito.
No mercado de carros usados, um modelo em particular se tornou o queridinho dos motoristas de aplicativo e de quem busca o máximo de retorno para cada real investido: o Nissan V-Drive. Este sedan que saiu de linha no final de 2021 é, na verdade, a primeira geração do Versa, que a Nissan manteve em produção com um novo nome e uma missão clara: ser a ferramenta de trabalho definitiva.
O sucesso do V-Drive não está na tecnologia de ponta ou no design moderno, mas em uma fórmula simples e extremamente eficaz. Ele oferece o conforto e o espaço de um sedan médio com a mecânica barata e confiável de um carro de entrada, resultando em um custo-benefício que poucos modelos conseguem igualar no mercado de seminovos em 2025.
A origem do V-Drive: a estratégia da Nissan de manter o Versa antigo em produção de 2020 a 2021
A história do V-Drive começa com uma decisão inteligente da Nissan. Quando a montadora lançou a segunda e totalmente nova geração do Versa, um carro muito mais caro, ela precisava de uma opção para não abandonar o segmento de sedans de entrada. A solução, adotada em julho de 2020, foi manter o Versa antigo em linha, mas com o nome de V-Drive.
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Essa tática permitiu que a Nissan usasse uma linha de produção e uma plataforma já pagas, reduzindo os custos e oferecendo o carro a um preço muito competitivo.
A produção do V-Drive foi curta, encerrando-se no final de 2021. Essa produção limitada, focada no modelo 1.0, criou uma alta procura no mercado de usados nos anos seguintes.
O espaço de carro maior: os 2.600 mm de entre-eixos que conquistaram passageiros
O grande segredo e o detalhe mais cobiçado do V-Drive é o seu espaço interno. Com um entre-eixos de 2.600 mm, ele tem a mesma medida de um Chevrolet Onix Plus e é significativamente maior que um Hyundai HB20S (2.530 mm).
Isso se traduz em um conforto no banco traseiro que é referência na categoria, um fator crucial para motoristas de aplicativo que prezam pela boa avaliação dos passageiros.
O porta-malas é outro destaque. Com capacidade para 460 litros, ele é descrito pelos donos como “imenso” e ideal para levar malas em corridas para o aeroporto ou para instalar um kit de Gás Natural Veicular (GNV) sem perder toda a capacidade de carga.
A mecânica “inquebrável”: o motor 1.0 de 77 cv e a vantagem do câmbio manual
O coração do V-Drive 1.0 é o motor HR10DE de três cilindros, que entrega 77 cv de potência e 10,0 kgf.m de torque. Este não é um motor novo; é o mesmo que equipava o Nissan March desde 2015, o que significa que ele tem uma reputação de durabilidade já consolidada, com peças fáceis de encontrar.
Um ponto forte é sua transmissão: exclusivamente manual de cinco marchas. Em uma época em que o câmbio automático CVT da Nissan era alvo de críticas em outros modelos, a simplicidade e a robustez da caixa manual do V-Drive foram vistas como uma garantia de tranquilidade e baixo custo de manutenção a longo prazo, tornando este sedan que saiu de linha uma escolha ainda mais segura.
O custo-benefício na ponta do lápis: por que este sedan que saiu de linha é a escolha dos profissionais em 2025
Para quem trabalha com o carro, o Custo Total de Propriedade (TCO) é o que mais importa, e é aí que o V-Drive brilha. Em 2025, o modelo 2021 tem um valor de mercado na Tabela Fipe em torno de R$ 56.855, um preço competitivo que, somado à sua baixa desvalorização, o torna um bom investimento.
A economia de combustível, com médias de 12,9 km/l na cidade e 15,3 km/l na estrada com gasolina (segundo dados do Inmetro), ajuda a manter os custos baixos.
Além disso, a possibilidade de instalar GNV, uma prática comum entre motoristas profissionais, pode reduzir os gastos com combustível em mais de 50%.
A briga dos sedans de 2021: como o V-Drive se compara ao Chevrolet Onix Plus e ao Hyundai HB20S
Em seu último ano de produção, o V-Drive competia diretamente com o Chevrolet Onix Plus e o Hyundai HB20S. Cada um tinha uma proposta diferente.
Segurança e tecnologia: o Onix Plus e o HB20S saíam na frente, oferecendo de série 6 e 4 airbags, respectivamente, além de controle de estabilidade, itens que o V-Drive de entrada não tinha.
Espaço e praticidade: o V-Drive era o campeão. Seu espaço para passageiros e a capacidade do porta-malas eram seus maiores diferenciais para o uso profissional.
Custo-benefício: embora os rivais fossem mais modernos e equipados, a combinação de menor preço de aquisição, mecânica simples e robusta e amplo espaço interno fazia do sedan que saiu de linha a escolha mais racional para quem buscava uma ferramenta de trabalho com o menor custo e o maior retorno.