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Avaliamos o SUV elétrico que chocou o mercado com suas portas “asa de gaivota” e um nível de luxo impressionante, mas que também traz pontos polêmicos no design e na usabilidade.
O GAC Hyptec HT é um dos carros elétricos mais interessantes a chegar no mercado, principalmente por um opcional que parece sair de um filme: as portas estilo “asa de gaivota”. Este SUV promete um nível de luxo e tecnologia com preço competitivo, oferecendo ótima autonomia e um interior impressionante. Contudo, nem tudo é perfeito. O design exterior gera controvérsia por sua forte semelhança com modelos da Tesla, e existem pontos a serem melhorados. Nesta avaliação, vamos detalhar todos os aspectos do modelo.
Design controverso e motorização traseira
O primeiro contato visual com o GAC Hyptec HT revela uma forte inspiração. A parte dianteira é muito parecida com a de um Tesla, uma escolha de “copia e cola” que pode não agradar a todos. Apesar disso, o conjunto óptico é todo em LED, com um design funcional.
Ao contrário do que se espera, o motor não fica na frente. Ali, há um porta-malas de 55 litros. O motor elétrico está posicionado no eixo traseiro, configurando o carro com tração traseira. Ele entrega 245 cavalos de potência e 31,5 kgfm de torque. Com um peso de 2.090 kg, o SUV acelera de 0 a 100 km/h em 6,8 segundos e atinge a velocidade máxima de 183 km/h. Segundo o Inmetro, a autonomia é de 362 km, mas na prática pode chegar a 420 km.
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A traseira possui um visual mais original, descrito como um “ovo alienígena”. O porta-malas tem abertura eletrônica e oferece generosos 670 litros, que se expandem para 1.802 litros com os bancos rebatidos. Abaixo do assoalho, há outro compartimento, já que o carro não possui estepe, apenas um kit de reparo.
O show das portas de gaivota: um opcional de R$ 50 mil
O grande diferencial do GAC Hyptec HT é, sem dúvida, o opcional das portas de gaivota. Elas custam R$ 50.000 a mais, elevando o preço do carro de R$ 299.900 para R$ 350.000. O funcionamento é totalmente automatizado.
As portas possuem sensores que detectam obstáculos ao redor, como outros carros, o teto da garagem ou pessoas. Com isso, elas ajustam o ângulo de abertura para evitar colisões. É possível abrir e fechar as portas por botões internos e externos. Se algo estiver no caminho durante o fechamento, a porta para. Curiosamente, é possível dirigir o carro com as portas abertas.
Interior: o ponto alto do GAC Hyptec
Se o exterior divide opiniões, o interior é um destaque absoluto. O acabamento é de altíssima qualidade, com couro, Alcantara e material soft touch por toda a cabine. Não há plásticos aparentes e a montagem é espetacular para sua faixa de preço.
O espaço interno é um absurdo. No banco traseiro, passageiros viajam com muito conforto, piso 100% plano e bancos que reclinam a um nível impressionante. O passageiro da frente conta com ajustes elétricos, massagem e um modo exclusivo que reclina o banco e levanta um apoio para os pés.
Apesar do luxo, há falhas. O teto panorâmico não tem persiana ou proteção solar, um erro grave para um país como o Brasil. Além disso, há apenas uma porta USB-C para os passageiros de trás. Outro ponto negativo é a centralização de quase todos os comandos na tela multimídia, incluindo ar-condicionado e modos de condução, o que pode ser confuso durante a direção.
Análise da dirigibilidade e conforto
Ao volante, o GAC Hyptec HT se comporta como um carro elétrico voltado para o conforto. A direção é leve e a suspensão é muito macia, absorvendo bem as irregularidades. Para alguns, essa maciez pode ser excessiva, fazendo a carroceria balançar um pouco mais do que o ideal em curvas.
O sistema de piloto automático adaptativo funciona muito bem. Ele lê as faixas da via e controla a distância para o carro da frente, dirigindo de forma autônoma em diversas situações. O torque instantâneo garante respostas rápidas, tornando a condução ágil. A altura do solo de 16,8 cm (com o carro carregado) é boa para enfrentar as ruas brasileiras.
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