Saiba como aspectos da vida pessoal podem gerar demissão, mesmo sem justa causa. Especialistas explicam quando atitudes privadas interferem no emprego e impactam a trajetória profissional.
A vida pessoal de um colaborador pode acabar gerando demissão, afirmam especialistas, se ações privadas entrarem em conflito com os valores da empresa. Quem observa esse fenômeno são consultores de recursos humanos e advogados trabalhistas, que destacam que, embora muitos acreditem que só o desempenho técnico importa, atitudes pessoais também entram na conta.
Isso pode ocorrer mesmo quando o acontecimento não estiver diretamente ligado ao ambiente profissional ou em horário de trabalho.
A razão principal é que as empresas, cada vez mais, reivindicam coerência entre vida pessoal e missão institucional.
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O que pode configurar demissão por vida pessoal
- Comportamentos pessoais que chocam os valores da empresa, como desrespeito público ou condutas entendidas como contrárias à missão institucional, podem motivar demissão.
- Empresas têm prerrogativa de demitir sem justa causa, ou seja, sem alegar algo específico, desde que observem os direitos trabalhistas.
- Mesmo que o fato ocorra fora do trabalho — em momentos pessoais — ele pode comprometer a reputação do trabalhador perante colegas, empregador e sociedade.
A demissão pode ser por justa causa? Qual a diferença?
Demissão justificada (“justa causa”) exige comprovação de ato grave previsto na lei, como ofensa moral ou conduta que viole as regras da empresa.
Por outro lado, demissão sem justa causa, embora legal, não exige um motivo específico; basta que o empregador decida desligar o funcionário, respeitando direitos como aviso prévio e indenizações.
Como isso interfere na vida profissional e na reputação
Especialistas ressaltam que a vida pessoal e profissional já não são compartimentos totalmente separados. Atitudes privadas que se tornam públicas — por redes sociais ou imprensa — podem pesar muito para o empregador.
Roberto Recinella, especialista em gestão de capital humano, afirma que “as pessoas são contratadas pelas competências técnicas e demitidas pelas comportamentais.”
Empresas buscam preservar a própria imagem
Segundo especialistas, quando a vida pessoal de um profissional entra em conflito com os princípios da companhia, a demissão pode ser a medida escolhida para proteger a reputação institucional.
Isso acontece porque organizações entendem que a imagem de seus colaboradores reflete diretamente na marca, afetando clientes, investidores e até a credibilidade no mercado.
Cuidados necessários para evitar consequências negativas
- Manter a coerência entre comportamento pessoal e valores da empresa, evitando exposições públicas que possam gerar críticas.
- Rever o uso das redes sociais: postagens e interações com repercussão pública geram visibilidade — positiva ou negativa.
- Ter clareza sobre as políticas internas da empresa — o que ela espera em termos de conduta ética, postura e imagem.