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O que aconteceu com as Sete Maravilhas do Mundo Antigo e por que apenas a Grande Pirâmide de Gizé continua de pé até hoje

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 22/10/2025 às 15:59
Entre mitos e ruínas, descubra o fim das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e por que apenas uma sobreviveu após quatro milênios
Entre mitos e ruínas, descubra o fim das Sete Maravilhas do Mundo Antigo e por que apenas uma sobreviveu após quatro milênios IMAGEM: SEGREDOS DO MUNDO
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As Sete Maravilhas do Mundo Antigo fascinam historiadores e curiosos há séculos, mas apenas a Grande Pirâmide de Gizé sobreviveu ao tempo, revelando o poder, a engenharia e a fragilidade das civilizações que moldaram o mundo antigo.

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo nasceram como uma celebração das mais impressionantes realizações humanas da Antiguidade. Listadas por viajantes e estudiosos gregos, elas simbolizavam a capacidade artística e arquitetônica de civilizações que dominaram o Mediterrâneo e o Oriente Próximo. Mas, entre terremotos, guerras, incêndios e o próprio desgaste dos séculos, seis delas desapareceram completamente, restando apenas a Grande Pirâmide de Gizé como testemunha silenciosa de um passado monumental.

Com exceção da pirâmide egípcia, todas as outras maravilhas ruíram, foram desmontadas ou simplesmente sumiram sem deixar rastros. O que restou delas são fragmentos, ruínas e relatos, que nos ajudam a compreender não só a grandeza dessas construções, mas também a vulnerabilidade das sociedades que as ergueram.

A Estátua de Zeus em Olímpia: glória e destruição do símbolo dos deuses

O que aconteceu com as Sete Maravilhas do Mundo Antigo e por que apenas a Grande Pirâmide de Gizé continua de pé até hoje

Entre as maravilhas perdidas, poucas evocam tanta grandiosidade quanto a Estátua de Zeus em Olímpia, na Grécia.

Criada por Fídias em 435 a.C., tinha de 12 a 15 metros de altura e era feita de madeira revestida por ouro e marfim.

Representava o poder supremo do deus dos deuses, com olhos incrustados de pedras preciosas e a figura da deusa Niké na mão direita.

O destino da obra é envolto em mistério. Há registros de que o imperador Calígula tentou trazê-la para Roma e substituir sua cabeça pela própria, mas morreu antes de concretizar o plano.

Já no século IV, com o fechamento dos templos pagãos por Teodósio I, a estátua desapareceu. O incêndio no templo de Olímpia, no século V, marcou provavelmente seu fim.

O que era símbolo de fé e arte virou cinzas da história.

O Templo de Ártemis: esplendor destruído pelo fogo e pela fé

O que aconteceu com as Sete Maravilhas do Mundo Antigo e por que apenas a Grande Pirâmide de Gizé continua de pé até hoje

O Templo de Ártemis, em Éfeso, foi erguido em homenagem à deusa da caça e da fertilidade. Três versões da estrutura existiram ao longo dos séculos.

A primeira foi destruída por uma inundação no século VII a.C. e a segunda, incendiada em 356 a.C. por Heróstrato, que queria se eternizar como o homem que destruiu uma maravilha.

Reconstruído novamente, o templo chegou a ter mais de 120 colunas e se tornou um dos mais impressionantes edifícios do mundo antigo.

Mas as invasões godas e a ascensão do cristianismo decretaram seu fim.

Hoje, apenas uma coluna solitária se ergue sobre o solo da antiga Éfeso, lembrando a glória perdida de uma das maiores obras já construídas.

O Mausoléu de Halicarnasso: o túmulo que deu origem à palavra “mausoléu”

O que aconteceu com as Sete Maravilhas do Mundo Antigo e por que apenas a Grande Pirâmide de Gizé continua de pé até hoje

Na atual Turquia, a cidade de Halicarnasso abrigou o Mausoléu erguido para Mausolo, governador da Cária, e sua esposa Artemísia II, por volta do século IV a.C.

O monumento tinha cerca de 45 metros e era coberto por esculturas que representavam cenas de batalhas e divindades.

Mesmo após resistir por quase dois mil anos, o Mausoléu sucumbiu a sucessivos terremotos, e suas pedras foram reutilizadas na construção do Castelo de Bodrum, ainda existente.

Restaram fragmentos e descrições que revelam o esplendor da obra que imortalizou o nome de seu homenageado.

O Farol de Alexandria: a luz que guiava o comércio do Mediterrâneo

O que aconteceu com as Sete Maravilhas do Mundo Antigo e por que apenas a Grande Pirâmide de Gizé continua de pé até hoje

Construído na ilha de Faros, no Egito, o Farol de Alexandria foi projetado no século III a.C. para orientar os navios que chegavam ao movimentado porto da cidade fundada por Alexandre, o Grande.

Com cerca de 100 metros de altura, foi considerado o mais alto edifício do mundo por séculos e símbolo do poder helenístico.

Mas a natureza impôs sua força. Terremotos entre os séculos X e XIV o destruíram completamente, e suas pedras foram usadas para erguer a Cidadela de Qaitbay.

Hoje, fragmentos submersos no porto de Alexandria são tudo o que resta do monumento que um dia iluminou o coração do Mediterrâneo.

Os Jardins Suspensos da Babilônia: a maravilha que talvez nunca tenha existido

O que aconteceu com as Sete Maravilhas do Mundo Antigo e por que apenas a Grande Pirâmide de Gizé continua de pé até hoje

Diferente das demais, os Jardins Suspensos da Babilônia são uma maravilha envolta em dúvida.

As descrições antigas falam de terraços exuberantes, com árvores, flores e sistemas de irrigação avançados, construídos por Nabucodonosor II para agradar sua esposa nostálgica das montanhas da Média.

Porém, não há provas arqueológicas ou registros babilônicos que confirmem sua existência, o que faz muitos estudiosos acreditarem que o mito possa ter origem em jardins reais de Nínive, capital da Assíria.

Assim, os Jardins Suspensos se tornaram uma mistura de história e imaginação, símbolo da fronteira entre o real e o lendário.

O Colosso de Rodes: o gigante que durou pouco mais de meio século

O que aconteceu com as Sete Maravilhas do Mundo Antigo e por que apenas a Grande Pirâmide de Gizé continua de pé até hoje

Erguido em homenagem ao deus Hélio, o Colosso de Rodes era uma estátua de bronze com 33 metros de altura, construída para celebrar a vitória da cidade sobre um cerco inimigo.

Foram 12 anos de trabalho até sua conclusão, em 280 a.C., tornando-se uma das mais impressionantes esculturas do mundo antigo.

Mas um terremoto, em 226 a.C., derrubou a estrutura apenas 54 anos após sua inauguração.

Os habitantes decidiram não reconstruí-la, temendo um sinal de desagrado divino, e seus fragmentos permaneceram expostos por séculos até serem reaproveitados como metal.

A Grande Pirâmide de Gizé: a única sobrevivente das Sete Maravilhas do Mundo Antigo

O que aconteceu com as Sete Maravilhas do Mundo Antigo e por que apenas a Grande Pirâmide de Gizé continua de pé até hoje

A Grande Pirâmide de Gizé é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que ainda existe.

Construída há mais de 4.000 anos, durante a 4ª dinastia egípcia, serviu como tumba do faraó Quéops e testemunha a precisão matemática e o domínio técnico dos engenheiros egípcios.

Mesmo com o desgaste do tempo e o saque de seus revestimentos de calcário, a pirâmide permanece praticamente intacta, desafiando o deserto e a passagem dos séculos.

É o último elo material com um mundo que, de tantas formas, ajudou a construir a civilização humana.

As Sete Maravilhas do Mundo Antigo representam tanto o auge da criatividade humana quanto a inevitável ação do tempo.

Seis delas desapareceram sob ruínas, mares e mitos, mas todas continuam a inspirar novas gerações de artistas, cientistas e sonhadores.

E você, se pudesse visitar apenas uma dessas maravilhas em sua época original, qual escolheria?

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Bruno Teles

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