As Sete Maravilhas do Mundo Antigo fascinam historiadores e curiosos há séculos, mas apenas a Grande Pirâmide de Gizé sobreviveu ao tempo, revelando o poder, a engenharia e a fragilidade das civilizações que moldaram o mundo antigo.
As Sete Maravilhas do Mundo Antigo nasceram como uma celebração das mais impressionantes realizações humanas da Antiguidade. Listadas por viajantes e estudiosos gregos, elas simbolizavam a capacidade artística e arquitetônica de civilizações que dominaram o Mediterrâneo e o Oriente Próximo. Mas, entre terremotos, guerras, incêndios e o próprio desgaste dos séculos, seis delas desapareceram completamente, restando apenas a Grande Pirâmide de Gizé como testemunha silenciosa de um passado monumental.
Com exceção da pirâmide egípcia, todas as outras maravilhas ruíram, foram desmontadas ou simplesmente sumiram sem deixar rastros. O que restou delas são fragmentos, ruínas e relatos, que nos ajudam a compreender não só a grandeza dessas construções, mas também a vulnerabilidade das sociedades que as ergueram.
A Estátua de Zeus em Olímpia: glória e destruição do símbolo dos deuses
Entre as maravilhas perdidas, poucas evocam tanta grandiosidade quanto a Estátua de Zeus em Olímpia, na Grécia.
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Criada por Fídias em 435 a.C., tinha de 12 a 15 metros de altura e era feita de madeira revestida por ouro e marfim.
Representava o poder supremo do deus dos deuses, com olhos incrustados de pedras preciosas e a figura da deusa Niké na mão direita.
O destino da obra é envolto em mistério. Há registros de que o imperador Calígula tentou trazê-la para Roma e substituir sua cabeça pela própria, mas morreu antes de concretizar o plano.
Já no século IV, com o fechamento dos templos pagãos por Teodósio I, a estátua desapareceu. O incêndio no templo de Olímpia, no século V, marcou provavelmente seu fim.
O que era símbolo de fé e arte virou cinzas da história.
O Templo de Ártemis: esplendor destruído pelo fogo e pela fé
O Templo de Ártemis, em Éfeso, foi erguido em homenagem à deusa da caça e da fertilidade. Três versões da estrutura existiram ao longo dos séculos.
A primeira foi destruída por uma inundação no século VII a.C. e a segunda, incendiada em 356 a.C. por Heróstrato, que queria se eternizar como o homem que destruiu uma maravilha.
Reconstruído novamente, o templo chegou a ter mais de 120 colunas e se tornou um dos mais impressionantes edifícios do mundo antigo.
Mas as invasões godas e a ascensão do cristianismo decretaram seu fim.
Hoje, apenas uma coluna solitária se ergue sobre o solo da antiga Éfeso, lembrando a glória perdida de uma das maiores obras já construídas.
O Mausoléu de Halicarnasso: o túmulo que deu origem à palavra “mausoléu”
Na atual Turquia, a cidade de Halicarnasso abrigou o Mausoléu erguido para Mausolo, governador da Cária, e sua esposa Artemísia II, por volta do século IV a.C.
O monumento tinha cerca de 45 metros e era coberto por esculturas que representavam cenas de batalhas e divindades.
Mesmo após resistir por quase dois mil anos, o Mausoléu sucumbiu a sucessivos terremotos, e suas pedras foram reutilizadas na construção do Castelo de Bodrum, ainda existente.
Restaram fragmentos e descrições que revelam o esplendor da obra que imortalizou o nome de seu homenageado.
O Farol de Alexandria: a luz que guiava o comércio do Mediterrâneo
Construído na ilha de Faros, no Egito, o Farol de Alexandria foi projetado no século III a.C. para orientar os navios que chegavam ao movimentado porto da cidade fundada por Alexandre, o Grande.
Com cerca de 100 metros de altura, foi considerado o mais alto edifício do mundo por séculos e símbolo do poder helenístico.
Mas a natureza impôs sua força. Terremotos entre os séculos X e XIV o destruíram completamente, e suas pedras foram usadas para erguer a Cidadela de Qaitbay.
Hoje, fragmentos submersos no porto de Alexandria são tudo o que resta do monumento que um dia iluminou o coração do Mediterrâneo.
Os Jardins Suspensos da Babilônia: a maravilha que talvez nunca tenha existido
Diferente das demais, os Jardins Suspensos da Babilônia são uma maravilha envolta em dúvida.
As descrições antigas falam de terraços exuberantes, com árvores, flores e sistemas de irrigação avançados, construídos por Nabucodonosor II para agradar sua esposa nostálgica das montanhas da Média.
Porém, não há provas arqueológicas ou registros babilônicos que confirmem sua existência, o que faz muitos estudiosos acreditarem que o mito possa ter origem em jardins reais de Nínive, capital da Assíria.
Assim, os Jardins Suspensos se tornaram uma mistura de história e imaginação, símbolo da fronteira entre o real e o lendário.
O Colosso de Rodes: o gigante que durou pouco mais de meio século
Erguido em homenagem ao deus Hélio, o Colosso de Rodes era uma estátua de bronze com 33 metros de altura, construída para celebrar a vitória da cidade sobre um cerco inimigo.
Foram 12 anos de trabalho até sua conclusão, em 280 a.C., tornando-se uma das mais impressionantes esculturas do mundo antigo.
Mas um terremoto, em 226 a.C., derrubou a estrutura apenas 54 anos após sua inauguração.
Os habitantes decidiram não reconstruí-la, temendo um sinal de desagrado divino, e seus fragmentos permaneceram expostos por séculos até serem reaproveitados como metal.
A Grande Pirâmide de Gizé: a única sobrevivente das Sete Maravilhas do Mundo Antigo
A Grande Pirâmide de Gizé é a única das Sete Maravilhas do Mundo Antigo que ainda existe.
Construída há mais de 4.000 anos, durante a 4ª dinastia egípcia, serviu como tumba do faraó Quéops e testemunha a precisão matemática e o domínio técnico dos engenheiros egípcios.
Mesmo com o desgaste do tempo e o saque de seus revestimentos de calcário, a pirâmide permanece praticamente intacta, desafiando o deserto e a passagem dos séculos.
É o último elo material com um mundo que, de tantas formas, ajudou a construir a civilização humana.
As Sete Maravilhas do Mundo Antigo representam tanto o auge da criatividade humana quanto a inevitável ação do tempo.
Seis delas desapareceram sob ruínas, mares e mitos, mas todas continuam a inspirar novas gerações de artistas, cientistas e sonhadores.
E você, se pudesse visitar apenas uma dessas maravilhas em sua época original, qual escolheria?