Um jato executivo com tecnologia militar? O Falcon 20G foi equipado com pós-combustor para atingir velocidades incríveis, mas o alto consumo de combustível e os custos proibitivos levaram ao cancelamento do projeto.
A aviação sempre busca inovação, mas algumas ideias acabam sendo exageradas. Nos anos 80, a Guarda Costeira dos EUA tentou algo inusitado: instalar pós-combustor em um jato executivo. O objetivo era aumentar a velocidade e melhorar a resposta em emergências. O resultado? Um avião rápido, mas com um custo tão alto que o projeto foi cancelado.
A ideia maluca de turbinar um jato executivo
O pós-combustor é uma tecnologia comum em caças militares. Ele injeta combustível extra no escape do motor, aumentando a potência e permitindo aceleração instantânea. A ideia de usá-lo em um jato executivo parecia promissora. A aeronave poderia chegar mais rápido a missões de busca, salvamento e interceptação de alvos suspeitos.
Mas na prática, não foi tão simples.
-
Esse motor elétrico pesa só 39 kg, gera 800 cv, combina fluxo axial e radial e equipa super carro de 2.300 cv
-
Homem que diz ter o maior QI do mundo investe tudo em Bitcoin, quer criar Segundo Bitcoin, igrejas e causa polêmica online
-
Exército dos EUA dispara Switchblade 600 pela primeira vez: drone kamikaze que voa 43 km, carrega ogiva Javelin e desvia em pleno voo
-
China injeta 3 trilhões em ciência e dispara investimentos recordes em pesquisa para dominar a inovação mundial
O Falcon 20 – O jato executivo escolhido para o experimento
O modelo escolhido foi o Falcon 20, um jato executivo francês da Dassault. Ele já era um sucesso na aviação corporativa e até usado pela FedEx para transporte de cargas.
- Velocidade máxima: 862 km/h
- Alcance: 3.350 km
- Capacidade: 10 passageiros
A estrutura do Falcon 20 era resistente, tornando-o um bom candidato para receber motores mais potentes.
Como o jato executivo foi modificado?
Para suportar o pós-combustor, a Guarda Costeira fez várias mudanças no avião:
- Substituiu os motores por versões mais potentes.
- Adicionou um escudo térmico de titânio na fuselagem para suportar o calor.
- Ajustou os sistemas de combustível para suportar o maior consumo.
Os testes foram bem-sucedidos. O avião ganhou velocidade e chegava ao seu destino muito mais rápido.
O motivo do fracasso: consumo absurdo de combustível
Apesar do bom desempenho, o projeto não foi adiante. O pós-combustor queimava tanto combustível que reduzia drasticamente a autonomia do jato executivo. Os custos de manutenção eram extremamente altos. No final, os benefícios não compensavam.
Em 1988, o projeto foi oficialmente cancelado.