Planejar e investir corretamente pode tornar possível juntar R$ 100 mil em três anos para a entrada de um imóvel, combinando disciplina financeira, escolhas inteligentes de renda fixa e estratégias para aproveitar os melhores rendimentos.
Reunir R$ 100 mil em três anos para dar entrada em um imóvel é o objetivo de muitos brasileiros que buscam realizar o sonho da casa própria.
Mas quanto é preciso investir mensalmente para atingir esse valor em tão pouco tempo?
O planejamento financeiro é essencial, e escolher os melhores investimentos faz toda a diferença no caminho até esse montante.
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A seguir, especialistas detalham quanto é necessário investir mensalmente em opções como Tesouro Selic e CDBs (Certificados de Depósito Bancário) para alcançar o objetivo de entrada no imóvel em 36 meses.
Para responder a essa questão, a reportagem consultou simulações com base em três investimentos populares da renda fixa: Tesouro Selic, CDB Prefixado e CDB IPCA+.
Os cálculos levam em consideração taxas, impostos e as condições atuais do mercado financeiro brasileiro, considerando o cenário de julho de 2025.
O objetivo principal é mostrar caminhos acessíveis, com foco em segurança e previsibilidade, para quem deseja dar o primeiro passo rumo ao financiamento imobiliário.
Quanto investir por mês para juntar R$ 100 mil em 3 anos
A tarefa de guardar R$ 100 mil em três anos exige disciplina e constância nos aportes mensais.
Segundo especialistas do mercado financeiro, a quantia necessária para ser investida todo mês varia conforme o produto escolhido e suas condições de rentabilidade.
No caso do Tesouro Selic, o investimento mensal indicado para chegar aos R$ 100 mil no prazo de 36 meses é de R$ 2.351,87.
Já o CDB Prefixado, com rendimento fixo de 14,30% ao ano, demanda um aporte de R$ 2.334,55 por mês.
O CDB IPCA+, que rende a inflação (IPCA) acrescida de 8,3% ao ano, exige um investimento mensal de R$ 2.361,16.
Esses valores consideram todas as taxas envolvidas nas aplicações, incluindo custos administrativos e a incidência do Imposto de Renda (IR) sobre o rendimento, que segue uma tabela regressiva conforme o prazo do investimento.
O impacto do imposto nos investimentos para entrada de imóvel
Quando o assunto é imposto de renda, as regras são as mesmas para os três tipos de aplicação mencionados.
Após dois anos, a alíquota sobre o rendimento chega ao menor patamar, ficando em 15% para resgates ou vencimentos acima de 720 dias.
O imposto é descontado automaticamente no momento do resgate.
Para prazos menores, as alíquotas sobem: são 22,5% até 180 dias, 20% entre 181 e 360 dias, e 17,5% para quem permanece de 361 a 720 dias.
Planejar o resgate após o período de dois anos pode garantir uma economia relevante no imposto pago, aumentando o valor líquido disponível para dar a entrada no imóvel dos sonhos.
Estratégias para migrar entre investimentos e garantir liquidez
Especialistas recomendam atenção à liquidez nos meses finais da estratégia de acúmulo.
Embora o CDB Prefixado possa apresentar rendimentos mais altos, o Tesouro Selic se destaca por permitir o resgate rápido — geralmente em até um dia útil — o que traz segurança para quem está próximo de concretizar a compra do imóvel.
Por isso, uma estratégia comum é iniciar os aportes em CDBs de maior rendimento e, conforme o fim do prazo se aproxima, transferir parte do valor acumulado para o Tesouro Selic.
Dessa forma, o investidor mantém a rentabilidade elevada durante a maior parte do tempo e ainda conta com a liquidez do Tesouro na hora de resgatar os recursos.
Diferenças entre os investimentos disponíveis
O Tesouro Selic é considerado o investimento mais seguro do mercado brasileiro, pois tem a garantia direta do Tesouro Nacional.
Ele oferece liquidez diária, o que o torna ideal tanto para reservas de emergência quanto para objetivos de curto prazo, como a entrada em um financiamento imobiliário.
Contudo, o rendimento pode variar conforme oscilações da taxa Selic.
Já o CDB Prefixado oferece uma taxa fixa de rendimento acordada no momento da aplicação, trazendo previsibilidade para quem planeja o futuro financeiro.
É uma alternativa interessante para quem deseja escapar de eventuais quedas na taxa básica de juros, já que o rendimento permanece inalterado até o vencimento.
No entanto, esse tipo de investimento está atrelado ao risco do emissor, ou seja, do banco responsável pela emissão do título.
O Fundo Garantidor de Crédito (FGC) oferece cobertura de até R$ 250 mil por CPF e instituição em caso de falência do banco.
O CDB IPCA+ apresenta uma rentabilidade composta por um percentual fixo somado à variação do IPCA, que é o índice oficial da inflação no Brasil.
Isso significa que, mesmo em períodos de alta inflacionária, o poder de compra do valor investido é protegido, o que pode ser fundamental em planejamentos de médio a longo prazo.
Quanto maior a entrada, menor o custo do financiamento imobiliário
O valor da entrada no financiamento imobiliário impacta diretamente o custo total do imóvel ao longo dos anos.
Ao acumular R$ 100 mil para dar de entrada, o comprador reduz a quantia financiada e, consequentemente, os juros pagos ao banco.
Muitas instituições financeiras ainda oferecem condições melhores — como taxas de juros menores — para contratos em que a entrada corresponde a 20% ou 30% do valor total do imóvel.
Além da vantagem financeira, aportar um valor significativo na entrada ajuda a manter a saúde das finanças pessoais, já que as parcelas do financiamento tendem a ser menores e mais fáceis de encaixar no orçamento familiar.
Outra vantagem está na possibilidade de revender ou refinanciar o imóvel com mais facilidade, caso surja algum imprevisto.
O que são sistemas SAC e Price no financiamento imobiliário
Ao planejar a aquisição de um imóvel, é importante conhecer os principais sistemas de amortização utilizados nos financiamentos: o Sistema de Amortização Constante (SAC) e o Sistema Francês de Amortização (Price).
No sistema SAC, as parcelas começam mais altas e vão diminuindo ao longo do tempo, já que a amortização é constante e os juros incidem sobre um saldo devedor cada vez menor.
No sistema Price, as parcelas permanecem fixas durante todo o contrato, com os juros sendo mais significativos no início.
Entender essas diferenças auxilia na escolha do modelo mais adequado ao perfil financeiro de cada comprador.
Recomendações para quem busca segurança ao investir
Na hora de optar por um CDB, a recomendação é escolher bancos com elevado grau de segurança, classificados com rating AAA por agências de risco.
Entre os principais bancos brasileiros com essa classificação estão Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú e Santander.
Lembrando que a diversificação de investimentos é uma estratégia relevante para quem não deseja depender de um único tipo de aplicação.
Distribuir os aportes entre diferentes produtos pode mitigar riscos e aproveitar diferentes oportunidades do mercado.
Agora que você já sabe quanto investir por mês e quais caminhos podem levar à conquista da entrada no imóvel dos sonhos em apenas três anos, surge a reflexão: qual dessas estratégias faz mais sentido para sua realidade financeira atual e quais outros objetivos você planeja alcançar com o mesmo nível de disciplina e organização?