O Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos EUA, tem 600 mil m², 28 km de corredores e pode ser cruzado em 7 minutos — o maior quartel-general militar do planeta.
Localizado em Arlington, Virgínia, a poucos minutos da capital Washington, o Pentágono é muito mais do que o quartel-general do Departamento de Defesa dos Estados Unidos. É um dos edifícios mais emblemáticos do mundo, símbolo da força militar americana e peça-chave da geopolítica global. Com sua forma geométrica singular de cinco lados e suas dimensões colossais, o prédio impressiona por números que parecem saídos de ficção: são 600 mil m² de área construída, 28 km de corredores internos e espaço suficiente para abrigar cerca de 26 mil funcionários militares e civis, além de 3 mil profissionais de apoio.
Ainda assim, sua arquitetura é tão eficiente que uma pessoa consegue cruzar o edifício inteiro, de ponta a ponta, em apenas 7 minutos a pé.
A urgência que acelerou a construção do Pentágono
O Pentágono foi construído em tempo recorde durante a Segunda Guerra Mundial. Na época, o Exército americano estava espalhado em 17 prédios diferentes em Washington, o que causava lentidão na comunicação e problemas de coordenação. A solução foi erguer uma única estrutura monumental para centralizar o comando.
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As obras começaram em 11 de setembro de 1941 — data que, ironicamente, ficaria marcada décadas depois pelos atentados terroristas de 2001.
Em apenas 16 meses, uma força de 15 mil operários ergueu o gigantesco complexo. No dia 15 de janeiro de 1943, o Pentágono foi inaugurado, representando uma vitória da engenharia e um marco estratégico no esforço de guerra.
Dimensões que parecem impossíveis
O Pentágono não é apenas o maior edifício de escritórios do mundo — é também um dos mais bem planejados. Para entender sua escala:
- Área total: 600 mil m².
- Corredores internos: 28 km distribuídos em cinco andares acima do solo.
- Formato: pentágono regular com 281 metros de lado.
- Pátio central: um espaço aberto de 5 acres (20 mil m²), apelidado de Ground Zero Café.
- Capacidade: cerca de 26 mil funcionários entre militares e civis.
- Estacionamento: 8.770 vagas para veículos, organizadas como se fossem bairros de uma pequena cidade.
E, apesar de sua vastidão, sua forma radial e simétrica garante eficiência: do ponto mais distante até o oposto, qualquer pessoa pode atravessar o prédio em menos de 10 minutos de caminhada.
Uma cidade dentro da cidade
Quem entra no Pentágono tem a sensação de estar em uma verdadeira cidade murada. Há restaurantes, cafés, barbearias, correios, lojas, farmácias e até mesmo clínicas médicas. Estima-se que, diariamente, circulem pelo edifício cerca de 30 mil pessoas.
O pátio central é um dos lugares mais curiosos. Chamado popularmente de “Ground Zero”, o apelido surgiu durante a Guerra Fria, quando se dizia que o espaço seria o alvo principal de um ataque nuclear soviético. Hoje, o local abriga uma lanchonete cercada por árvores e jardins, funcionando como ponto de encontro dos funcionários.
Estratégia por trás da forma
O formato pentagonal do prédio não foi apenas uma escolha estética. Inicialmente, a ideia era adaptar o edifício a um terreno irregular em Arlington, o que resultou no desenho de cinco lados. Mais tarde, mesmo quando o projeto mudou de terreno, o design foi mantido porque se mostrou extremamente funcional.
A disposição radial dos corredores e escritórios permite acesso rápido a qualquer ponto do edifício. É justamente esse planejamento que possibilita a façanha de atravessar os 28 km de corredores internos em apenas 7 minutos.
O Pentágono como alvo e símbolo
O Pentágono, como ícone militar, também se tornou alvo de ataques. O mais marcante ocorreu em 11 de setembro de 2001, quando um dos aviões sequestrados pelos terroristas da Al-Qaeda atingiu o lado oeste do edifício, matando 125 pessoas que trabalhavam no local, além dos passageiros do avião.
Apesar da tragédia, o edifício resistiu ao impacto graças à robustez de sua construção e à recente reforma de reforço estrutural. Em menos de um ano, o trecho danificado já estava reconstruído, simbolizando a resiliência do poder militar americano.
Comparações globais
Para dimensionar a grandiosidade do Pentágono, vale compará-lo a outras construções icônicas:
- É maior que o Empire State Building em área útil de escritórios.
- Abriga mais gente do que muitas cidades pequenas brasileiras, já que 26 mil funcionários equivalem à população de municípios como Campos do Jordão (SP) ou Itatiaia (RJ).
- Supera em área grandes shoppings do Brasil, como o Shopping Aricanduva, em São Paulo, considerado o maior da América Latina.
Em outras palavras: o Pentágono não é apenas um edifício, é uma cidade inteira dedicada exclusivamente à guerra e à defesa.
Apesar da imponência e do simbolismo de poder, o Pentágono também é feito de histórias humanas. Todos os dias, milhares de funcionários pegam o metrô de Washington para chegar ao prédio, trabalham em escritórios, se encontram nos corredores e vivem uma rotina que mistura burocracia e estratégia militar.
Curiosamente, muitos que trabalham lá dizem que, passado o impacto inicial do tamanho, o edifício passa a parecer “normal” por dentro. Afinal, com lojas, restaurantes e até espaços de convivência, o Pentágono se torna parte do dia a dia, como se fosse uma cidade dentro da cidade.
O futuro do Pentágono
Mesmo com 80 anos de existência, o Pentágono continua sendo o centro nervoso da defesa americana. Reformas contínuas mantêm sua infraestrutura moderna, com sistemas de comunicação avançados, redes de fibra ótica e áreas de segurança reforçada.
O edifício também passa por adaptações para ser mais sustentável, com melhorias em eficiência energética e aproveitamento de recursos. Porém, sua função central permanece a mesma: ser o cérebro das Forças Armadas dos EUA.
Mais do que concreto e corredores, o Pentágono é um símbolo geopolítico. Ele representa a força, mas também a vulnerabilidade dos Estados Unidos — tanto como centro de comando de guerras e operações militares quanto como alvo de atentados.
Sua geometria simples e ao mesmo tempo monumental o transformou em um ícone reconhecível no mundo inteiro. E seus números continuam a impressionar: 28 km de corredores internos, 600 mil m² de área, 26 mil funcionários e a façanha de atravessá-lo em 7 minutos a pé.