A Ford declarou que por conta da falta de suprimentos e pelo preço deles, os automóveis sofrerão um aumento de US$ 1 bilhão a mais neste trimestre
A cadeia de suprimentos mundial, ainda obstruída, permanece causando embargos na indústria de automóveis. Como consequência da falta de suprimentos, a Ford declarou na segunda-feira, 19, que vai terminar este mês de setembro com entre 40 mil e 45 mil picapes e SUVs sem a conclusão pela falta de suprimentos.
Também, diversas negociações de vários suprimentos, cujos a Ford não identificou, estão tendo seus custos elevados. A empresa ressaltou ainda na segunda-feira que a escassez de suprimentos e o aumento dos preços custarão US$ 1 bilhão a mais neste trimestre. Como consequência de todos esses impasses, as ações da Ford caíram 5% nas negociações de pré-mercado nesta terça-feira, 20.
Mesmo com escassez de suprimentos, Ford pretende terminar o ano com metas de lucros em vendas de automóveis
O grande dilema dos veículos com falta de componentes deve ser temporário. Por mais que muitos dos veículos incompletos sejam altamente lucrativos para a empresa, a Ford declarou que pode ser capaz de alcançar suas metas de lucro para todo esse ano de 2022.
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Toda essa expectativa se dá pelo fato de que a Ford pretende transferir o lucro de vendas que obterá dos veículos quase prontos para o quarto trimestre. As montadoras da Ford têm lutado contra diversos problemas da cadeia de suprimentos, exclusivamente a escassez de chips de computador, que embargou a produção de automóveis durante grande parte dos últimos dois anos.
Um automóvel médio, convencional, possui centenas de chips de computador, que são responsáveis por controlar praticamente todos os sistemas de bordo. Esses suprimentos regulam o fluxo de combustível, auxiliam no gerenciamento da economia de combustível, controlam recursos de segurança para evitar acidentes e também operam como suporte lombar e aquecedores de assento.
Contudo, não é a primeira vez que a Ford desenvolveu veículos com a maioria, mas não todos os seus chips de computador como esperava. Em março, por exemplo, a empresa declarou que enviaria alguns SUVs sem todos os seus suprimentos menos cruciais e os incluiria mais tarde, depois que fossem vendidos aos consumidores.
A Ford já foi forçada a fechar por algum tempo algumas de suas fábricas de automóveis por conta da falta de chips. A escassez de automóveis, somada à forte demanda dos consumidores, fez com que os preços dos automóveis disparassem em níveis recordes.
Outras empresas também lidam com a escassez de suprimentos para a indústria de automóveis
De acordo com uma pesquisa feita com membros divulgada pela Associação Nacional de Fabricantes, na segunda-feira, expôs que 78% declaram que os embargos na cadeia de suprimentos são o principal desafio comercial enfrentado por eles, com apenas 11% atualmente acreditando que a melhoria na indústria de automóveis vai ocorrer até o final do ano.
A pesquisa também mostrou que 76% falaram de custos mais altos de matérias-primas, como os destacados pela Ford, como um problema, com 40% dizendo que as pressões inflacionárias são piores hoje do que há seis meses. E 76% disseram que estão tendo problemas para encontrar os trabalhadores de que precisam.
Também há uma preocupação crescente de que a economia dos EUA possa entrar em recessão em breve, com a maioria dos fabricantes esperando uma recessão no final deste ano ou em 2023.
“Três em cada quatro fabricantes ainda têm uma perspectiva positiva para seus negócios, mas o otimismo certamente diminuiu”, disse o CEO da NAM, Jay Timmons.