Com ouro, prata e esmeraldas no fundo do mar, o San José é o naufrágio mais valioso do mundo e símbolo de disputas entre governos, arqueólogos e caçadores de tesouros.
Afundado em 1708 ao largo da costa de Cartagena, na Colômbia, o Galeão espanhol San José é conhecido internacionalmente como o “Santo Graal dos naufrágios”. Carregando um tesouro bilionário composto por ouro, prata e esmeraldas, o navio foi encontrado em 2015 a cerca de 600 metros de profundidade, após permanecer desaparecido por mais de 300 anos.
Estima-se que sua carga possa ultrapassar o valor de US$ 20 bilhões, tornando o San José um dos naufrágios mais valiosos já registrados na história. A embarcação espanhola, de três mastros e armada com 64 canhões, fazia parte de uma frota que partiu das colônias americanas com destino à Europa durante a Guerra da Sucessão Espanhola.
Afundamento durante confronto naval
Em 8 de junho de 1708, o San José foi interceptado por navios britânicos quando se aproximava da costa caribenha da atual Colômbia. O confronto terminou com a explosão e o afundamento do navio. Quase 600 tripulantes morreram no ataque, e o tesouro desapareceu com a embarcação, tornando-se alvo de caçadores, arqueólogos e governos ao longo dos séculos.
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A bordo, estavam grandes quantidades de metais preciosos extraídos das minas coloniais da América do Sul, principalmente do atual território da Bolívia e do Peru. O destino final da carga era a coroa espanhola, que dependia desses recursos para financiar os esforços de guerra na Europa.
Descoberta do naufrágio em 2015
Após mais de três séculos perdido no fundo do mar, o Galeão espanhol San José foi finalmente localizado em 2015 por uma missão sigilosa conduzida pela Marinha da Colômbia com auxílio de robôs submersíveis. O local exato do naufrágio foi mantido em segredo pelas autoridades colombianas, para evitar tentativas de exploração ilegal.
A confirmação de que se tratava do San José foi feita com base em imagens que revelaram a presença de canhões de bronze com marcas únicas, correspondentes aos registros históricos da embarcação.
Disputas internacionais pela posse do tesouro
A descoberta do tesouro bilionário desencadeou disputas legais e diplomáticas. A Espanha alega que, por se tratar de um navio de guerra da sua frota, o San José tem imunidade soberana conforme tratados internacionais. A Colômbia, por sua vez, afirma que o naufrágio está em águas sob sua jurisdição e o declarou patrimônio cultural nacional.
Além desses dois países, a empresa americana Sea Search Armada, que diz ter encontrado o local do naufrágio ainda nos anos 1980, também reivindica parte do valor resgatado. Grupos indígenas da Bolívia, como os Qhara Qhara, também se manifestaram, alegando que os metais preciosos embarcados no San José foram extraídos à força de seus territórios durante o período colonial.
Exploração científica em curso
Em 2024, a Colômbia deu início a uma operação oficial de exploração do navio, com o uso de tecnologias de ponta para preservar e estudar o conteúdo dos destroços. A missão é conduzida por instituições públicas colombianas e visa garantir que os artefatos recuperados sirvam a fins científicos, culturais e educativos, e não apenas financeiros.
O país pretende exibir os objetos encontrados em museus nacionais e transformar o episódio em um símbolo da luta pela preservação do patrimônio subaquático. A operação prevê a recuperação de moedas, canhões, porcelanas, armas e outros itens de valor histórico inestimável.
Um símbolo global da arqueologia marítima
O Galeão espanhol San José tornou-se referência mundial em discussões sobre soberania, patrimônio cultural e arqueologia subaquática. A complexidade do caso revela os desafios jurídicos e éticos envolvidos na exploração de naufrágios com alto valor monetário e relevância histórica.
Especialistas propõem que o caso do San José sirva de modelo para novas convenções internacionais sobre bens culturais submersos, buscando um equilíbrio entre preservação científica, interesses nacionais e justiça histórica.
Considerado o naufrágio mais valioso do mundo
Embora outros navios tenham afundado com cargas preciosas, poucos se comparam ao San José em termos de valor estimado e relevância simbólica. A cifra de US$ 20 bilhões atribuída ao tesouro bilionário embarcado faz com que o galeão seja amplamente citado como o “Santo Graal dos naufrágios”, expressão que sintetiza sua aura de mistério e riqueza.
Até o momento, o navio permanece intocado no fundo do mar, com operações cuidadosamente planejadas para evitar danos ao sítio arqueológico. A cada avanço na missão, cresce o interesse público e científico sobre os próximos passos dessa história ainda em andamento.
VAI TER MUITA GENTE QUERENDO EXPLORAR ESSE NAUFRÁGIO. ESTÃO DE OLHO NAS RIQUEZAS. ENQUANTO NÃO DESCOBRIRAM O NAUFRÁGIO, NINGUÉM SE IMPORTOU. AGORA QUE DESCOBRIRAM, TODO MUNDO QUE REINVINDICAR A SUA PARTE NAS RIQUEZAS SUBMERSAS. ÊTA POVO GANANCIOSO.