Com a missão de substituir o carro mais amado do Brasil, o Polo Track aposta na robustez, na segurança e em um motor confiável para dominar as vendas para frotas, mas sua proposta para o consumidor comum tem nuances.
Quando a Volkswagen decidiu aposentar o Gol após 42 anos de liderança, a pergunta era: quem ocuparia seu lugar? A resposta veio com uma estratégia inteligente. Em vez de criar um carro do zero, a marca adaptou seu portfólio e lançou o Polo Track, uma versão de entrada, robusta e simplificada, para ser o novo “pé de boi” do Brasil.
Com foco total nas vendas para empresas e locadoras, o Polo Track rapidamente se tornou um sucesso, ajudando a linha Polo a se tornar a mais vendida do país. No entanto, para o consumidor comum, a escolha exige análise: ele oferece uma plataforma e um motor superiores, mas cobra o preço da simplicidade nos equipamentos.
A missão de substituir um ícone: Por que o Polo Track nasceu?
O fim do Gol marcou o fim de uma era, mas também de um projeto datado. Para modernizar sua oferta de entrada, a Volkswagen usou a base do Polo para criar uma versão mais barata e funcional. O Polo Track manteve o visual da geração anterior do Polo, enquanto o resto da linha foi reestilizado, criando uma clara divisão entre o “carro de trabalho” e o “carro de passeio”.
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Essa estratégia foi um sucesso. O foco principal do Polo Track são as vendas diretas, que representaram 64% dos emplacamentos de toda a linha Polo no primeiro trimestre de 2024. Ele foi projetado para ser durável, econômico e confiável, exatamente o que frotistas e locadoras procuram.
O confiável motor 1.0 MPI de 84 cv
O motor do Polo Track é um velho conhecido e um de seus maiores trunfos: o 1.0 MPI da moderna família EA211. Este motor de três cilindros, com bloco de alumínio e 12 válvulas, é reconhecido no mercado por sua confiabilidade e eficiência.
Ele entrega 84 cv de potência e 10,3 kgf.m de torque com etanol. Sua principal qualidade é a agilidade na cidade. O torque máximo chega a apenas 3.000 RPM, o que garante arrancadas e retomadas espertas, dando a impressão de ser mais forte do que os números indicam. No consumo, ele também se destaca, podendo chegar a 16 km/l na estrada com gasolina, segundo testes da imprensa.
A vantagem da plataforma MQB: O que o Polo Track tem que os rivais não têm
O maior diferencial técnico do Polo Track é sua construção sobre a moderna plataforma MQB, a mesma de carros mais caros da Volkswagen. Isso se traduz em dois benefícios principais que seus rivais diretos, como Fiat Mobi e Renault Kwid, não oferecem no mesmo nível.
O primeiro é a segurança. Graças à plataforma, ele vem de série com quatro airbags (dois frontais e dois laterais) e, o mais importante, Controle Eletrônico de Estabilidade (ESC), um item crucial para evitar a perda de controle do carro. O segundo é o espaço interno. Com um entre-eixos de 2,56 metros e um porta-malas de 300 litros, ele é consideravelmente mais espaçoso e confortável para os passageiros do que os subcompactos.
A realidade do “pé de boi”: O que falta no carro mais barato da Volkswagen?
A filosofia do Polo Track é a do “essencialismo calculado”. A lista de equipamentos de série é enxuta: ar-condicionado, direção elétrica e vidros elétricos dianteiros. A ausência mais sentida, e criticada, é a de um sistema de som de fábrica. Rádio ou central multimídia são vendidos apenas como acessórios na concessionária.
O acabamento interno também é simples, com uso massivo de plástico rígido, priorizando a durabilidade sobre o luxo. Isso o coloca em uma posição delicada quando comparado a rivais como Chevrolet Onix e Hyundai HB20, que, na mesma faixa de preço, costumam vir bem mais equipados.
Por que o Polo Track pode sair mais caro para o dono?
Apesar de ser um carro de entrada, o custo total de se ter um Polo Track pode ser uma surpresa para o comprador particular. O motivo é a alta depreciação, um efeito colateral de seu próprio sucesso.
Como o carro é vendido em enormes volumes para locadoras e frotistas, o mercado de seminovos fica inundado de modelos básicos. Essa grande oferta acaba pressionando o preço dos carros usados para baixo. Segundo um estudo da revista Quatro Rodas, essa desvalorização mais acentuada pode fazer com que o custo mensal de se ter um Polo Track seja, no fim das contas, maior do que o de um Fiat Mobi, que é mais barato.
Pior cagada que a Volkswagen fez ao invés de ter deixado o Gol , resultou polo colocou homossexuais para fazer propaganda e jogou a credibilidade Volkswagen no lixo engenheiro **** pq tirou o Gol?
Lixo troquei para Fiat vida inteira mantendo vários gols só eu tive da primeira geração até a G8