Lançado em 2015, o motor 2.8 turbodiesel da Toyota se tornou referência em robustez, eficiência e durabilidade, conquistando espaço em picapes e SUVs no Brasil e no exterior, com relatos de quilometragens impressionantes.
Lançado em 2015 para substituir a família KD, o 1GD-FTV de 2,8 litros consolidou-se em picapes e SUVs da Toyota como um propulsor robusto, eficiente e preparado para rodar muito.
Ele combina bloco em ferro fundido, cabeçote de alumínio, injeção direta common-rail e turbo de geometria variável, além de um pacote de pós-tratamento com DPF, SCR e EGR que atende normas recentes de emissões.
Segundo a Toyota, a série GD introduziu soluções que elevaram a eficiência térmica a até 44%, patamar de ponta quando estreou.
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O que torna o 2.8 1GD-FTV tão confiável?
A base mecânica privilegia durabilidade.
O motor usa acionamento por corrente (em vez de correia) no comando, solução que reduz intervenções programadas e tende a manter o sincronismo estável por longos períodos de uso severo.
A arquitetura DOHC de 16 válvulas trabalha com VNT (turbo de geometria variável) e intercooler para entregar torque amplo desde baixas rotações.
Outro ponto técnico relevante foi o pacote de combustão com isolamento térmico das câmaras (TSWIN) e ajustes no desenho do pistão e do duto de admissão, que reduziram perdas de calor e elevaram a eficiência.
A Toyota relata ganho de até 25% de torque, melhora de 15% em consumo e redução significativa de NOx com o uso de ureia (SCR).
Aplicações e números no Brasil
No mercado brasileiro, o 1GD-FTV equipa Hilux e SW4 (Fortuner) com calibrações atualizadas.
Na linha Hilux, a ficha técnica oficial informa 204 cv a 3.400 rpm e 50,9 kgfm (aprox. 500 Nm) nas versões automáticas.
O mesmo conjunto está no SW4, com especificações iguais de potência e torque.
A partir de 2020, mercados como Europa e Austrália receberam a evolução do 2.8 com 150 kW/204 cv e 500 Nm (nas versões automáticas), mudança que também chegou às configurações esportivas e a outras aplicações da marca.
Esses ajustes melhoraram respostas em aceleração e elevaram a capacidade de reboque em vários países.
Casos de alta quilometragem
Apesar de relativamente recente, há relatos consistentes de unidades com mais de 200 mil km e casos próximos ou acima de 500 mil km, em geral vinculados a manutenção em dia e uso em rodovias.
Em comunidades de proprietários e fóruns, usuários mencionam 300–400 mil km sem intervenções graves, com observações pontuais sobre sistemas de emissões e ruídos esporádicos na corrente.
Esses testemunhos são anedóticos e variam conforme condições de uso e combustível.
Pontos de atenção já mapeados
Como todo turbodiesel moderno com pós-tratamento, o 1GD-FTV exige atenção às regenerações do DPF e à qualidade do diesel S10.
Na Austrália, veículos Hilux, Fortuner e Prado fabricados entre outubro de 2015 e abril de 2020 foram alvo de uma class action sobre o sistema de DPF.
Em novembro de 2024, a Alta Corte australiana confirmou o direito de clientes a indenização por redução de valor decorrente de defeito no DPF desses veículos.
A ação segue em fase de definição de danos e procedimentos de pagamento.
Vale lembrar que a Toyota passou a adotar contramedidas técnicas a partir de 2020.
Esse histórico não invalida a robustez do conjunto, mas reforça a necessidade de cumprir revisões, manter software atualizado e evitar trajetos curtos repetidos, que podem dificultar a regeneração do filtro.
Em uso adequado e com manutenção correta, os registros de anomalias caem de forma sensível nos modelos posteriores às correções.
Manutenção: o que realmente faz diferença
A recomendação central é respeitar o plano de revisões da Toyota.
No Brasil, as revisões periódicas têm intervalo de 12 meses ou 10.000 km, o que ocorrer primeiro.
Cumprir esse cronograma é condição para preservar a garantia estendida “Toyota 10”, além de manter o motor dentro dos parâmetros de emissões e desempenho.
Troca de óleo e filtro conforme especificação do fabricante, verificação do estado do filtro de combustível dentro do plano de manutenção local e inspeções por diagnóstico no sistema de admissão/EGR/DPF ajudam a prevenir entupimentos e a proteger os bicos injetores.
Em regiões com combustível de qualidade irregular, oficinas reportam benefícios em encurtar intervalos de filtros — decisão que deve ser tomada caso a caso, com base em diagnóstico e no manual aplicável ao seu veículo.
Para o conjunto de corrente de comando, não há troca periódica predefinida: a orientação é monitorar ruídos atípicos e parâmetros de sincronismo nas revisões, já que se trata de um sistema projetado para longa vida útil.
Na prática, relatos de proprietários apontam inspeções por volta de quilometragens mais altas, sobretudo em uso severo, mas sem necessidade de substituição preventiva quando não há sintoma.
Desempenho e eficiência: por que o 2.8 “aguenta”?
Do ponto de vista de projeto, o 1GD-FTV equilibra densidade de potência e carga térmica.
A eficiência de até 44% veio de soluções de combustão e de redução de perdas, enquanto o VNT garante torque amplo para carga e reboque sem trabalhar fora da zona de conforto térmico.
Em calibrações atuais, os 204 cv e 500 Nm dão conta do uso urbano, rodoviário e fora de estrada com reservas, algo que ajuda a explicar por que tantas unidades acumulam alta quilometragem mantendo consumo e emissão dentro do padrão.
Enquanto isso, as evoluções eletrônicas de 2020 em diante — que ajustaram pressões de injeção, estratégias de EGR e gerenciamento do turbo — trouxeram respostas mais rápidas e melhor controle térmico sob carga, com impacto direto na durabilidade percebida em frotas e no uso recreativo.
Em quais modelos ele está?
Globalmente, o 1GD-FTV aparece em Hilux, Fortuner (SW4) e Land Cruiser Prado, entre outras aplicações.
No Brasil, o motor equipa Hilux e SW4, ambos com 204 cv.
No exterior, há versões que chegam a 150 kW/204 cv e 500 Nm, e, em configurações específicas de GR Sport, a 224 cv e 550 Nm.
Essa variedade demonstra margem de engenharia e contribui para o apelo de “inquebrável” na rotina de trabalho e lazer.
Diante de um histórico técnico desse porte — corrente no comando, eficiência elevada, calibração madura e manutenção clara — a pergunta que resta para o leitor é: como você cuidaria do seu 2.8 para vê-lo chegar (ou passar) dos 500 mil km?
Quase acreditei…😗🤪🤪🤪… Vou continuar com a minha Hilux 2015 3.0 D4D TDI mesmo…
Mentirada motor que não aguenta ****, tivemos várias camionete a diesel rodando severamente único que aguenta **** de verdade MWM, até o antigo perk barulhento da menos manutenção que o da hilux.
Tenho uma hilux 3.0 2013, uso severo, 270 mil rodados, nada reclamar