Concorrentes de peso e temores políticos marcam decisão e contrato que modernizará a artilharia do exército brasileiro com novos veículos blindados
Nesta segunda-feira (29), o Comando do Exército Brasileiro anunciou que o grupo israelense Elbit Systems foi o vencedor da licitação internacional para o fornecimento de 36 veículos blindados de combate, em um contrato que pode chegar perto de R$ 1 bilhão. A concorrência incluía também a chinesa Norinco, a francesa Nexter e a tcheca Excalibur. Os novos veículos blindados substituirão equipamentos utilizados pela força terrestre brasileira desde a Segunda Guerra Mundial até a década de 1970, de acordo com o site CNN Brasil.
O sistema Atmos, fabricado pela Elbit e escolhido como o mais adequado pelo Comando Logístico do Exército, já foi exportado para vários países. Países como Dinamarca, membro da OTAN, e Colômbia utilizam sistemas de quinta geração, enquanto versões anteriores estão em uso na Tailândia, Filipinas e Uganda, entre outros.
Saiba mais detalhes sobre o contrato de veículos blindados para o Exército Brasileiro abaixo
Questões políticas e o contrato dos veículos blindados
De acordo com informações da CNN, há preocupação no Exército Brasileiro de que a escolha do Atmos possa ser influenciada por questões políticas. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem criticado fortemente a postura de Israel na guerra contra o Hamas, o que gerou um conflito diplomático com o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.
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Os militares brasileiros esperam que a decisão final sobre os veículos blindados seja baseada em critérios técnicos e não políticos. Eles afirmam que o sistema Atmos não só atende melhor às necessidades da força, mas também oferece as melhores contrapartidas tecnológicas.
Valor dos veículos blindados e assinatura do contrato
Cada veículo está estimado em cerca de US$ 5 milhões. Com base nesse valor, a encomenda total de 36 unidades poderá chegar a US$ 180 milhões, aproximadamente R$ 1 bilhão pela cotação atual. Além disso, o Exército Brasileiro prevê um gasto adicional de 15% a 20% em treinamento e capacitação de suas tropas para o uso do equipamento, visando atualizar e reforçar seus sistemas de artilharia.
A assinatura do contrato para o fornecimento das duas primeiras viaturas, em um lote piloto, pode ocorrer ainda em maio. Se isso acontecer, essas unidades deverão ser entregues para testes em 2025.