A Estrada de Ferro Carajás (EFC), operada pela Vale, é o lar de alguns dos maiores trens de carga do planeta. Saiba mais sobre essas composições gigantescas, o que transportam e sua importância para o Brasil.
No norte do Brasil, uma verdadeira espinha dorsal logística corta os estados do Pará e Maranhão: a Estrada de Ferro Carajás (EFC). Operada pela Vale S.A., esta ferrovia não é apenas vital para o escoamento da produção mineral do país, mas também é famosa por seus comboios colossais, que estão entre os candidatos a trem de carga mais longo do mundo.
A Estrada de Ferro Carajás (EFC), também designada EF-315, é uma infraestrutura ferroviária de importância crítica no Brasil. Operada pela Vale S.A., ela é fundamental para o transporte da produção mineral do Sistema Norte da companhia. Mas além de sua função cargueira, a EFC se destaca por operar alguns dos trens mais longos e pesados do planeta, verdadeiros gigantes sobre trilhos.
A Estrada de Ferro Carajás (EFC): a espinha dorsal da Vale no norte do Brasil
Com uma extensão aproximada de 1.000 km e bitola larga de 1,60m, a EFC conecta o coração da produção mineral da Vale, nas minas de Carajás, no sudeste do Pará, ao Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, no Maranhão. Sua história remonta ao Projeto Ferro Carajás, com a inauguração oficial ocorrendo em 28 de fevereiro de 1985, inicialmente para transportar minérios de ferro e manganês para exportação.
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As especificações do trem de carga mais longo do mundo (ou um dos) na EFC
Os trens que operam na Estrada de Ferro Carajás são verdadeiramente impressionantes em suas dimensões. As composições podem atingir até 3,5 quilômetros de comprimento. Cada um desses gigantes é formado por cerca de 330 vagões e é capaz de transportar mais de 40.000 toneladas métricas de carga de uma só vez. Esses números colocam os trens da EFC entre os mais longos e com maior capacidade de carga do mundo.
A principal carga movimentada pelos “monstros dos trilhos” da EFC é o minério de ferro, extraído do complexo de mineração de Carajás, a maior mina de minério de ferro a céu aberto do mundo. Além do minério de ferro, a ferrovia transporta outros minerais explorados pela Vale, como manganês e cobre. A EFC também é crucial para o transporte de cargas de terceiros, incluindo grãos (soja, milho), celulose e combustíveis, conectando-se à Ferrovia Norte-Sul (FNS) em Açailândia (MA) e facilitando o acesso ao complexo portuário de Itaqui.
Operação em escala colossal
A capacidade de transporte de minério de ferro da EFC foi expandida de 35 milhões de toneladas por ano (Mtpa) para os atuais 230 a 240 Mtpa, impulsionada por projetos como o S11D. Para dar conta desse volume, cerca de 55 trens de minério de ferro operam diariamente, suportados por uma frota de aproximadamente 300 locomotivas e 24.000 vagões.
A EFC é reconhecida como uma das ferrovias mais eficientes e seguras do Brasil, recebendo investimentos contínuos em modernização, como o Programa Novo Carajás e a aquisição de novas locomotivas mais eficientes e sustentáveis, incluindo modelos a bateria FLXdrive da Wabtec.
Mais que um trem de carga mais longo do mundo
Além de sua vocação cargueira, a EFC desempenha um papel social vital ao operar um dos poucos serviços de trem de passageiros de longa distância remanescentes no Brasil. O trem conecta aproximadamente 27 a 28 municípios ao longo de seus 861 km de percurso entre Parauapebas (PA) e São Luís (MA), uma viagem que dura cerca de 16 horas. Em 2024, o serviço atingiu um recorde de 423.000 passageiros transportados, e a partir de 2027, passará a operar diariamente em ambos os sentidos, reforçando sua importância para as comunidades locais.
Os impressionantes trens da Estrada de Ferro Carajás, com seus 3,5 km de comprimento e capacidade para mais de 40.000 toneladas, são um testemunho da engenharia e da logística em grande escala. Eles não apenas se qualificam como um dos “trens de carga mais longos do mundo”, mas são a artéria vital que escoa a riqueza mineral de Carajás para o mercado global, impulsionando a economia do Pará, do Maranhão e do Brasil. A contínua modernização da EFC e de sua frota assegura que esses gigantes sobre trilhos continuarão a desempenhar seu papel estratégico por muitos anos.
O TREM DO MUNDO FICA NA EUSTRALIA NO DESERTO DA EMPRESA BHP NA MINERAÇÃO COM MAIS DE 6KM DE COMPRIMENTO ENTRE AS LOCOS E VAGÕES. A VALE PORQUEIRA GOSTA DE APARECER E DESTRUIR AS FERROVIAS BRASILEIRAS,SUCATEOU AS FERROVIAS DA SR2,SR4 LEOPOLDINA DE BH AO RIO DE JANEIRO VIA OURO PRETO MG E TAMBÉM DO DRIO DE JANEIRO A O ESPÍRITO SANTO SUCATEOU TUDO, O RAMAL DEANGRAS DIS REIS A LAVRAS.
Depois da Privatização ferroviária, o sistema logístico de cargas, ficou fragmentado, com muitas ferrovias abandonadas. Sem falar, na preferência pelas rotas de trajetos mais lucrativos. As concessões de ferrovias à iniciativa privada, se tornaram insuficientes para suprir as demandas do mercado nacional e internacional, sobrecarregando significativamente o sistema de transporte rodoviário de cargas e de passageiros.
Muito bem; impressionante composição ferroviária com 330 vagões de minério de ferro(hematita)!..,🤗😃☕️