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O mito da estabilidade! Metade das pessoas na faixa dos 50 anos devem perder seus empregos! Somente 10% voltarão a fazer o mesmo que antes

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 22/11/2024 às 18:33

Metade dos trabalhadores acima de 50 anos enfrenta demissões e desafios no mercado! Apenas 10% conseguem voltar às suas funções. Mulheres são ainda mais prejudicadas, acumulando desigualdades de gênero e idade.

A estabilidade profissional depois dos 50 anos pode ser uma ilusão perigosa.

Um estudo recente revelou um dado chocante: 50% das pessoas nessa faixa etária perderão seus empregos, e apenas 10% conseguirão retornar às suas funções anteriores.

Esse cenário levanta questões urgentes sobre inclusão, longevidade e o papel do mercado de trabalho na vida de pessoas maduras. Será que estamos preparados para essa realidade?

A dura verdade do mercado de trabalho

De acordo com a economista Debra Whitman, autora de “The second fifty: answers to the 7 big questions of midlife and beyond”, a demissão em massa de trabalhadores acima de 50 anos não é apenas um reflexo do envelhecimento, mas uma consequência de políticas e práticas que não consideram o valor da experiência.

Em entrevista recente, ela afirmou que os eventos inesperados podem mudar tudo, mas há caminhos para melhorar a qualidade de vida na longevidade.

Whitman também destaca que a situação financeira dessas pessoas tende a ser crítica.

Metade da população não consegue poupar o suficiente para a aposentadoria, o que as obriga a continuar trabalhando, mesmo enfrentando dificuldades para se recolocar no mercado.

A desigualdade que molda o futuro

Outro ponto central abordado por Whitman é o impacto do “código postal”, que representa as condições de vida e oportunidades que cada pessoa teve acesso ao longo da vida.

Segundo ela, o lugar onde vivemos influencia diretamente a qualidade da educação, o acesso à saúde e as chances de construir uma carreira sólida. Essa desigualdade perpetua ciclos de exclusão que são difíceis de romper.

Whitman ainda ressalta a necessidade de investimentos em cidades que sejam amigáveis para idosos, com foco em transporte público, moradias acessíveis e áreas de lazer.

Sem essas mudanças, o envelhecimento da população continuará sendo tratado como um problema, e não como uma oportunidade.

Mulheres: as mais prejudicadas

Quando se trata de desigualdade no mercado de trabalho, as mulheres acima dos 50 anos enfrentam desafios ainda maiores.

Conforme Whitman, elas ganham menos, vivem mais e sofrem mais discriminação por idade.

Além disso, muitas acumulam funções como cuidadoras, o que limita ainda mais suas possibilidades de crescimento profissional.

Para enfrentar esse cenário, a economista defende políticas que incluam creches e centros de apoio para idosos, permitindo que as mulheres tenham mais condições de participar ativamente do mercado de trabalho.

O papel das empresas e das políticas públicas

Whitman aponta que as empresas têm um papel essencial na inclusão de trabalhadores mais velhos.

Segundo ela, ambientes corporativos acolhedores e flexíveis são fundamentais para aproveitar o potencial dessa força de trabalho experiente.

Além disso, políticas públicas devem incentivar a contratação de pessoas acima de 50 anos, oferecendo subsídios ou benefícios fiscais para as organizações que aderirem a essas práticas.

Outro ponto importante é o investimento em qualificação profissional.

Programas de treinamento e reciclagem podem ajudar trabalhadores mais velhos a se adaptarem às demandas de um mercado em constante mudança.

O impacto econômico da exclusão

A exclusão dos trabalhadores maduros não afeta apenas as pessoas diretamente envolvidas, mas também tem consequências graves para a economia como um todo.

Segundo Whitman, “manter essa força de trabalho ativa é essencial para evitar um encolhimento do mercado consumidor e possíveis crises econômicas”.

Com o envelhecimento da população brasileira, o impacto da exclusão no mercado de trabalho pode ser ainda mais significativo.

Dados recentes mostram que a expectativa de vida no Brasil ultrapassou os 75 anos, o que torna urgente a criação de políticas que favoreçam a inclusão desses profissionais.

Reflexão: o que o futuro reserva para os trabalhadores?

Com um cenário tão desafiador, é essencial repensar como a sociedade enxerga o envelhecimento e o trabalho.

Será que estamos prontos para valorizar a experiência e incluir trabalhadores maduros no mercado? Ou vamos permitir que metade dessa força de trabalho fique à margem, prejudicando também a economia?

Você acha que as empresas deveriam ser obrigadas a contratar mais profissionais com mais de 50 anos? O que pode ser feito para mudar essa realidade?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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