Em uma capital brasileira existe um bairro minúsculo, com apenas cinco moradores e uma kombi-bar que movimenta a vida de quem passa por ali.
Em algumas capitais brasileiras, o contraste entre bairros gigantes e minúsculos revela curiosidades sobre como as cidades se organizam. O menor bairro do Brasil causa muitas curiosidades.
Em Belo Horizonte, por exemplo, enquanto o Buritis, na região Oeste, abriga mais de 42 mil pessoas, outros bairros têm populações tão pequenas que caberiam em uma única mesa de bar
Um bairro com apenas cinco moradores
O São Damião, localizado na região de Venda Nova, é oficialmente o menor bairro de Belo Horizonte, talvez sendo o menor bairro do Brasil.
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Segundo o Censo de 2022 do IBGE, ele tem apenas cinco habitantes. Apesar do tamanho diminuto, o local abriga um pequeno comércio que virou ponto de encontro na região: a kombi-bar do comerciante Eliseu Vieira.
Ele conta que o movimento não vem dos poucos vizinhos, mas de motoristas e motoboys que passam pela via que conecta três municípios — Santa Luzia, Vespasiano e a própria capital mineira. “Apesar de pequeno, tem movimento. Tenho clientes de várias cidades. Então tem essa vantagem”, relatou.
Para atrair o público, Eliseu criou promoções inusitadas. “Se eu preciso do cliente de fora, preciso fazer ele parar. A opção que tive e que está funcionando bem é uma promoção em que você compra o caldo de cana com pastel e toma caldo à vontade. Sai satisfeito e o cliente volta”, explicou.
O cotidiano de quem vive ali
Ester Vieira, filha de Eliseu e estudante, ajuda o pai no dia a dia. Ela afirma que a rotina no bairro é imprevisível. “Tem vezes que está sem ninguém e, do nada, aparece um tanto de gente. A maioria das pessoas a gente já atendeu uma ou duas vezes. É muita interação, e percebemos as diferenças de cada pessoa”, disse.
Crescimento e falta de estrutura
Moradores afirmam que o São Damião está crescendo e que o número de moradores pode já ter quadruplicado, chegando a cerca de 20 pessoas. Ainda assim, eles reclamam da falta de serviços básicos, como coleta de lixo e iluminação pública.
O bombeiro militar André Luiz Ferreira de Lima, morador da região, resume o paradoxo: “Estamos em um ponto estratégico, perto do aeroporto e da Cidade Administrativa, mas ainda faltam coisas simples”.
Na mesma capital, o bairro Bacurau também chama atenção: ele tem apenas três ruas e um beco — um retrato curioso da diversidade urbana de Belo Horizonte.


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