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O maior piscinão da América Latina: gigante de concreto em São Paulo vai armazenar 900 milhões de litros e proteger bairros inteiros contra enchentes

Publicado em 25/10/2025 às 21:18
O maior piscinão da América Latina em São Paulo vai conter enchentes com reservatório de alta capacidade e tecnologia de macrodrenagem avançada.
O maior piscinão da América Latina em São Paulo vai conter enchentes com reservatório de alta capacidade e tecnologia de macrodrenagem avançada. IMAGEM: CONSTRUCTION TIME
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O maior piscinão da América Latina vai armazenar 900 milhões de litros em São Paulo, com reservatório a céu aberto, bombas de alta vazão e canalizações integradas para proteger bairros inteiros contra enchentes com operação monitorada e escoamento controlado.

A construção do maior piscinão da América Latina representa uma virada técnica na macrodrenagem da capital paulista. O reservatório foi projetado para segurar picos de chuva, reduzir extravasamentos e devolver a água de forma gradual, criando uma camada extra de segurança para vias estratégicas e áreas densamente urbanizadas.

Localizado em zona crítica de alagamentos, o projeto combina capacidade de 900 mil metros cúbicos, integração com córregos canalizados e casa de bombas de grande porte. A lógica é simples e eficiente para eventos extremos: armazenar rápido e liberar devagar, com telemetria, controle operacional e rotinas de manutenção. O maior piscinão da América Latina nasce para transformar o que antes era caos em previsibilidade hidráulica.

Onde fica e por que a localização é estratégica

Implantado na divisa de São Paulo com São Caetano do Sul, na região da Vila Livieiro, o reservatório está junto à Rodovia Anchieta e à confluência do Ribeirão dos Meninos com o Ribeirão dos Couros.

A escolha do sítio responde a décadas de alagamentos que afetaram bairros como Sacomã, Ipiranga e Centro de São Caetano, além de eixos logísticos metropolitanos.

A posição reduz tempos de deslocamento da água até a bacia de detenção e facilita a conexão com a rede existente.

O maior piscinão da América Latina funciona como nó hidráulico de primeira resposta para chuvas intensas numa bacia altamente impermeabilizada, com efeito direto na mobilidade e na segurança pública.

Capacidade, hidráulica e operação em tempo de chuva

Com 900 mil metros cúbicos de volume útil e profundidade característica aproximada de 13 metros, o reservatório recebe aportes por canalizações novas e existentes, incluindo cerca de 700 metros de retificação e condução do Córrego Jaboticabal.

Na entrada, dissipadores de energia e zonas de baixa velocidade favorecem a decantação de sólidos e protegem as bombas.

A casa de bombas opera com seis conjuntos motobomba de aproximadamente 850 litros por segundo cada, o que resulta em vazão total próxima de 5,1 metros cúbicos por segundo.

Em condição nominal, o esvaziamento de 900 mil metros cúbicos pode ocorrer na ordem de dois dias, sempre ajustado ao nível do corpo receptor e às diretrizes de operação para evitar sobrecargas a jusante.

O maior piscinão da América Latina prioriza a segurança hidráulica por meio de acionamento escalonado e controle de transientes.

Engenharia civil, geotecnia e integridade do reservatório

O arranjo construtivo é de reservatório a céu aberto com taludes em patamares, barreiras de impermeabilização e proteções de fundo compatíveis com regime de umidade constante.

O projeto prevê gradeamento, trash racks e unidades de decantação para minimizar obstruções, vórtices e abrasão nas bombas por partículas em suspensão.

A execução envolve movimentação de terras em grande volume, contenções localizadas e drenagem de canteiro, tudo com manejo de sedimentos para evitar assoreamento da rede.

A durabilidade do maior piscinão da América Latina depende de inspeções periódicas, limpeza de grades, retirada de lodo, recomposição de drenos de pé e revisão das superfícies de revestimento.

Escala e comparação com outras obras de macrodrenagem

O volume de 900 milhões de litros, equivalente a mais de 360 piscinas olímpicas, coloca o empreendimento entre as maiores intervenções hidráulicas já realizadas na Região Metropolitana de São Paulo.

Ele supera reservatórios tradicionais como Pacaembu e Paço em capacidade e alcance de bacia.

Em termos internacionais, a solução é comparável a grandes obras de detenção urbana pela escala de armazenamento e integração operacional, ainda que com tipologia distinta de túneis drenantes multimodais.

O maior piscinão da América Latina adota uma configuração aberta e de alta capacidade, adequada ao contexto topográfico e urbano local.

Linha do tempo, investimento e coordenação institucional

O histórico da bacia mostra reincidência de cheias por décadas, com prejuízos sociais e econômicos.

Estudos de macrodrenagem foram consolidados e o empreendimento avançou para licitação e obra civil com investimento estimado de 573 milhões de reais, incluindo desapropriações e obras associadas.

A operação futura requer coordenação entre Estado e municípios, integração com centros de controle, protocolos de telemetria de chuva e de nível e rotinas de tomada de decisão para abertura e fechamento de comportas e modulação do bombeamento.

O maior piscinão da América Latina só entrega seu potencial com governança, manutenção e operação contínuas.

Limites, benefícios e o que muda na prática

Reservatórios de detenção não eliminam enchentes por si só.

Eles reduzem picos de vazão e compram tempo para a rede principal, com ganho real quando há integração com a microdrenagem, manutenção das bocas de lobo e gestão de resíduos urbanos.

O desempenho depende de chuvas, de operação e da capacidade do corpo receptor.

Na prática, a população deve perceber menos pontos de extravasamento, maior fluidez viária em dias críticos e menor dano material.

Para o comércio e para a logística metropolitana, isso significa produtividade e previsibilidade.

O maior piscinão da América Latina também tende a valorizar o entorno urbano ao reduzir risco recorrente e atrair investimentos.

Com capacidade recorde, engenharia robusta e operação modulada por telemetria, o maior piscinão da América Latina foi desenhado para transformar eventos de chuva intensa em cenários gerenciáveis.

A obra agrega segurança, reduz perdas e inaugura um patamar de resiliência hidráulica para uma das áreas mais sensíveis da metrópole.

E você? Acredita que esse modelo de grande reservatório deve se expandir para outras bacias críticas da cidade ou vê alternativas mais eficientes para reduzir enchentes no seu bairro? Conte nos comentários a sua experiência e o que mudaria primeiro na drenagem urbana da sua região.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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