Com uma área de visitação do tamanho de 200 campos de futebol e um acervo de arte de classe mundial, o Instituto Inhotim, em Minas Gerais, se consolida como o maior museu a céu aberto do continente.
No município de Brumadinho, em Minas Gerais, está localizado um dos tesouros culturais e naturais mais impressionantes do Brasil. O Instituto Inhotim não é um museu comum; é uma experiência única que combina uma das mais importantes coleções de arte contemporânea do mundo com um Jardim Botânico de beleza exuberante, sendo amplamente reconhecido como o maior museu a céu aberto da América Latina.
De acordo com o próprio instituto, que disponibiliza informações em seu site oficial e em plataformas como o Google Arts & Culture, a história de Inhotim é a de um sonho particular que se transformou em um patrimônio de relevância global. Sua escala, seu acervo e sua proposta de integrar arte e natureza o tornam um destino sem igual no planeta.
A fazenda em Minas Gerais que virou um museu
A história de Inhotim começa nos anos 1980, na propriedade particular do empresário mineiro Bernardo de Mello Paz. Com a ajuda de seu amigo, o renomado paisagista Roberto Burle Marx, ele começou a transformar sua fazenda em um vasto e espetacular jardim.
-
Neurociência revela: escrever para si no WhatsApp ativa áreas do cérebro ligadas à memória e à autorregulação; veja como esse hábito pode melhorar seu dia
-
Homem é preso por se passar por embaixador de países que ele mesmo inventou
-
Cidades e rios foram fechados durante trajeto de 50 km e 23 dias para transporte de submarino gigante da 2ª Guerra na Alemanha
-
Escavadeira Komatsu PC8000 consome mais diesel em 1 hora do que um caminhão rodoviário em um dia inteiro
Paralelamente, Paz formava uma impressionante coleção de arte contemporânea, com foco em grandes nomes brasileiros e internacionais. O desejo de compartilhar esse espaço com o mundo se concretizou em 2006, quando o Instituto Inhotim foi oficialmente aberto à visitação pública.
A escala de um gigante: um museu do tamanho de 200 campos de futebol
A grandiosidade de Inhotim pode ser medida em números. Sua área de visitação é de 140 hectares. Para se ter uma ideia, essa área equivale a aproximadamente 196 campos de futebol de tamanho oficial.
Nesse imenso espaço, estão distribuídas 24 galerias e pavilhões imersos na natureza, muitos deles dedicados a um único artista, criando uma experiência de imersão total na obra.
A coleção de arte contemporânea: um diálogo com a paisagem
O coração de Inhotim é seu acervo de arte, com mais de 700 obras de cerca de 200 artistas de diferentes países. As instalações são dispostas de forma a dialogar com a paisagem, criando uma experiência única onde arte e natureza se fundem.
Entre os artistas brasileiros, destacam-se nomes como Hélio Oiticica, Lygia Pape, Cildo Meireles e Adriana Varejão. No cenário internacional, o acervo conta com obras de artistas como a japonesa Yayoi Kusama e o dinamarquês Olafur Eliasson. Algumas das obras mais icônicas incluem o Sonic Pavilion, de Doug Aitken, que capta os sons da Terra em tempo real, e o Narcissus Garden, de Kusama, com suas 500 esferas de aço flutuando sobre um espelho d’água.
O Jardim Botânico: uma das maiores coleções de plantas do planeta
Inhotim não é apenas um museu a céu aberto de arte; desde 2010, é também um Jardim Botânico oficialmente reconhecido. Sua coleção botânica é tão impressionante quanto a de arte.
O jardim abriga cerca de 4.300 espécies de plantas, o que representa 28% de todas as famílias de plantas conhecidas no planeta. Inhotim é famoso por ter a maior coleção de espécies de palmeiras do mundo, com mais de 1.400 tipos diferentes.
Inhotim em perspectiva
A análise dos fatos confirma: o Instituto Inhotim é, de fato, o maior museu a céu aberto da América Latina. Sua combinação de área, escala das instalações e a integração única entre um acervo de arte de classe mundial e um jardim botânico de importância global o colocam em uma categoria única.
É importante ressaltar, no entanto, que Inhotim é uma instituição privada, sem fins lucrativos, fundada por um particular. Embora possa receber recursos públicos e privados, sua gestão não é governamental, o que o diferencia de grandes museus nacionais mantidos pelo Estado.