Erguido há mais de 700 anos pelos Cavaleiros Teutônicos, o Castelo de Malbork impressiona por sua escala colossal e pela perfeita simetria gótica
Símbolo máximo da força e da engenhosidade medieval, o Castelo de Malbork, no norte da Polônia, é o maior castelo do mundo em área construída e um dos mais imponentes exemplos da arquitetura gótica europeia. Erguido há mais de sete séculos pelos Cavaleiros Teutônicos, o complexo monumental ultrapassa 143 mil metros quadrados e reúne cerca de 30 milhões de tijolos vermelhos.
Sua grandiosidade impressiona tanto quanto sua história, marcada por guerras, destruições e renascimentos sucessivos.
Maior castelo do mundo: um colosso gótico à beira do rio Nogat
O Zamek w Malborku, como é chamado em polonês, foi construído no século XIII para abrigar a sede da poderosa Ordem dos Cavaleiros Teutônicos, uma irmandade militar e religiosa que controlava a região do Báltico.
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A estrutura maciça, feita inteiramente de tijolos vermelhos, tornou-se o símbolo máximo do estilo gótico de tijolos, típico do norte da Europa.
Suas muralhas intensamente coloridas e torres vertiginosas criam um contraste que impressiona tanto de longe quanto de perto, transmitindo uma sensação de força e devoção.
O castelo é dividido em três partes conectadas: o Castelo Alto, o Castelo Médio e o Castelo Inferior. O primeiro era dedicado à vida religiosa, servindo como mosteiro.
O segundo, centro de poder, abrigava o Grão-Mestre e a administração da Ordem. Já o terceiro funcionava como base logística, com padarias, cozinhas e hospital, sustentando uma comunidade de mais de 300 pessoas.
Séculos de batalhas e reconstruções
Ao longo dos séculos, Malbork foi palco de disputas intensas. Após o enfraquecimento da Ordem Teutônica, a fortaleza passou pelas mãos de poloneses, suecos e prussianos, sofrendo saques e destruições em diferentes períodos.
No século XIX, começou um extenso projeto de restauração, interrompido com o início da Segunda Guerra Mundial.
Durante o conflito, o castelo foi fortemente bombardeado e grande parte da estrutura ficou em ruínas.
A reconstrução total ocorreu após o fim da guerra, quando a Polônia decidiu restaurar o monumento pedra por pedra.
O trabalho devolveu ao castelo sua aparência original, transformando-o novamente em um símbolo nacional.
Atualmente, o local é reconhecido como Patrimônio Mundial da UNESCO e recebe mais de meio milhão de visitantes todos os anos, atraídos pela beleza e pela atmosfera que parece suspensa no tempo.
O que visitar no castelo de Malbork
Entre os espaços mais deslumbrantes está o Salão dos Grandes Mestres, decorado com afrescos medievais e uma lareira monumental.
A Capela de Santa Ana também chama atenção pela delicadeza dos vitrais e pelo refinamento arquitetônico.
O complexo abriga ainda o renomado Museu do Âmbar, que exibe peças únicas extraídas da região báltica.
À noite, visitas guiadas à luz de tochas recriam o ambiente da Idade Média, tornando a experiência ainda mais imersiva.
Os ingressos custam entre 100 e 120 zlotys, e o acesso é simples: trens partem com frequência de Gdansk, cidade turística a cerca de 60 quilômetros.
Outros gigantes da era medieval
Mesmo sendo o maior castelo do planeta, Malbork divide o pódio da grandiosidade com outras fortalezas europeias.
O Castelo de Praga, na República Tcheca, é o maior complexo histórico já construído. O de Windsor, no Reino Unido, continua sendo residência da monarquia britânica.
Já o de Hohenzollern, na Alemanha, e o de Edimburgo, na Escócia, impressionam pela imponência e pelas localizações espetaculares.
Com suas torres monumentais, sua história marcada por glórias e ruínas e sua beleza preservada, o Castelo de Malbork permanece como um dos maiores legados da Idade Média — um testemunho vivo da fé, da arquitetura e da ambição humana.
Com informações de Diário do Litoral.