O Chimelong Ocean Kingdom, maior aquário do mundo, guarda 48,7 milhões de litros de água, abriga tubarões-baleia e possui o maior painel de vidro já construído.
Em Zhuhai, na província de Guangdong, sul da China, está localizado um dos maiores feitos de engenharia e arquitetura aquática já realizados: o Chimelong Ocean Kingdom. Inaugurado em 2014, o parque temático rapidamente entrou para a história ao conquistar cinco recordes do Guinness, entre eles o de maior aquário do mundo, graças a uma estrutura colossal que concentra 48,75 milhões de litros de água salgada distribuídos em tanques gigantescos.
O espaço não é apenas um parque de diversões, mas um complexo científico, turístico e arquitetônico capaz de simular ecossistemas marinhos em escala monumental. Sua construção custou mais de US$ 2 bilhões e transformou a cidade de Zhuhai em um destino internacional para amantes da vida marinha, cientistas e engenheiros interessados nos desafios de recriar um oceano dentro de paredes de concreto e vidro.
Dimensões colossais que desafiam a imaginação
Para entender a grandiosidade do Chimelong Ocean Kingdom, basta analisar alguns números:
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- 48,75 milhões de litros de água circulam nos tanques, o suficiente para encher quase 20 piscinas olímpicas.
- O tanque principal sozinho possui 22,7 milhões de litros de água.
- O maior painel acrílico do mundo mede 39,6 metros de comprimento por 8,3 metros de altura, com 65 cm de espessura, e permite que visitantes observem o tanque gigante como se estivessem diante de uma parede de oceano.
- O parque abriga tubarões-baleia, o maior peixe do planeta, além de arraias-gigantes, golfinhos e centenas de espécies raras.
Esses números explicam porque o Guinness World Records reconheceu a estrutura como a maior já construída para recriar a vida marinha.
A engenharia por trás do gigante de vidro
Construir o maior aquário do mundo exigiu uma combinação de ciência, tecnologia e ousadia arquitetônica.
O painel de vidro, por exemplo, precisou ser projetado em camadas de acrílico capazes de suportar pressões equivalentes a centenas de toneladas de água.
O sistema de filtragem e controle de qualidade da água também impressiona: milhares de bombas, sensores e filtros trabalham ininterruptamente para manter as condições ideais de salinidade, temperatura e oxigênio.
O objetivo é garantir o bem-estar dos animais e evitar desequilíbrios em um ecossistema recriado artificialmente.
Engenheiros explicam que o desafio não foi apenas erguer a estrutura física, mas também simular o comportamento do oceano em termos de correntes internas, iluminação natural e ciclo alimentar dos animais.
Tubarões-baleia: estrelas de um mar artificial
Entre as centenas de espécies presentes, o destaque absoluto são os tubarões-baleia, peixes que podem ultrapassar 12 metros de comprimento e pesar mais de 20 toneladas.
Raros em aquários devido ao seu porte colossal, eles fazem do Chimelong um dos poucos lugares do mundo onde é possível observá-los de perto em ambiente controlado.
O tanque principal, com seus 22,7 milhões de litros de água, foi projetado especialmente para abrigar esses gigantes, garantindo espaço suficiente para que nadem livremente.
Ao lado deles, nadam arraias-manta de grande porte e cardumes de milhares de peixes, criando uma experiência visual que dá ao visitante a sensação de estar literalmente dentro do mar.
Recordes do Guinness que impressionam
O Chimelong Ocean Kingdom conquistou cinco recordes mundiais reconhecidos pelo Guinness World Records:
- Maior volume de água em um aquário – 48,75 milhões de litros.
- Maior tanque individual de aquário – 22,7 milhões de litros.
- Maior painel acrílico – 39,6 m x 8,3 m, com 65 cm de espessura.
- Maior janela subaquática – com 129 m² de área transparente.
- Maior domo de observação – estrutura que permite visão 360º dentro do aquário.
Esses recordes consolidam o aquário como não apenas o maior, mas também o mais avançado em termos de engenharia e design para a vida marinha.
Entre ciência e espetáculo
Embora seja conhecido mundialmente como atração turística, o Chimelong também tem um papel científico.
O parque mantém programas de pesquisa em biologia marinha e reprodução de espécies ameaçadas, além de trabalhar com universidades e centros de conservação para ampliar o conhecimento sobre tubarões, arraias e peixes tropicais.
A presença de espécies raras em cativeiro, porém, gera debates. Organizações ambientalistas questionam o impacto de manter tubarões-baleia em tanques artificiais, argumentando que seu tamanho e hábitos migratórios os tornam inadequados para confinamento.
O Chimelong, por sua vez, defende que os animais recebam cuidados veterinários e nutrição controlada, além de servirem como embaixadores da preservação marinha.
Turismo e impacto econômico
Desde sua inauguração em 2014, o Chimelong Ocean Kingdom já recebeu milhões de visitantes por ano, tornando-se uma das atrações mais populares da China. Sua existência impulsionou o desenvolvimento da cidade de Zhuhai como polo turístico, com novos hotéis, restaurantes e infraestrutura para receber turistas de todo o mundo.
O impacto econômico é estimado em centenas de milhões de dólares anuais, consolidando o parque como um símbolo da indústria do entretenimento chinês e de sua capacidade de construir megaprojetos que unem turismo e espetáculo.
O fascínio humano pelo colossal
A grandiosidade do Chimelong Ocean Kingdom reflete uma característica marcante da humanidade: o desejo de dominar, recriar e contemplar a natureza em escala épica.
Assim como arranha-céus e pontes recordistas, o maior aquário do mundo é um exemplo de como o homem busca ultrapassar limites tecnológicos para se aproximar do que parecia impossível.
Mas, ao mesmo tempo, levanta uma reflexão: até que ponto a reprodução de ecossistemas em ambientes artificiais serve apenas ao espetáculo e até onde pode contribuir para a ciência e a preservação ambiental?
Um oceano engarrafado
Com quase 49 milhões de litros de água salgada, o Chimelong Ocean Kingdom mostra que o maior aquário do mundo é, na prática, um oceano engarrafado em vidro.
Seu painel transparente, equivalente a uma parede de três andares, permite ao público contemplar a grandiosidade de espécies que normalmente só seriam vistas em mergulhos profundos nos mares.
Mais do que números, o que impressiona é a experiência: estar diante de tubarões-baleia nadando em um tanque com milhões de litros de água é uma sensação que mistura fascínio, respeito e até temor.
O legado do maior aquário do mundo
Uma década após sua inauguração, o Chimelong Ocean Kingdom segue como referência mundial em engenharia aquática, turismo e debate sobre os limites da interação entre homem e natureza.
Seu título de maior aquário do mundo não é apenas uma questão de números, mas um marco na capacidade humana de recriar ambientes que desafiam a imaginação.
Assim como o iceberg B-15 ou o fungo Armillaria ostoyae, o Chimelong Ocean Kingdom é um lembrete de que a escala é capaz de fascinar e assustar ao mesmo tempo. É um oceano feito pelo homem — controlado, medido e enquadrado —, mas ainda assim um reflexo da força e da beleza que só a vida marinha pode oferecer.