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O Irã se prepara para lançar três satélites de sensoriamento remoto, totalmente fabricados no país, em órbita

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 07/10/2024 às 10:28
O Irã se prepara para lançar três satélites de sensoriamento remoto, totalmente fabricados no país, em órbita
Foto: Reprodução

O Irã planeja lançar três satélites de sensoriamento remoto de fabricação nacional em órbita, marcando um avanço no setor espacial

O Irã planeja lançar três satélites de sensoriamento remoto de fabricação nacional até o final do ano civil iraniano, em 20 de março de 2025. O anúncio foi feito por Hassan Salariyeh, chefe da Agência Espacial Iraniana (ISA), durante a cerimônia de abertura da Semana Mundial do Espaço, realizada em Teerã no último sábado.

Os satélites Kowsar, Tolo-3 (Sunrise-3) e Zafar-2 (Victory-2) formarão uma constelação orbital e trabalharão em conjunto para a observação da Terra.

Esse projeto representa um avanço iraniano na busca do Irã por se estabelecer como uma potência espacial. Além dos lançamentos planejados, Salariyeh destacou que o país colocou em órbita, no início deste ano, o satélite de pesquisa Chamran-1.

Objetivos e avanços no programa espacial com os novos satélites

O chefe da Agência Espacial Iraniana (ISA), Hassan Salariyeh, discursa na cerimônia inaugural da Semana Espacial Mundial em Teerã, Irã, em 5 de outubro de 2024. (Foto da agência de notícias Fars)

Entre os planos futuros da ISA está o lançamento do bloco de transferência orbital Saman, outro marco importante para o programa espacial iraniano.

Além disso, a agência trabalha em parceria com o setor privado para desenvolver um sistema de satélite voltado para a Internet das Coisas (IoT).

Esse sistema conseguirá receber e transmitir dados de maneira eficaz, especialmente em situações de desastres, quando a infraestrutura terrestre pode estar comprometida.

A tecnologia promete revolucionar como os dados são gerenciados em momentos críticos, auxiliando na tomada de decisões rápidas e precisas.

Salariyeh relembrou que o Irã entrou oficialmente na corrida espacial global em 2009, com o lançamento de seu primeiro satélite produzido internamente, o Omid (Esperança).

Desde então, o país tem lançado satélites de sensoriamento remoto com resoluções que variam de dezenas a centenas de metros.

Essas missões, conduzidas principalmente por universidades locais, ajudaram a consolidar a posição do Irã como um dos principais países com capacidade de desenvolver e lançar satélites de forma independente.

Irã e o impacto das sanções

Hoje, o país está entre as dez nações no mundo capazes de desenvolver e lançar satélites. Um exemplo recente desse avanço foi o lançamento bem-sucedido do satélite de pesquisa Chamran-1 em 14 de setembro.

Colocado em órbita a uma altitude de 550 quilômetros, o satélite foi transportado por um veículo de lançamento espacial (SLV) Qaem-100, ambos desenvolvidos internamente. Poucas horas após o lançamento, o Chamran-1 já havia enviado seus primeiros sinais de volta à Terra, destacando o sucesso da missão.

O satélite, que pesa aproximadamente 60 quilos, foi desenvolvido por técnicos iranianos da Iran Electronics Industries (SAIran), em colaboração com especialistas do Instituto de Pesquisa Aeroespacial (ARI) e empresas privadas do setor de tecnologia.

A missão principal do Chamran-1 é testar sistemas de hardware e software essenciais para validar a tecnologia de manobra orbital, um passo crítico para o desenvolvimento de futuras missões espaciais mais complexas.

Futuro promissor para o setor espacial iraniano

A trajetória do Irã no setor espacial é notável, e os lançamentos previstos para os próximos meses reforçam ainda mais o comprometimento do país em se destacar nessa área.

Com o contínuo desenvolvimento de satélites de comunicação e sensoriamento remoto, equipados com tecnologias cada vez mais avançadas, o Irã segue em direção a uma posição de destaque no cenário espacial global.

O futuro do programa espacial iraniano promete avanços ainda maiores, impulsionados por inovações tecnológicas e pela colaboração entre setores público e privado, consolidando o país como uma potência emergente na exploração espacial.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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