O Instituto Brasileiro de Petróleo (IBP) e o Governo Federal trabalham para tentarem manter a entrada de funcionários estrangeiros nas plataformas

O IBP tenta garantir juntamente com o Governo Federal a entrada de estrangeiros nas plataformas de petróleo, justificando a necessidade de pessoas com conhecimentos específicos

95% da extração e produção de petróleo e gás no Brasil advém de atividades offshore, ou seja, retirada em alto-mar (águas profundas e ultra-profundas). Assim como a produção de alimentos e o serviço de saúde, as atividades que garantem a produção de óleo e gás não podem parar, tendo em visto as inúmeras consequências que podem vir a tona caso este insumo venha a faltar.

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Num momento tão crucial como este em que o Brasil e o mundo enfrentam uma pandemia, a falta de insumos e serviços básicos, podem comprometer a vida de muitos.

Por isso, o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), presidido por Clarrisa Lins, está se movimentando para garantir que algumas das restrições impostas pelos governos não interfiram nesta atividade tão fundamental.

Na produção de óleo e gás offshore, por exemplo, exige a presença de profissionais de outros países, que detêm conhecimento específico. Mas, como já é conhecido por todos, o país restringiu a entrada de pessoas do exterior, com a finalidade de barrar o avanço da doença.

O IBP juntamente com o Governo Federal tentam entrar em um acordo para garantir a entrada desses profissionais no território nacional. O instituto também tenta, através de outras ações, garantir o abastecimento de combustíveis e apoio à saúde pública.

Segue abaixo o comunicado do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP) sobre suas ações de prevenção e combate ao coronavírus.

“Informe à sociedade brasileira e aos nossos públicos de interesse

Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis – IBP, entidade que congrega as principais empresas da indústria de óleo e gás instaladas no Brasil, se solidariza com a sociedade brasileira em momento de união frente ao combate à pandemia causada pelo coronavírus.

Falamos em nome de todos os nossos associados – mais de 300 empresas, indo desde a produção de óleo e gás até a distribuição de combustíveis, com a responsabilidade que temos de prover energia de maneira segura e confiável. Neste momento crítico por que passa a humanidade, precisamos garantir que este serviço essencial não faltará no território nacional.

Assim, nossas empresas trabalham de maneira incessante, dedicada e cuidadosa para proteger a saúde de todos os envolvidos na cadeia produtiva, garantir a integridade e a segurança de nossas atividades operacionais e continuar a prestar os serviços críticos de suprimento de combustíveis e GLP à população brasileira.

Temos contado com a parceria do Governo Federal, por meio do Ministério das Minas e Energia, e dos Governos Estaduais, bem como dos órgãos reguladores com os quais nos relacionamos e reiteramos nossos agradecimentos.

É essencial que alguns aspectos de nossas atividades sejam preservados, neste momento de crise e excepcionalidade que vivemos, tendo em vista a complexidade de nossa cadeia de valor. Diversas instâncias governamentais já se mostraram sensíveis a estes aspectos, alguns dos quais estão reiterados abaixo.

Abastecimento nacional

Trabalhamos para assegurar que o território nacional não seja alvo de interrupção na distribuição de combustíveis líquidos e GLP. Assim, precisamos ter garantia continuada de circulação de caminhões e pessoas essenciais a esta atividade, com a segurança necessária, em todos os Estados da Federação.

Cientes de que o Governo Federal está harmonizando eventuais restrições à circulação com Governos Estaduais, contamos com tal articulação para garantir a continuidade do abastecimento.

Produção Offshore

Mais de 95% da produção brasileira de óleo e gás é realizada no mar, em águas profundas e ultra-profundas. Os trabalhadores dedicados a tal atividade operam no regime de turno, embarcados em plataformas em alto mar. Seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde e todas as medidas necessárias à preservação da segurança de pessoal, as empresas operadoras estão adaptando seus regimes à situação de crise e esperam contar com o apoio de todas as partes envolvidas.

Algumas atividades relacionadas à operação das plataformas são realizadas por expatriados, por deterem o conhecimento específico, e é preciso garantir que eles possam entrar em território nacional. Estamos trabalhando junto ao Governo Federal para tanto.

Regulação

Nossa atividade é regulada por diversos órgãos, aos quais prestamos contas de maneira recorrente. Neste momento de crise, estamos, em parceria, otimizando os esforços no sentido de priorizar o que é essencial à manutenção de atividades seguras e prestação de serviços essenciais. Agradecemos o diálogo aberto e a compreensão de todos os envolvidos.

Ação humanitária

Aplaudimos as ações que algumas empresas têm tomado no intuito de oferecer soluções ao desafio sanitário que nos aflige. Iniciamos, em diálogo com nossas associadas, a identificação de medidas adicionais de apoio à saúde pública e as comunicaremos tão logo estejam prontas.

O IBP mantém um canal de comunicação aberto e transparente com seus associados e com a sociedade brasileira. Ciente de seu papel de provedor de um bem essencial à atividade econômica de nosso país e ao bem-estar da população, o IBP e suas empresas associadas se comprometem a fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que possamos, juntos, superar esta crise.

Por fim, agradecemos sinceramente a dedicação de todos aqueles que, neste momento tão especial, empenham-se diariamente a garantir a continuidade das operações da indústria. Mantenhamos os cuidados e a proteção necessária.”