INSS não procura suas provas: três documentos ignorados (PPP, carteira antiga e carnês) podem dobrar aposentadoria; live de Mateus Freitas cita revisão e STF no dia 28.
Segundo o advogado Mateus Freitas, sócio da ABL Advogados, o INSS não busca provas por conta própria. Isso significa que quem não apresenta documentos essenciais corre o risco de ter a aposentadoria calculada de forma errada e receber menos do que deveria. A apresentação correta de três provas esquecidas PPP, carteira de trabalho antiga e carnês de contribuição pode inclusive dobrar o valor do benefício.
Na prática, o INSS só considera o que está no processo administrativo. Se o segurado não entrega os documentos, períodos de trabalho ou contribuições inteiras ficam de fora do cálculo. É por isso que especialistas reforçam a importância de revisar arquivos guardados e digitalizar provas antigas para não perder valores legítimos.
Quais documentos podem aumentar a aposentadoria?
O primeiro é o PPP (Perfil Profissiográfico Previdenciário). Esse documento prova exposição a agentes nocivos como ruído, produtos químicos ou risco biológico. Sem o PPP, profissões como vigilantes, motoristas, operadores de máquina e profissionais de saúde podem perder o direito à aposentadoria especial ou à conversão de tempo especial em comum, que aumenta o valor do benefício.
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O segundo é a carteira de trabalho antiga, inclusive aquelas amarelas de menor aprendiz. Muitos registros feitos nos anos 70, 80 e 90 não aparecem no sistema do INSS (CNIS). Sem a carteira física, esses vínculos somem e o tempo de contribuição fica menor, reduzindo o valor da aposentadoria.
O terceiro são os carnês de contribuição dos autônomos, comuns entre caminhoneiros, vendedores, advogados e profissionais liberais nas décadas de 80 e 90. Vários desses pagamentos não constam no sistema. Apresentar os carnês originais pode acrescentar anos de contribuição legítima ao cálculo do INSS.
Por que o INSS não busca essas provas sozinho?
De acordo com Mateus Freitas, o sistema do INSS tem falhas históricas e não é integrado com documentos antigos. O órgão não tem obrigação legal de procurar provas para o segurado. Por isso, cabe ao cidadão apresentar todos os documentos, sob risco de ter a aposentadoria reduzida.
Essa postura reforça a necessidade de guardar e digitalizar papéis antigos. Um documento esquecido pode mudar completamente o cálculo final. Muitos segurados já conseguiram revisar benefícios após apresentar provas que estavam paradas em gavetas há décadas.
Qual a relação com revisões e o STF?
Na mesma live, o advogado lembrou que o Supremo Tribunal Federal analisará a chamada “revisão da vida toda” em data próxima, mas reforçou que a questão dos documentos esquecidos é independente disso. O recado é direto: quem não entrega PPP, carteira antiga e carnês deixa dinheiro na mesa.
Esse alerta vale tanto para quem já recebe aposentadoria quanto para quem ainda vai dar entrada no pedido. Apresentar as provas certas pode elevar, e em alguns casos até dobrar, o valor do benefício.
Vale a pena reunir esses documentos?
Sim. Especialistas explicam que a aposentadoria pode ser corrigida com base em documentos que comprovem tempo de serviço e contribuições pagas. Ações de revisão podem ser abertas para incluir períodos ignorados. Em muitos casos, os valores atrasados a receber são altos e podem mudar a vida do segurado.
Por isso, a recomendação é clara: revise documentos antigos antes e depois de dar entrada na aposentadoria. PPP, carteira de trabalho e carnês de contribuição são os três gatilhos que fazem diferença real no cálculo.
A fala do advogado Mateus Freitas deixou evidente que o INSS não procura provas por conta própria. Cabe ao cidadão apresentar os documentos esquecidos que podem mudar totalmente o benefício. PPP, carteira de trabalho antiga e carnês de contribuição são peças decisivas que podem elevar o valor da aposentadoria e evitar prejuízos irreversíveis.
Você já passou por essa situação? Acredita que documentos antigos podem realmente dobrar o valor da aposentadoria? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive isso na prática.