Novo SUV da Honda manteve motor 1.5 turbo e proposta esportiva, mas perdeu espaço diante da concorrência que oferece híbridos mais baratos, com maior porta-malas e tecnologia embarcada.
O Honda HR-V 2026 chega ao Brasil praticamente sem mudanças mecânicas em relação à linha anterior. A Honda aposta no design esportivo e no já conhecido motor turbo como diferenciais para manter o SUV entre os mais vendidos. Entre janeiro e julho de 2025, foram 36.086 unidades emplacadas, colocando o modelo como o 4º utilitário mais vendido do país.
Apesar da boa aceitação, o HR-V enfrenta concorrentes cada vez mais fortes. Modelos híbridos de marcas como BYD e Haval oferecem mais tecnologia, maior eficiência no consumo e preço até R$ 20 mil mais baixo. Isso pressiona o modelo da Honda a atualizar sua proposta.
O que mudou no HR-V 2026
As mudanças ficaram restritas a detalhes visuais e de acabamento.
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A Citroën só reagiu às críticas depois do fracasso de vendas: mesmo com o lançamento do Basalt, nenhum modelo da marca passou de 2.000 unidades em um mês
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Apesar da vitória do Toyota Corolla Cross em agosto, o Volkswagen T-Cross segue líder absoluto em 2025, com 15 mil unidades de vantagem no acumulado do ano
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A versão Touring ganhou grade frontal em preto brilhante, setas sequenciais e lanternas traseiras 100% em LED.
São alterações estéticas que reforçam o apelo de sofisticação, mas sem impacto direto na mecânica ou no consumo.
Outro destaque é o design cupê, com linha de teto inclinada e posição de dirigir mais baixa, que aproxima o SUV da experiência ao volante do Honda Civic.
Essa característica segue como um dos atrativos para quem busca estilo esportivo em um utilitário.
Pontos fortes do modelo
O motor 1.5 turbo continua sendo o principal trunfo do HR-V.
Com 177 cv, o SUV acelera de 0 a 100 km/h em 8,9 segundos, oferecendo retomadas ágeis e bom desempenho em ultrapassagens.
A suspensão equilibra conforto e firmeza, transmitindo segurança tanto na cidade quanto na estrada.
Além disso, o câmbio com trocas manuais no volante e a posição elevada da alavanca reforçam a condução esportiva.
Para motoristas que priorizam prazer ao dirigir, o conjunto segue competitivo frente aos rivais.
Limitações e falhas tecnológicas
Apesar dos avanços, o HR-V ainda apresenta falhas em recursos de assistência.
O piloto automático adaptativo reduz a velocidade de forma brusca em situações desnecessárias, o assistente de faixa só atua acima de 72 km/h e o alerta de ponto cego ocupa toda a tela da multimídia ao acionar a seta.
Outro ponto crítico é o porta-malas de apenas 354 litros, o menor entre os concorrentes diretos.
O VW T-Cross entrega 373 litros, o Hyundai Creta 422 litros e o Toyota Corolla Cross 440 litros, todos mais práticos para famílias que precisam de espaço.
Rivais híbridos em vantagem
O cenário se torna mais desafiador quando se olha para os rivais híbridos.
O Haval H6 One custa R$ 199 mil — quase R$ 10 mil a menos que o HR-V Touring — e já entrega conjunto híbrido convencional.
O BYD Song Pro, por R$ 189.990, é híbrido plug-in e roda até 62 km só na energia elétrica, além de custar quase R$ 20 mil a menos.
Esses modelos oferecem maior eficiência energética e pacotes tecnológicos mais completos, o que torna o custo-benefício mais atrativo para consumidores que priorizam economia de combustível e conectividade.
Vale a pena comprar o HR-V 2026?
O Honda HR-V 2026 segue como opção sólida para quem busca motor turbo eficiente, condução esportiva e a confiabilidade da marca.
No entanto, perde espaço frente a rivais que entregam mais tecnologia, maior porta-malas e preços mais competitivos.
Para motoristas que valorizam desempenho e estilo, o HR-V ainda é um bom negócio. Já para famílias que precisam de espaço interno e economia, os híbridos concorrentes podem ser escolhas mais inteligentes.
E você, acredita que a Honda deveria apostar em uma versão híbrida para manter o HR-V competitivo no Brasil? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive essa realidade no dia a dia.
A Honda deveria lançar a versão Híbrida turbo em lugar da EXL pelo mesmo preço que já é muito caro e oferece muito pouco.
Trocar um Haval por isso aí é muito amor 😂😂☝️😂😂😂😂
Acho que o ideal é melhorar o tamanho do porta malas, rever essa questão é fundamental, pois se usar o sistema Magic Seat perde-se a capacidade de mais um passageiro. A Honda já produz o Civic Híbrido, o problema aí é o preço, ou seja, se fizer esse sistema e o preço subir como no irmão sedan, fica complicado vender na mesma proporção.