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O hectare mais caro do Brasil vale R$ 185 mil, cresce 5,5% ao ano e está no centro de uma disputa silenciosa: como Maringá virou símbolo da valorização agrícola no Paraná

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 01/07/2025 às 10:16
Maringá lidera o ranking das terras agrícolas mais caras do Paraná, com hectare avaliado, em média, em R$ 185,4 mil. Valor deve impactar fortemente o mercado imobiliário regional.
Maringá lidera o ranking das terras agrícolas mais caras do Paraná, com hectare avaliado, em média, em R$ 185,4 mil. Valor deve impactar fortemente o mercado imobiliário regional.
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Maringá lidera o ranking das terras agrícolas mais caras do Paraná, com hectare avaliado, em média, em R$ 185,4 mil. Valor deve impactar fortemente o mercado imobiliário regional.

O mercado de terras no Paraná vive um momento de intensa valorização. Dados da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) revelam que Maringá possui hoje o hectare agrícola mais caro do estado. 

O valor médio chega a R$ 185,4 mil em áreas da categoria A-I, reconhecidas por sua alta qualidade para produção agrícola intensiva.

Esse cenário reforça o papel estratégico da cidade no agronegócio paranaense e atrai olhares de produtores, investidores e construtoras.

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Ranking das terras mais caras do Paraná

Maringá lidera o ranking estadual, mas não está sozinha entre os destaques. Outras cidades do norte e oeste paranaense também apresentam altos valores por hectare:

  • 2º lugar: Foz do Iguaçu – R$ 184,2 mil
  • 3º lugar: Sarandi, Paiçandu, Floresta e Ivatuba – R$ 181,8 mil
  • 4º lugar: Serranópolis do Iguaçu – R$ 171,2 mil
  • 5º lugar: Doutor Camargo, Ourizona e São Jorge do Ivaí – R$ 165,6 mil

Essas cidades compartilham uma característica comum: grande parte das áreas avaliadas pertence à categoria A-I, ou seja, terrenos planos, férteis e bem drenados.

O engenheiro agrônomo Ednaldo Michellon explica: “A classificação A-I indica mínima chance de problemas para a produção. São terras de alta aptidão, o que justifica o preço elevado”.

O que torna o hectare em Maringá tão caro?

A valorização acelerada em Maringá tem explicação. Segundo especialistas, o crescimento urbano, a demanda do agronegócio e a escassez de áreas disponíveis impulsionam os preços.

De acordo com Marco Tadeu Barbosa, vice-presidente regional noroeste do Secovi-PR: “Nós temos poucos vazios urbanos, isso faz com que esses poucos espaços se valorizem mais. É a lei da oferta e da procura”.

A cidade possui limites territoriais bem definidos e poucos espaços livres, o que gera uma competição direta entre o uso agrícola e o imobiliário. 

O reflexo disso é sentido no preço de novos loteamentos e terrenos rurais próximos da zona urbana.

Maringá valoriza acima da média

Mesmo com valores já elevados em 2024, Maringá registrou uma valorização de 5,52% em apenas um ano. Foz do Iguaçu, segunda colocada no ranking, apresentou aumento de 5,14% no mesmo período.

Esse comportamento segue uma tendência nacional. Segundo uma consultoria do setor, o valor médio do hectare agrícola no Brasil saltou de R$ 14.818,10 em 2019 para R$ 31.609,87 em 2024, o que representa uma alta de 113% em cinco anos.

E as terras mais acessíveis no Paraná?

Embora o foco esteja nas terras mais valorizadas, o levantamento da SEAB também identificou áreas com preços significativamente mais baixos. Isso acontece especialmente nas regiões classificadas como categoria C-VIII, voltadas à servidão florestal e com uso agrícola muito limitado.

Nesses terrenos, o valor por hectare cai drasticamente devido às restrições ambientais e baixa produtividade. Ainda assim, os preços continuam elevados se comparados a regiões menos dinâmicas economicamente.

Maringá como termômetro do mercado fundiário

A valorização do hectare agrícola em Maringá não representa apenas uma estatística isolada. Ela serve como indicador de tendência para o Paraná e outras regiões com forte produção agrícola.

A escassez de terras urbanas, aliada à crescente demanda por alimentos, torna o solo cada vez mais valioso.

O mercado segue atento. Investidores, produtores rurais e urbanistas já se movimentam para entender os impactos dessa valorização no futuro da economia local e estadual.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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