Universidade Federal de Viçosa será a responsável por conduzir os estudos autorizados pelo Governo Federal no Sertão do Piauí
Na última terça-feira (21) o Governo Federal autorizou o início de um estudo conduzido pela Universidade Federal de Viçosa para buscar resolver a falta de água no Nordeste. A proposta do estudo é integrar a bacia do Rio São Francisco com as dos rios Piauí e Canindé, no Sertão do Piauí. Se tudo correr bem, daqui a alguns anos o estudo conseguirá resolver a situação de escassez hídrica para aproximadamente 1 milhão de pessoas na região.
Essa autorização se deu pela assinatura de um Termo de Execução Descentralizada (TED) o qual permite o início do Estudo de Viabilidade Técnico, Econômico e Ambiental para construir o Canal que vai integrar as bacias. Na reunião estiveram presentes o presidente da República, Jair Bolsonaro, acompanhado do ministro do Desenvolvimento Regional e do secretário Nacional de Segurança Hídrica. Entenda como será esse estudo na matéria de hoje.
Veja como foi a inauguração da chegada do Rio São Francisco ao estado do Rio Grande do Norte há alguns meses, com a presença de Jair Bolsonaro, no vídeo abaixo.
Investimento do estudo será de R$4,7 milhões e vão levar desenvolvimento à região Nordeste do Brasil
O investimento total, por parte da universidade e órgãos financiadores, está calculado em R$4,7 milhões de reais e se os estudos tiverem resultados positivos, a região do Piauí vai ter uma expansão no desenvolvimento regional. A autorização do governo federal vai permitir a ligação dos maiores rios do estado do Piauí, as vertentes Piauí e Canindé com o Reservatório de Sobradinho, na Bahia.
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Os rios do estado do Piauí formam a maior bacia hidrográfica do estado e contemplam uma extensão de 89 cidades nas zonas semiáridas que compõe o sertão. A população dessas regiões vive em situação socioeconômica precária devido à falta de água frequente. Dessa forma, o projeto pode contribuir para que empresas tenham maior interesse na região e estimulem a geração de novos empregos.
Projeto será em parceria com o Governo Federal e vai adotar a modalidade supply driven, que estimula o desenvolvimento da economia a partir da água para o Sertão do Piauí
A obra terá uma parceria com o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) do Governo Federal e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e será desenvolvida no modelo supply driven. Em outras palavras, o estudo vai reaproveitar a água do Rio São Francisco para resolver questões de falta de água e também de desenvolvimento econômico regional.
O presidente Jair Bolsonaro comemorou o começo dessa nova etapa.
“Esse é um grande passo, que representa progresso, paz e tranquilidade para a população do interior do Piauí”
Jair Bolsonaro, presidente da República do Brasil durante evento em 2022.
No que lhe concerne, o ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira destacou a importância dessa iniciativa para atender uma demanda de pessoas com baixa renda.
“A transposição do rio São Francisco nos permite levar as águas para mais longe. Nós temos projetos para levar as águas para Alagoas, Sergipe, Ceará e, agora, também para o Piauí, beneficiando uma bacia hidrográfica que tem 40% da população sem renda e 45% ganhando apenas um salário mínimo”
Daniel Ferreira, Ministro do Desenvolvimento Regional do Governo Federal, durante evento em 2022.
E fechando as declarações, Sérgio Costa, secretário nacional de Segurança Hídrica do ministério, ressaltou os aspectos positivos dessa nova obra para o Nordeste.
“O semiárido piauiense é uma terra árida, mas fértil. Em termos de desenvolvimento regional, podemos ter grandes avanços. Chove mais na região do que na Califórnia, nos Estados Unidos, por exemplo, que, ainda assim, é o quinto maior PIB — Produto Interno Bruto — do mundo. Portanto, essa obra vai levar desenvolvimento para o estado do Piauí”
Sérgio Costa, secretário nacional de Segurança Hídrica do Ministério do Desenvolvimento Regional do Governo Federal, durante evento em 2022.
O que temos para hoje é torcer! Torcer para que esses estudos sejam promissores e resolvam a falta de água em um dos maiores estados do Nordeste.